Quarta-feira, 26 de outubro de 2016 - 08h24
247 – A notícia foi publicada nesta quarta-feira na coluna da jornalista Mônica Bergamo (leia aqui). Como são grandes as chances de que Michel Temer, ex-presidente do PMDB, não resista à delação premiada da Odebrecht, o Brasil pode precisar de uma nova saída institucional em 2017.
Um dos arquitetos do golpe de 2016, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso bem que gostaria de se apresentar para o papel de salvador da pátria, numa eleição indireta, no próximo ano, mas ele, por razões óbvias, não uniria todas as forças políticas.
Assim, começou a ganhar força a "solução Jobim", que consistir em colocar no poder, transitoriamente, um personagem que tem credibilidade junto a praticamente todas as forças políticas. Ex-relator da Constituinte de 1988 e ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, FHC já foi ministro da Justiça de FHC e da defesa nos governos Lula e Dilma.
Se o projeto vingar, ele será uma espécie de "Napoleão brasileiro", no momento em que o País enfrenta a maior crise econômica e institucional de sua história, com a implosão de suas empresas e de seu sistema político.
Dilma, como todos sabem, não caiu por suas pedaladas fiscais. Caiu porque foi incapaz de oferecer proteção aos políticos implicados na Operação Lava Jato. Se o juiz Sergio Moro e o procurador-geral Rodrigo Janot, nossos Danton e Robespierre, já detonaram o PT, parece ter chegado a vez de peixes maiores, de partidos como o PMDB e o PSDB. E Temer também não consegue "estancar essa sangria", protegendo os políticos, como defendeu o senador Romero Jucá (PMDB-RR).
Com a delação de Marcelo Odebrecht e mais de 50 executivos de seu grupo, pouca coisa sobrará do sistema político brasileiro, que já pressente uma era de terror, com nomes de todos os partidos sendo guilhotinados.
Para evitar traumas maiores, emergiu o nome de Jobim, que poderá chegar ao poder, em 2017, montado em seu cavalo branco, para tentar impor a lei e a ordem no Brasil, num momento de absoluta anomia social e destruição econômica.
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