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'Semana Santa é o momento mais forte do ano litúrgico'


Presidente da Comissão para a Liturgia explica sobre as celebrações que antecedem a Páscoa

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O último domingo, 20 de março, abriu a Semana Santa, ocasião em que a Igreja recorda e celebra a paixão e a morte de Jesus. O bispo de Livramento de Nossa Senhora (BA) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Liturgia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Armando Bucciol, recorda que “a Semana Santa é o momento mais forte do ano litúrgico” e destaca a “presença amorosa, a misericórdia de Deus para com a humanidade que se concretizou, se manifestou na paixão e morte e ressurreição do Senhor”.

Segundo dom Armando, a misericórdia significa "a compaixão do Senhor para com a humanidade inteira" e encontra nesses dias "o seu momento mais importante, mais belo”.

O bispo indica aos fiéis que vivam, com “sentimentos de sincera conversão para com a bondade do Senhor que amou até o ponto mais alto”, as celebrações que a Igreja proporciona nesses dias, de modo particular no Tríduo Pascal, que começa nesta Quinta-feira Santa, 24.

Dom Armando explica que o Tríduo Pascal envolve três momentos em uma única celebração. 

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Quinta-feira Santa

Começamos com a celebração da Ceia Pascal, na quinta-feira à noite, em que nós fazemos memória da grande ceia da despedida, que começa, segundo o evangelista João, com o gesto do lava-pés. Cristo manifesta sua disponibilidade a amar até o fim, ele se considera o servo da humanidade”.

Sexta-feira da Paixão

“Depois da Ceia Pascal, com a celebração da Eucaristia, memória viva do maior mistério do amor de Deus, do sacrifício de Cristo até as últimas consequências, eis que, na sexta-feira, nós celebramos este rito sóbrio de uma intensíssima espiritualidade da morte do Senhor. Naquele dia, a Igreja não tem a celebração da eucaristia, mas convida seus fiéis a olhar, a contemplar o crucificado, Cristo que morre na Cruz. Ele nos amou até doar a última gota do seu sangue”.

Sábado Santo

“Depois do silêncio do Sábado Santo, em que a Igreja medita e reflete Cristo morto, eis que chegamos à noite da Vigília Pascal, em que celebramos a vitória de Cristo sobre a morte, a morte foi vencida e a Igreja vibra e renova a sua fé, a sua esperança numa plenitude vivida de realização que Cristo já semeou, plantou na terra e que nos fins dos tempos se realizará plenamente. A Vigília Pascal conclui o tríduo”.

“É interessante observar que o sinal da Cruz se faz começando a Eucaristia na quinta-feira e repetimos com bênção final na celebração da Vigília Pascal e, através desse simbolismo litúrgico expressamos essa unidade dos três momentos celebrativos que caracterizam esse tríduo sacro”, sublinha dom Armando ao lembrar o sentido de uma única celebração nos três dias de tríduo.

Reflexão da CFE 2016

A abordagem da Campanha da Fraternidade Ecumênica de 2016 (CFE 2016), voltada para o saneamento básico, a partir do tema “Casa Comum, nossa responsabilidade” e o lema “Quero ver o direito brotar como fonte e correr a justiça qual riacho que não seca” (Am 5, 24), também tem presença nas reflexões da Semana Santa.

“A liturgia nos coloca ao lado da vida, ao lado de Cristo que nos amou, que amou a vida e que não procurou a morte. A encontrou por fidelidade a uma vida plena, uma vida verdadeira.  Então, na liturgia, de tantas maneiras, entra essa dimensão vida, casa comum, responsabilidade”, acrescenta. 

O bispo fala também que no âmbito da Piedade Popular a temática se expressa de uma maneira “muito bela e participativa” na meditação da Via Sacra. Dom Armando ressalta que a CNBB preparou subsídios no contexto da CFE “para tornar mais concreta esta participação”.

Fonte: CNBB

 

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