Quinta-feira, 2 de novembro de 2017 - 07h50
Ao citar na última terça-feira (31), em plenário, o censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontando que Rondônia convive com 300 mil miseráveis no campo, vivendo em um nível abaixo da linha de pobreza, o deputado Adelino Follador (DEM) pediu ao governador Confúcio Moura (PMDB) que determine providências para localizar e atender adequadamente esse contingente populacional desamparado.
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De acordo com os dados divulgados pelo instituto, pouco mais de 60% dessa população miserável vive no campo e o restante nos centros urbanos. Por essa razão, o deputado propôs a criação de um grupo de trabalho com agentes públicos da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), da Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri) e da Secretaria de Estado de Assistência Social (Seas), com a missão de mapear e localizar este contingente populacional de pobres do Estado e propor medidas adequadas de amparo.
Segundo Follador, o governador se declarou surpreso, no Blog do Confúcio Moura, com os números do IBGE, mas eles são o resultado de um trabalho de nível apurado com estudo e lisura. Os números apresentam Rondônia para o Brasil como um Estado diferente da pregação oficial, marcado como de economia sólida, diverso do restante do Brasil, mas que, na verdade, envergonha as instituições e seu povo, vez que o País, com a divulgação do instituto, está tomando conhecimento real do drama que é viver abaixo da linha de pobreza que assola 300 mil rondonienses.
O deputado citou os cerca de R$ 30 milhões alocados no Fundo de Combate à Pobreza, criado pela Assembleia Legislativa, que deveriam ser usados na execução de projetos dirigidos a esse contingente de pobres espalhados pelo Estado, de modo que possam usá-lo para produzir e gerar renda.
Da mesma forma eles poderão também ser incluídos nos projetos e programas de incentivo e fomento da atividade rural, do próprio governo do Estado, como de distribuição de calcário, mudas de café clonal, Banco do Povo e outros que comprovadamente têm ajudado muitas famílias, gerando emprego e renda no campo.
Adelino Follador voltou a pedir ao governo do Estado que, antes de decidir o que fazer, realize o mapeamento dessas 300 mil famílias de miseráveis, para em seguida adotar providências para conter e eliminar esse desastre humanitário que a sociedade rondoniense desconhece.
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