Quinta-feira, 6 de agosto de 2015 - 05h16
Um conhecido companheiro da nossa Imprensa costuma dizer com todas as letras que é “politicamente incorreto”, se considerado o fato de que ser “politicamente correto” seja apenas seguir a maré, nos moldes da “revolução cultural” chinesa ou, mais modernamente, como definiu um expoente do petismo brasileiro quando disse que “liderar é pensar e decidir por todos”. Quer dizer: o líder decide e todos, como no ditado musical, “a vaca (os outros) vai atrás”.
Para o jornalista Ovídio Rocha Sandoval, que abomina o“politicamente correto” isso passou a ser medida para rotular condutas, pessoas e posições individuais diante da vida e da sociedade. Se tais coisas não se amoldarem ao chamado “politicamente correto” são consideradas abomináveis, sem maiores explicações, muito menos no uso do senso crítico.
A partir de tal raciocínio, o nazismo seria um exemplo típico do “politicamente correto”: em nenhum momento o povo alemão usou o senso crítico e como resultado tivemos mais de 40 milhões de mortos e a prática do holocausto contra judeus.
Ovídio Sandoval cita o professor Paulo Ferreira da Cunha, da Faculdade de Direito da Universidade do Porto: “o politicamente correto que pretende elevar-se a pensamento único, é uma nova ideologia totalitária. E mais perigosa e sutil, porque não se afirma e nem se pretende como tal. Não tem sede, nem partido, nem líder. É difusa, e todos sempre de algum modo vergam numa plenamente colonização cultural, impondo silêncio do que passa por inconveniente, criando tiques e reflexos condicionados, que nos levam todos a dizer o mesmo...”
Não há dúvida: quando se esmaga o direito de pensar e de expor seu pensamento, seja por ideologia ou pela lavagem cerebral que fazem denominações neo-evangélicas, está aí uma das faces mais absurdas desse absurdo denominado “politicamente correto”. Durante o período de 1964 essa frase se encaixava, por incrível que possa parecer, dos dois lados que se chocaram, dos adeptos da linha do governo e dos que diziam ser contra. Mas os dois não admitiam que alguém se dissesse contrário ao pensamento de cada um.
Nelson Rodrigues, misto de filósofo e jornalista, cunhou várias frases notáveis, uma delas a que diz “Toda unanimidade é burra”. É o que vem à mente de qualquer pessoa que pensa de forma independente quando tem pela frente citações do “Arghhhh” politicamente correto, cujo resultado é gerar, especialmente nos jovens, o dever de não pensar, de não decidir, de não ter opinião própria.
É transformar gerações em robôs. E contra esse modismo absurdo do “politicamente correto”, este Jornal sempre há de se bater, por entendermos a importância do “pensar, livre pensar”. E lembrar, aos que são adeptos daquele “Arghhh”, é bom lembrar que 1968 começou com uma frase lapidar, o “É proibido proibir”. E só os imbecis proíbem alguém de pensar e dizer o que pensam.
Considere-se dito!
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