Quarta-feira, 5 de setembro de 2012 - 16h39
A região de Cacoal, Espigão do Oeste e Ministro Andreazza parece ter encontrado o caminho para mudar, de forma muito positiva, a situação da educação estadual nas escolas administradas pela Coordenadoria Regional da SEDUC neste setor do estado. Claro que não se pode mudar tudo, mas a tendência é que algo de positivo aconteça, visto que os estudantes da região foram convocados para o debate. Antes de qualquer opinião precipitada, quero antecipar que continuo sem acreditar no governo de Confúcio, mas vejo esta iniciativa da CRE/Cacoal como algo que merece nosso respeito.
Sob a coordenação das professoras Ana Paula e Celcy, os estudantes dos citados municípios foram convidados para repensar a organização estudantil e a ativação ou reativação dos Grêmios Estudantis das escolas públicas da rede estadual da região. Esta medida seguramente irá proporcionar, de forma muito inteligente, a aproximação dos estudantes com os administradores, deixando a clara possibilidade de solucionar muitas questões sem precisar que nada seja imposto sem consulta à comunidade escolar. Em reunião realizada neste dia 05 de setembro em Cacoal, ficou bem evidente que haverá progresso nas ações, visto que tudo foi organizado e democrático. E com a participação e o apoio da Coordenadora Regional.
A organização dos estudantes, com certeza, vai mostrar aquilo que pode ser modificado, adaptado, reconstruído e projetado pelos segmentos organizados da educação, sem fazer os gastos que normalmente são feitos de modo desnecessário e sem consulta aos beneficiários: os alunos e pais de alunos. Outra coisa que deve ser destacada no evento é que havia uma diversidade considerável, onde foi possível constatar a participação que se espera de um evento educacional, incluindo, com justiça, alunos indígenas no debate, uma prova de respeito às diferenças e de integração de idéias.
Possivelmente este evento somente foi possível pelo fato de que seus organizadores ouviram opiniões, idéias e sugestões, mesmo de pessoas que divergem do governo. Após ouvir todas as opiniões, a coisa foi programada, objetivando que apenas fossem buscados objetivos educacionais, sem promover quem quer que seja pessoalmente. Isto é positivo e merece o respeito de todos que desejam e que lutam por uma educação de qualidade e feita por quem pertence realmente ao setor.
Este fato positivo, porém, não pode servir de pretexto para aceitarmos alguns fatos, entre eles a nomeação de pessoas totalmente alheias ao setor educacional, para ocupar cargos na SEDUC. Com certeza, apenas duas ou três pessoas, apenas, devem ter entendido por que o governo colocou um contador para ser secretário de educação (adjunto), em detrimento de milhares de professores com formação sólida na área. Não dá para entender por que Confúcio Moura nunca nomeou um professor da rede estadual para esta pasta, tendo inclusive colocado pessoas sem nenhuma formação. Isso depois de dizer que a educação é uma prioridade.
Não é justo que uma região do estado trate a educação com seriedade e com diálogo, enquanto o próprio governo não toma medidas adequadas e que tenham a meta de mudar para melhor. Ninguém sabe de onde o governo tira esses nomes que não contribuem em nada com seu governo, relegando a segundo plano aqueles que buscaram formação, que dedicaram parte de suas vidas fazendo cursos na área de educação e que hoje são obrigados a ver amadores no comando da pasta. E Não vale esse papo de dizer que fulana ou fulano é competente! Ninguém conhece um ex-aluno de Isabel Luz, ninguém nunca viu Daniel Gláucio Gomes numa escola. Esse pessoal é competente em quê? Eles podem ser gente boa, podem dizer tudo que o governo gosta de ouvir, podem ser de Ariquemes, da cozinha do governador e tal, mas não se faz educação de qualidade dessa forma. Esses improvisos somente terão uma coisa concreta: provocar muito mais prejuízos na educação. Se o tal secretário-adjunto é bom em tributos, deveria ser colocado na SEFIN ou cedido ao Ministério da Fazenda, para fazer melhorar a arrecadação. Uma pessoa com todo esse gabarito fiscal e tributário, propagandeado pelo governo, vai fazer o que na SEDUC?
O exemplo dado por Cacoal, Espigão e Ministro Andreazza, de trazer os estudantes para debater o sistema de ensino, de buscar caminhos novos, de promover o diálogo entre os diversos segmentos da educação, deveria ser seguido por Confúcio. E as pessoas que fazem isso acontecer são pessoas que o governo certamente descarta ,porque são professores: Ana Paula é professora, Celcy é professora, Fátima Gavioli é professora, os coordenadores das escolas da região são professores, entre outros que tiveram participação determinante no evento supracitado. Essas pessoas possuem muito mais capacidade de gerir a educação do que os amadores que o governo coloca na SEDUC. Mas está claro que para ser Secretário de Educação deste governo, não pode ser professor. Pode ser tudo; menos professor!!
Vale salientar que os registros sobre pessoas de Cacoal acontecem pelo fato de ser a região que trabalho, mas há muita gente capacitada em outros municípios do estado, inclusive Ariquemes, cidade de quase todos os assessores de primeiro escalão do governo. Do mesmo modo, as opiniões expressas aqui em momento algum têm o objetivo de atingir a pessoa da atual secretária e seu adjunto, mas têm o objetivo de deixar claro que a educação deve ser feita com pessoas da educação; que saúde deve ser feita com pessoas da saúde; que estradas devem ser feitas com pessoas da engenheira e assim por diante... Duvido que Confúcio Moura coloque Daniel Gláucio Gomes para fazer cirurgias no João Paulo II... Duvideodó!!
Caso outras regiões do estado consigam integrar ao debate os estudantes e os professores, de maneira harmônica, aí podemos pensar que teremos melhores índices na educação de Rondônia, e, neste caso, os secretários de outras profissões colocados na SEDUC e os “mangabeiras-da-vida”, trazidos de muito longe, não farão nenhuma falta. Mesmo que continuem sendo nomeados. Se isto, porém, não ocorrer, fica realmente complicado pensar que o caminho para melhorar nossa educação terá solidez e planejamento. Em uma coisa, entretanto, Rondônia ocupará sempre o topo da lista: NINGUÉM GANHA DE NOSSO ESTADO, NO QUESITO NOMEAR AMADORES PARA CHEFIAR A SEDUC...Tenho dito!
FRANCISCO XAVIER GOMES
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