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Paraolímpiadas, o Brasil arrasa você sabia?!


Praticar esportes é superar o limite de seu próprio corpo diariamente. Competir é superar a si mesmo e os adversários. Fazer tudo isso sendo portador de alguma deficiência de nascença ou adquirida ao longo da vida é algo maravilhoso que demonstra até onde o ser humano por ir! E isto que vem a minha mente todas as vezes que assisto as Olímpiadas, e acredito que todos pensam o mesmo, mas eu tenho uma admiração extrema por para desportistas sem menosprezar os feitos de nossos demais atletas.

Fico ansiosa para assistir ao desempenho daqueles que convivem diariamente com deficiências que o impedem ainda de ser vistos e respeitados como pessoas que são. Então quando chegam as Olímpiadas espero elas terminarem torcer pelos para desportistas, apesar de ser difícil ver todas as competições porque as Paraolimpíadas ou Paraolimpíadas ainda não ganharam o destaque merecido nas emissoras de televisão do Brasil e do mundo. É claro que a TV paga é uma exceção, pena que ainda não é acessível a todos.

A inclusão dos portadores de alguma deficiência física ou mental nos jogos olímpicos nasceu em 1948, quando Ludwig Guttman organizou uma competição esportiva que envolvia veteranos da Segunda Guerra Mundial com lesão na medula espinhal. O evento foi realizado em Stoke Mandeville, na Inglaterra. Quatro anos mais tarde, competidores da Holanda uniram-se aos jogos e assim nasceu um movimento internacional que fez com que jogos no estilo olímpico, para atletas deficientes, fossem organizados pela primeira vez em Roma, em 1960.

Neste ano 182atletas compõem a delegação brasileira nos Jogos de Londres, e 19 representantes entre árbitros e classificadores internacionais. Serão 13 árbitros, três classificadores, dois assistentes técnicos e um diretor de competições. O Brasil arrasa nas Paraolimpíadas! Em 2008, nossos atletas trouxeram 47 medalhas: 16 Ouros, 14 Prata e 17 Bronzes, o que garantiu a 1ª classificação em Pequim, em 2º Estados Unidos e México! No ano passado, no Parapan-Americano de Guadalajara foram 197 medalhas: 81 de Ouro, 61 de Prata e 55 Bronzes e mais uma vez o Brasil ficou em 1º lugar, deixando Estados Unidos em 2º e México em 3º.

Sem preconceitos ou discriminação, nas Olimpíadas de 2008 nossos atletas ditos normais conquistaram 15 medalhas: 03 de Ouro, 04 de Prata e 08 de Bronze obtendo o 23º lugar.  Aqui não quero desmerecer os esforços de nenhum ou de outro, no entanto sejamos realistas ainda somos um País, muito preconceituoso! Quantos atletas portadores de deficiência são estrela de propagandas?! E não vale citar a CEF que é patrocinadora oficial do Comitê Paraolímpico Brasileiro. Vou além - pensem rápido no nome de um paraatleta vencedor de uma das 47 medalhas das competições de Pequim! Conseguiu ao menos um, que não seja parente de algum conhecido seu?!

Serei sincera meu interesse e paixão por estes atletas nasceu de um contato profissional há 10 anos. Trabalhei na Eletrobrás em Rondônia e a empresa apoiava na época dois para desportistas, o mesatenista João Fernando – o Totó que nasceu com paralisia cerebral e  Edson Cavalcante Pinheiro, que compete no Atletismo e também nasceu com paralisia cerebral. Este último foi vencedor de duas medalhas de Ouro, na categoria 100 e 200 metros e Prata nos 400 metros no Parapan-Americano de 2011 e não compete mais por Rondônia e sim por Brasília por falta de patrocínio e apoio no local onde foi criado...

Não posso deixar de citar Daniel Dias que conquistou 11 medalhas de Ouro, no último Parapan-Americano, na natação. Ele nasceu com má formação congênita dos membros superiores e da perna direita e descobriu o esporte aos dezesseis anos. Daniel recebeu em 2009 o troféu Laureus, espécie de "Oscar do Esporte", como melhor atleta paraolímpico de 2008. Sua indicação teve como motivo as nove medalhas conquistadas durante os Jogos Paraolímpicos de Pequim. Em 2008, Daniel Dias já havia sido indicado para o mesmo prêmio. Até então, apenas três outros brasileiros haviam recebido este prêmio: Pelé (Futebol, 2000), Ronaldo Fenômeno (Futebol, 2003) e Bob Burnquist (Skateboarding, 2002). Ou seja, ele é o máximo, ele é o Michael Phelps e cadê o merecido reconhecimento?!

Vamos lá depois da leitura deste artigo acessem o site do CPB – Comitê Paraolímpico Brasileiro e conheça mais sobre estes verdadeiros guerreiros: www.cpb.org.bre descubra quantos deles representam nosso País, seu Estado e sua cidade!

 Fonte: Viviane Vieira de Assis Paes
 

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