Sexta-feira, 27 de junho de 2014 - 19h21
Por Marcelo Negrão
Parte I
Depois de longos 20 anos, a capital do Estado de Rondônia conseguiu finalmente dizer: temos um teatro. Um teatrinho. Dramas a parte, venho por meio deste mostrar minha insatisfação como cidadão, acerca do tal Teatro que recentemente foi inaugurado (20/06). Com a presença dos atores: Valdir Raupp o nosso José Sarney senador do Estado (que não larga o osso), Governador Confúcio Moura, Emerson Castro – secretário de educação do Estado dentre outros e com a participação especial do Corpo de Bombeiros a parte inaugurada que dispõe da capacidade de 236 pessoas, teatro Guaporé, foi palco para a peça: “Vergonha, descaso e politicagem’’.
Engana-se quem pensa que assistiu à peça “A Falecida” de Nelson Rodrigues. Exato. O que ocorreu ali foi nada mais que um tapa na cara no rondoniense. O roteiro é simples e direto: para fazer campanha política antecipada deve-se inaugurar uma sala que faz parte de um complexo inacabado, arrumar uma peça como pretexto, levar nomes do cenário político do Estado, atrair a imprensa, massificar tal inauguração em mídias sociais e deixar tudo combinado com o corpo de Bombeiros.
Parte II
“O próximo espetáculo será protagonizado pela Orquestra Villa Lobos”, disse o Coordenador de Programação, Luiz Carlos.
Isso posto, a Orquestra Villa Lobos, na quinta-feira (26/06) em sua página no Facebook anunciou que o local - que até então era o teatro recém inaugurado – haveria mudado para outra localidade. Sem entrar em detalhes. Logo, fiquei sabendo por terceiros que o Teatro havia sido interditado pois não estava adequado às medidas de segurança.
Liguei nos números 193, 3216-8952 e 3218-2928 e procurados também por e-mail do Corpo de Bombeiros procurei a Assessoria de Comunicação do mesmo e não obtive sucesso. Pois não consegui falar com NINGUÉM para falar a respeito da interdição. Mas, ligando no número 3216-5588 (o disque denúncia do Corpo de Bombeiros) consegui uma resposta que confesso: meio contraditória, o teatro foi sim interditado por medidas de segurança. Ora, e por que liberou antes para a inauguração? Por que não fez a vistoria antes? Ou estava tudo OK até o dia da inauguração e os problemas surgiram depois? Politicagem!
Para reforçar tal politicagem, vejamos a seguir, um trecho da matéria que consta no SITE DO GOVERNO DO ESTADO:
A solenidade contou com a presença de autoridades constituídas e convidados especiais. Apesar da formalidade, o evento ocorreu em clima de simplicidade sem que discursos fossem proferidos, a não ser, no encerramento da peça, quando a atriz Lucélia Santos convidou o governador a subir ao palco e dizer algumas palavras: “Estamos aqui apenas fazendo um teste de toda a estrutura de engenharia de acústica de som e iluminação. Logo depois em outra data, vamos marcar a inauguração solene dos dois teatros, que na realidade fazem parte de um só, o pequeno que apelidamos de Guaporé e o da frente que é o Palácio das Artes Rondônia. Estou feliz. Obrigado a todos”, disse Confúcio Moura.
O complexo que constituiu o Palácio das Artes Rondônia nasceu, graças à iniciativa da deputada federal Marinha Raupp que em 1997 colocou uma emenda no valor de R$ 50 Mil, para a elaboração do Projeto Arquitetônico. “Naquela época entendi que Porto Velho precisava ter um movimento nessa área da cultura que oportunizasse a nós da região amazônica, o acesso a grandes produções brasileiras e que pudéssemos também, apresentar a nossa produção. Depois, conseguimos R$ 700 Mil junto ao Ministério da Cultura para o início das obras. Quando da inauguração da reforma da Casa a Cultura Ivan Marrocos, anunciamos a emenda de bancada, que havia sido colocada para concluir o teatro, mas, o governo da época, não apresentou o Projeto. Hoje, vendo essa primeira etapa concluída, podendo receber espetáculos, ficamos felizes. Acho bacana colocar que foi a Ministra Marta Suplicy que nos recebeu numa audiência e autorizou a vinda da Lucélia Santos com o espetáculo A Falecida para inaugurar esse espaço. O Guaporé é um teatro escola”, concluiu Marinha.
Diante disso, ratifica-se mais uma vez que o cidadão rondoniense foi feito de Otário. Os meus sinceros agradecimentos ao Governador e nosso ilustre senador Valdir e deputada Marinha Raupp. Por fazer o cidadão de Otário e tolo mais uma vez.
Autor: Marcelo Negrão, 17, estudante de Administração.
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