Sexta-feira, 7 de setembro de 2012 - 19h11
A localidade não era a mais conhecida do norte brasileiro, apesar de ser reconhecida como o maior município em extensão territorial do mundo. Altamira tem seus atrativos: praias ao redor do rio Xingu, uma orla com um por do sol fantástico, aquele ar interiorano... Agora junte tudo isto a algo bem inusitado: 60% dos moradores da cidade não pagam pelo uso de energia elétrica!
Moradores e comerciantes de vários pontos do município que chegou a 110 mil habitantes com a chegada dos trabalhadores da usina Belo Monte, recebem a energia elétrica nas residências, no entanto como não existe relógio para medir este uso, a conta não chega!
Então é bem comum você chegar num comércio com central de ar condicionado, todo iluminado e ver do lado de fora umas gambiarras – aquele serviço de qualquer jeito do poste central para o estabelecimento. Quem paga por este consumo sem uso?! Chegamos a algo bem interessante, a Celpa – Centrais Elétricas do Pará está à venda. A Celpa deve três bilhões de reais para 1.500 credores, entre débitos trabalhistas e empréstimos bancários. A Aneel – Agência Nacional de Energia Elétrica interferiu no processo de venda dela e demais oito distribuidoras do Grupo Rede.
Vamos imaginar o quanto alguns comerciantes de Altamira e outros municípios do Pará que é o 8º estado mais populoso do Brasil, desfrutam do mesmo privilégio de manter um negócio sem ter que desembolsar algo que para todos abona consideravelmente?! E aqueles moradores que possuem até três ar condicionados em casa. A média de custo de um ar condicionado ligado somente noite, no norte está em torno de 200 reais por mês. Somem para ver o quanto uns estão ou deveriam estar economizado, enquanto a maioria do Centro-Oeste, Sudeste, Nordeste nos assustamos todos os meses com o talão de energia.
Será que eu e você não pagamos por eles em algum momento dos últimos aumentos de energia?! Não é o cumulo do absurdo, uma empresa do porte da Celpa justificar que não conseguiu instalar medidores em todas as residências?! Sei lá, cadê as ONGS ambientais, o MAB – Movimento dos Atingidos por Barragens, e demais contrários da construção das usinas hidrelétricas que participam de protestos que muitas vezes acabam em quebradeiras, não generalizando é claro, que não enxergam isto?! Cadê os protestos será que eles e os demais brasileiros não percebem que isto é uma pirâmide de BIRD no setor elétrico?! Que são contra a construção de empreendimentos para gerar energia, mas não enxergam o ápice da pirâmide, o desperdício deste produto que é de responsabilidade de todos?!
Fonte: Viviane V A Paes
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