Segunda-feira, 1 de julho de 2024 - 19h03
Em uma decisão que marca um ponto
crítico no processo de concessão da coleta de lixo na capital rondoniense, a
Justiça negou a liminar solicitada pelo Ministério Público de Rondônia (MP-RO)
e pela Procuradoria Geral do Estado de Rondônia contra a Prefeitura de Porto
Velho e as empresas Eco Rondônia Ambiental S/A e Marquise Serviços Ambientais
S/A.
Contexto do Processo
O caso, de grande relevância,
envolve o edital de Concorrência Pública n. 003/2021, destinado à contratação
de uma Parceria Público-Privada (PPP) para a gestão integrada dos resíduos
sólidos no município.
A licitação prevê um contrato de
20 anos, com valor estimado em R$ 2,36 bilhões.
Ação Civil Pública e Denúncias
O MP-RO e a Procuradoria alegam
diversas irregularidades no processo licitatório, desde a suspensão inicial
pelo Tribunal de Contas do Estado de Rondônia (TCE-RO) devido a falhas
detectadas, até a homologação do contrato pela prefeitura sem a devida
autorização judicial.
As irregularidades incluem a
necessidade de ajustes no projeto básico e a potencial restrição do caráter
competitivo do certame, que poderia gerar danos significativos ao erário
público.
Na decisão, o juiz Edenir
Sebastião A. da Rosa destacou a complexidade do caso e a necessidade de
elementos contraditórios antes de conceder qualquer tutela antecipada. Ele
convocou uma audiência preliminar para o dia 29 de julho de 2024, às 11h, que
ocorrerá de forma híbrida – presencial e virtual.
Consequências e Próximos Passos
Apesar da negativa da liminar, o
processo continua, e a audiência preliminar será um passo crucial para a
resolução do caso.
A decisão do TCE-RO, que declarou
a nulidade da licitação, ainda pesa sobre a administração municipal, que terá
que justificar suas ações e a tentativa de convalidar o processo licitatório
através da Lei Complementar Municipal nº 3.174/2024, considerada inconstitucional
pelo MP-RO.
A continuidade do serviço de
coleta de lixo em Porto Velho é essencial para a saúde pública e o meio
ambiente da cidade.
A audiência de julho será
determinante para definir o futuro da concessão e a legalidade dos atos praticados
pela prefeitura.
Conclusão
A população de Porto
Velho e as autoridades envolvidas aguardam ansiosamente a audiência, que poderá
trazer uma resolução definitiva para o imbróglio jurídico que envolve a gestão
de resíduos sólidos na cidade.
A decisão judicial ressaltou a importância da transparência e da legalidade nos processos públicos, garantindo que os interesses da comunidade sejam sempre preservados.
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