Segunda-feira, 13 de julho de 2015 - 05h20
O jornal noticia: homem assalta e mata trabalhador em parada de ônibus. Motivo banal, o objetivo era roubar o celular da vítima. Uma vida perdida, uma família entristecida. O público lê a matéria com imenso pesar. O próximo pode ser qualquer um de nós, infelizmente. Destarte, os efeitos de um latrocínio nós já conhecemos. E as causas? O assaltante cresceu sem pai e mãe. O assaltante nunca frequentou a escola. Sua única noção de mundo era a arte do crime.
Causas e efeitos. Se deixarmos uma colher cair, ela atingirá o chão. É o que preconiza a Lei da Gravidade. Mas não queremos que a colher se choque com o chão. Queremo-la em cima da mesa, perto do garfo, da faca e pronta para ser inserida num contexto alimentar. A comparação é piegas, mas tem valor. Todos os dias, jovens são forjados na escola da marginalidade – incapazes de discernir o certo do errado. O fazem por sobrevivência e estilo de vida. Desconhecem outra forma de existência. A colher caiu, de fato.
Ao observar o discurso dos políticos, é impossível não pensar nas desigualdades de nosso país. Elesfalam dos problemas com a naturalidade dos números, isto é, ofertam dados, positivos ou negativos, mas desconhecem a real situação das pessoas. O exército de seguranças deles os protege da realidade que deveriam modificar. Sobra para nós, reles mortais, a difícil tarefa de resistir aos contrastes de nossa sociedade. Estamos pagando um preço alto.
O descompasso é ainda mais tangente. Os esquemas de corrupção, que desviam dinheiro público para interesses privados, tiram das pessoas mais pobres uma chance na vida. Falta investimento nas escolas. Anônimos morrem nas filas das emergências. Como continuar esperançoso quando as adversidades são tantas? O tal ‘Brasil melhor’ é uma falácia de campanha. A cada quatro anos, as mesmas querelas. Algumas pequenas evoluções e muitos, muitos retrocessos.
Entretanto, a esperança permanece o senso que nos move. Viver conformado com um futuro ruim é estigma de covardes. Creio que, a despeito das imensas dificuldades, cada pessoa deve fazer o melhor com as ferramentas que têm. E nisso se incluem as pequenas atitudes. Boas ações, como doar livros a uma comunidade carente ou prestar trabalho voluntário. Se o exemplo não parte dos gerentes do país, então que parta da filantropia em ajudar o próximo. Ao fazer isso, você vai estar salvando vidas.
Gabriel Bocorny Guidotti
RG: 5073768143
Bacharel em Direito e estudante de Jornalismo.
Porto Alegre – RS
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