Sexta-feira, 1 de setembro de 2017 - 06h37
Há 40 anos no ar, a Rádio Nacional da Amazônia nasceu como uma ferramenta de segurança nacional. A primeira transmissão em ondas curtas ocorreu em 1º de setembro de 1977.
O conteúdo da Nacional da Amazônia abrange diversos públicos, de crianças aos mais vividos. Um dos destaques é o Ponto de Encontro, programa que promove a integração dos ouvintes há 32 anos. "Nós criamos o Ponto de Encontro porque havia muitas cartas que recebíamos de ouvintes que queriam encontrar seus parentes desaparecidos. A Amazônia estava se abrindo como região, muitas pessoas do Brasil iam tentar sua sorte, plantar e também garimpar, e aí os parentes que ficavam nos outros estados queriam saber notícias", relembra a apresentadora Sula Sevilis.
Ao longo dos anos, a Rádio Nacional da Amazônia conquistou ouvintes fiéis. No concurso Cidade contra Cidade, um caminhão desembarcou 70 mil cartas de ouvintes que queriam conhecer de perto aqueles que fazem a emissora. "A cidade que mais mandasse cartas, iria receber um show com as pessoas da Rádio Nacional da Amazônia. E aí, de repente, no último dia, às 17h, último momento de receber cartas, estaciona na porta da rádio um caminhão com 70 mil cartas vindas de uma cidade chamada Dueré, no Tocantins. Foi uma coisa incrível", lembra Sula.
Em locais de difícil acesso, muitas vezes, a rádio é o único meio a oferecer notícia com credibilidade. Ouvintes, representantes de movimento sociais e autoridades reconhecem o valor da Nacional da Amazônia. O ouvinte e procurador do Ministério Público Federal, Felício Pontes, atuou muitos anos na Procuradoria da República no Pará. Ele destaca a parceria da Rádio Nacional da Amazônia na região."É a minha rádio favorita, que nos ajuda muito nessa imensidão da Amazônia. Muitas vezes tive que acionar a Rádio Nacional para que me ajudasse na comunicação com povos indígenas, com povos quilombolas. Muitas vezes tivemos que fazer reunião, alterar datas de reuniões e não tínhamos como entrar em contato com as comunidades que estavam preparadas para nos receber ansiosamente. E foi só através da Rádio Nacional que nós conseguimos isso."
O primeiro jornal com reportagens específicas para a região foi ao ar em 2004. Começava ali o Jornal da Amazônia. São diversas as coberturas especiais, viagens e grandes pautas que marcam a vida da equipe de jornalistas da Nacional da Amazônia. A repórter Graziele Bezerra leva na bagagem histórias especiais de seu trabalho Amazônia afora. "Pensar que ali, no meio daquela floresta, tem alguém ouvindo a gente, porque só a Rádio Nacional da Amazônia chega nesses pontos. Eu tenho sim um sentimento de pertença, eu sou Amazônia também", diz Graziele.
A Rádio Nacional da Amazônia também busca se adequar às novas tecnologias. A proximidade com ouvintes sempre esteve presente em cartas e telefonemas. Agora, mensagens de whatsapp e e-mails tornam a relação mais rápida e dinâmica. "Isso aqui é uma família. Vamos continuar crescendo, por muitos anos, com gente nova, com gente que se apaixone como nos apaixonamos", conclui Artemisa Azevedo, coordenadora da Rádio.
Pensar grande, pensar no Brasil
É uma sensação muito difícil de expressar o que vem acontecendo no Brasil de hoje. Imagino que essa seja, também, a opinião de parcela expressiva da
A linguagem corporal e o medo de falar em público
Para a pessoa falar ou gesticular sozinha num palco para o público é um dos maiores desafios que a consome por dentro. É inevitável expressar insegu
Silêncio do prefeito eleito Léo Moraes quanto à escolha de nomes para o governo preocupa aliados
O silencio do prefeito eleito de Porto Velho, Léo Moraes (Podemos), quanto à escolha de nomes para comporem a sua principal equipe de governo vem se
Zumbi dos Palmares: a farsa negra
Torturador, estuprador e escravagista. São alguns adjetivos que devemos utilizar para se referir ao nome de Zumbi dos Palmares, mito que evoca image