Quinta-feira, 4 de junho de 2015 - 09h57
Professor Nazareno*
“Nunca direi o meu nome a ninguém e nem o sexo com o qual nasci. Apenas posso informar-lhes que sou um ser humano no melhor sentido da palavra desde o ano de 1982 quando minha mãe, em alguma maternidade deste imenso Brasil, me colocou no mundo. Tenho lindas fotos do meu nascimento quando meus pais, muito nervosos e felizes, não continham a emoção de ver seu primeiro e abençoado fruto. Tive amor, carinho e afeição deles durante toda a vida e percebi que eles sempre compreenderam e aceitaram a minha orientação sexual. Depois de eu descobrir a minha sexualidade algum tempo mais tarde e lhes informar em primeira mão, tive o apoio necessário para viver uma vida livre, sem censura, sem culpas e sem medo. Todos os amigos que tenho, inclusive o meu cônjuge, sempre tiveram e têm o apoio necessário de minha família.”
“A recomendação que recebi na infância foi a de que não devia, em hipótese alguma, demonstrar em público aquilo que eu era, sempre fui e sou. Essa inédita situação só dizia respeito a mim e a quem se relacionasse, sexualmente ou não, comigo. Porém, a sociedade em que vivo não pensa assim. Sofreria muito preconceito, Bullying e até agressões verbais e físicas se dissesse a verdade. Nunca entendi porque o amor e a beleza de amar tinham que ser proibidos e escondidos. Como entender, por exemplo, que um soldado dos Estados Unidos recebeu uma condecoração por ter matado dois homens na Guerra do Golfo e depois foi expulso das Forças Armadas de seu país por que amou outro homem? Desde quando o amor é pior do que a morte? Não me considero homossexual, lésbica, travesti, bissexual ou qualquer outra denominação. Sempre me vi como um autêntico ser humano com suas crenças, defeitos e virtudes.”
“Muitos dos que defendem hoje o que chamam de ‘família tradicional’ na verdade são hipócritas que, escondidos no atraso e no obscurantismo da religião que dizem seguir, usam o santo nome de Deus para perseguir seus iguais. Isso é banditismo religioso e intolerância abjeta. Vou à minha igreja desde que me entendi de gente. Creio em Deus e na sua eterna misericórdia. Sigo o Cristianismo porque sempre acreditei nos milagres, nas boas ações e na bondade do meu Cristo único e salvador. Sua filosofia é poderosa, superior e ímpar. Como pode a minha crença negar o que eu sou? Se tivesse a possibilidade e pudesse escolher a minha orientação sexual, seria heterossexual, pois na sociedade machista, preconceituosa, falsa e metida a puritana que temos é mais cômodo viver sem ter que enfrentar o ódio, o preconceito e as perseguições que sempre sofri.”
“A homossexualidade é antinatural, pois não reproduz. Mas essa impossibilidade aumentou ainda mais o amor que tenho pelos meus dois filhos, que foram abandonados por seres heterossexuais. Sou feliz sendo assim, pertencendo a uma minoria. Mas, repito: não escolhi ser como sou. Em todas as espécies animais, pelo menos dez por cento dos indivíduos praticam alguma forma de homossexualismo. Isso é a lei da natureza. Sou criatura e amo o meu Criador. Admiro a tolerância e a diversidade, pois uma floresta mais rica será se tiver um maior número de espécies. O que quero é só o respeito de meus semelhantes. Será que Platão, Safo, Santo Agostinho, Leonardo da Vinci, Joana Darc, Shakespeare, Michelangelo, Mazzaropi, Mário de Andrade, Santos Dumont, Imperatriz Leopoldina, Maria Quitéria, Gilberto Freyre, Martina Navratilova, Elton John, Renato Russo, Ângela Rorô, Oscar Wilde, etc. etc. estão todos errados?”
*É Professor em Porto Velho.
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