Quarta-feira, 30 de abril de 2014 - 21h10
O trabalhador, seja ele da esfera pública ou privada, foi convidado
esta semana para participar da sua festa de 1º de maio por seus
sindicatos e alguns raros pela repartição da qual faz parte no Governo
Federal, estadual ou Municipal. Raros mais ainda serão os que vão
refletir no verdadeiro significado do 1º de maio e a situação por qual
o município, o estado e o País passam nas mãos daqueles que detêm o
poder.
Há muito os salários vêm sendo achatados e quem diria, o salário
mínimo é quase um vilão da situação, pois só ele aumenta, mas não
serve de referência para nenhum aumento das outras faixas salariais de
trabalhadores. Mas como, se todos são trabalhadores, o mínimo deveria
servir para todos? Vilão mesmo são as artimanhas utilizadas pelo
Capital para conseguir praticar uma política salarial tão canibal.
Achar os culpados não é difícil. Os donos da festa, os financiadores
da festa do trabalhador, hoje são os culpados dessa inversão de
valores. Escondidos atrás de um cargo político ou de algum sindicato,
dezenas de dirigentes sindicais hoje vivem ás custas do poder que
tanto combateram no passado. Atualmente, as três esferas de Governo e
o capital ditam as ordens sobre sindicatos e entidades classistas sem
cerimônia.
O setor público como um todo vem sofrendo violações de seus direitos
trabalhistas há muitos anos e as entidades classistas de defesa do
trabalhador só dizem amém. Um exemplo claro dessa subserviência, em
nível de Estado, é o tal realinhamento que está sendo pago. Não passa
de politicagem, pois o Governo está pagando aquilo que a legislação
chama de progressão horizontal, um direito constitucional conquistado
há muitos anos pelo Trabalhador.
O setor público é hoje o que mais sofre com a política anti-isonômica
do Governo que prefere terceirizar o sistema público de saúde do que
valorizar o servidor. Ainda tomando exemplo Rondônia, basta observar
as publicações do Diário Oficial do Estado e constatar os contratos
milionários que o Governo celebra com a iniciativa privada em
detrimento do servidor público que convive diariamente com baixos
salários, péssimas condições de trabalho e violação de direitos
trabalhistas.
O movimento sindical é hoje um dos principais culpados pela situação.
É fraco, incompetente, anestesiado com as lutas e comprometido com o
poder. É um verdadeira vergonha em termos de militância, pois está
atrelado aos patrões. A CUT, por exemplo, perdeu suas origens, precisa
ser aquela central de referência no País, a começar se desvinculando
do Governo Federal, respeitando a independência e autonomia classista
prevista em seu estatuto.
É só observar a situação financeira de alguns dirigentes sindicais em
Rondônia que hoje tem padrão de vida muito além do que deveriam ter.
Esqueceram a luta e usam o meio sindicato como meio de vida. Não é
muito difícil verificar a situação econômica de alguns de seus líderes
e perceber como a coisa mudou. A central hoje defende com unhas e
dentes a política nefasta do Governo Federal que tanto combateu em
outros governos.
Portanto, caros companheiros, a reflexão deve ser o tom desse 1º de
maio. Vamos refletir em quem nos representa no movimento sindical, e
também na política. Hoje o sindicalismo é trampolim para essa política
desonesta que tem nos oprimido por tantos anos. O resto é demagogia.
Raimundo Nonato da CUT, ex-dirigente sindical da CUT, servidor público
municipal e atual presidente do Conselho Estadual de Saúde de
Rondônia.
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