Segunda-feira, 12 de agosto de 2024 - 17h51
Na última semana, a deputada estadual Ieda Chaves (União Brasil)
encaminhou a Indicação nº
7.253/2024
ao Governo de Rondônia, recomendando a adoção de medidas para a ampla divulgação
das alterações promovidas pela Lei Federal nº 14.550, de 19 de abril de 2023. A
legislação em questão introduziu mudanças significativas na Lei Maria da Penha
(Lei Federal nº 11.340, de 07 de agosto de 2006), reforçando o caráter
protetivo às mulheres que são vítimas de violência doméstica e familiar.
A Lei nº 14.550/2023 estabelece que as medidas protetivas de
urgência devem ser concedidas com base no depoimento da vítima, em um juízo de
cognição sumária. Essas medidas só podem ser negadas se houver comprovação de
que não há risco à integridade física, psicológica, sexual, patrimonial ou
moral da ofendida ou de seus dependentes. “Deste modo, considerando a
relevância da matéria, é notório que muitas mulheres ainda desconhecem seus
direitos e os recursos a que têm acesso por meio desta legislação, sendo
necessária sua ampla divulgação em locais de grande circulação pública”, diz o
documento encaminhado às autoridades estaduais.
A parlamentar lembra ainda que “a lei determina que essas medidas
protetivas serão concedidas independentemente da tipificação penal da
violência, da existência de ação penal ou civil, do inquérito policial ou do
boletim de ocorrência, e permanecerão em vigor enquanto houver risco para a
vítima ou seus dependentes”.
Dados
Entre 1º de janeiro de 2022 e 15 de fevereiro de 2024, mais de 40
mil ocorrências de violência foram registradas contra mulheres e meninas
rondonienses, segundo a Secretaria de Estado da Segurança, Defesa e Cidadania
de Rondônia (Sesdec/RO). Por conta disso, Ieda Chaves defende que “a divulgação
das informações em locais de grande circulação pública é essencial para
garantir que as mulheres tenham pleno conhecimento de seus direitos e das
medidas protetivas disponíveis”.
Lei Maria da Penha: 18 anos
A Lei Maria da Penha completou 18 anos no último dia 7 de agosto.
Graças a ela, muitas mulheres puderam encontrar amparo e justiça em situações
de abuso. De acordo com os órgãos de segurança, ocorreram várias mudanças
significativas, como a criação dos juizados especializados em violência
doméstica, a possibilidade de medidas protetivas e um aumento na
conscientização sobre os direitos das mulheres. No entanto, ainda existem
desafios a serem enfrentados.
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