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Agevisa discute erros em estocagem de agrotóxicos e uso indiscriminado de mercúrio em Rondônia


Em continuidade à capacitação de 55 técnicos da saúde de todo o estado de Rondônia em identificação e caracterização dos riscos à saúde humana relacionados a substâncias químicas e coletas de amostras ambientais com suspeita de contaminação, iniciada na terça-feira (25), a Vigilância em Saúde de Populações Expostas a Contaminantes Químicos (Vigipeq) da Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa), promoveu nessa quinta-feira (27) palestras com três toxicologistas, no salão 3 do Rondon Palace Hotel, em Porto Velho.

Na parte da manhã, houve palestra com apresentação de todo o monitoramento de mercúrio e outros metais pesados realizado nos últimos 30 anos, com o professor Wanderley Bastos, da Universidade Federal de Rondônia (Unir). Conforme a coordenadora da Vigipeq, Rosiane Maciel, o nível de contaminação das águas da região amazônica continua alto, e isso preocupa.

A segunda palestra foi do secretário de Saúde do município de Ariquemes, Acir Braido, que esmiuçou o Sistema de Informações de Populações Expostas a Solos Contaminados (Sissolo) do Ministério da Saúde, que controla todos os eventos relatados por técnicos especializados em saúde do Brasil, e que permitem estatísticas apuradas que podem auxiliar no diagnóstico do uso e mau uso de defensivos agrícolas, erros de estocagem em depósitos, postos de combustíveis, áreas industriais, áreas finais de resíduos urbanos, minerações, entre outras.

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Capacitação ocorreu durante a semana em Porto Velho

Braido disse que todos os produtores que usam agrotóxicos têm que se cadastrar e receber treinamento quanto ao manuseio de cada um, além de assinar um termo de responsabilidade. O controle do descarte das embalagens usadas é feito pelos órgãos do estado e empresas licenciadas, sendo “expressamente proibida a queima das mesmas, pois a nuvem tóxica é mais prejudicial à saúde que a contaminação do solo”.

A região amazônica tem um alto índice de contaminação por mercúrio (Hg), especialmente por causa do seu uso no garimpo (processamento) do ouro. “Atualmente, Rio Branco (AC), mesmo não tendo nenhuma atividade de garimpagem, vem apresentando altas taxas de contaminação. Estudos recentes sugerem que esse mercúrio é proveniente dos países andinos, onde nascem os principais rios da bacia amazônica. Não queremos que isso venha acontecer em Rondônia”, explicou Kelson Faial, pesquisador em saúde pública do Instituto Evandro Chagas (PA), que proferiu a última palestra do dia.

Rosiane Maciel reforçou o pedido para que haja boa vontade e civilidade por parte dos autores das queimadas que afligem a todos e destroem a fauna e flora, e que parem de vez de praticar este crime. Ela ainda falou sobre a implantação das unidades ‘Sentinelas’, em todos os municípios, para monitorar o aumento dos casos de internações, “pois a saúde da população é o principal objetivo do governo de Rondônia”.
 



Fonte
Texto: Marco Aurélio Anconi
Fotos: Marco Aurélio Anconi
Secom - Governo de Rondônia

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