Segunda-feira, 14 de agosto de 2023 - 15h14
Na décima edição do programa semanal Conversa
com o Presidente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez uma avaliação
positiva da Cúpula da Amazônia, destacou a importância da participação
social para definição das políticas públicas e disse que os países amazônicos
continuarão conversando para afinar as propostas que levarão aos países ricos
na COP-28, nos Emirados Árabes, em dezembro.
A gente não quer que
cada presidente abra mão daquilo que é sua convicção. A gente vai construindo
aquilo que é possível, o que dá para cada um fazer. Foi um encontro histórico.
Quando chegar nos Emirados Árabes, no fim do ano, a gente vai ter, pela
primeira vez, todos os países com florestas pensando a mesma coisa e exigindo a
mesma coisa”. (Luiz Inácio Lula da Silva, presidente da República).
"O encontro foi uma coisa excepcional.
Nunca se discutiu a Amazônia com a força da sociedade como se discutiu dessa
vez", disse, lembrando que o encontro resultou em um documento comum, com
voz dos países e de 30 mil pessoas que participaram dos Diálogos Amazônicos,
evento que antecedeu a Cúpula.
O encontro cumpriu o objetivo de
preparar o documento comum dos países amazônicos - Brasil, Bolívia, Colômbia,
Equador, Peru, Guiana, Suriname e Venezuela e teve também entendimento com
outros países detentores de florestas tropicais - República do Congo e
República Democrática do Congo e Indonésia - sobre o papel do mundo no esforço
de preservação e manutenção das florestas em pé.
“A gente não quer que cada presidente abra mão daquilo que é sua
convicção, daquilo que acredita. Coloca na mesa e vamos debater e dentre as
divergências a gente vai construindo aquilo que é possível, aquilo que dá para
cada um fazer. Foi um encontro histórico. Vai render daqui para frente, porque
quando chegar nos Emirados Árabes, no fim do ano, a gente vai ter, pela
primeira vez, todos os países com florestas pensando a mesma coisa e exigindo a
mesma coisa. Vai ser muito forte o encontro”.
Segundo Lula, todo mundo fala e dá palpite sobre a Amazônia, mas
é a primeira vez que a Amazônia e seu povo falam para o mundo. "Por isso
vamos levar esse documento. Vamos ter algumas reuniões até chegar aos Emirados
Árabes e vamos, pela primeira vez, discutir com mais seriedade a contribuição
de países ricos para a preservação da floresta".
RESPONSABILIDADE - Mais uma vez, o presidente
brasileiro disse que os países ricos precisam assumir a responsabilidade que
tiveram no processo de destruição do planeta, em seus modelos de
desenvolvimento, e contribuir financeiramente para que outros países possam se
desenvolver preservando suas florestas.
“Nós temos condições de chegar ao mundo, lá nos Emirados Árabes,
e dizer o seguinte: ‘Olha, a situação é essa, queremos essa contribuição de
vocês e isso não é favor. Isso é o pagamento de uma dívida que vocês têm com o
planeta Terra, porque vocês derrubaram as florestas de vocês 100 anos antes de
nós, ou 150 anos. Então, vocês paguem para que a gente possa preservar a nossa
floresta, gerando emprego, gerando oportunidade de trabalho, e gerando
condições de melhorar a vida das pessoas”, ponderou o presidente brasileiro.
“É isso que o Congo quer, que o Brasil quer, que a Bolívia quer,
que o Equador quer, que a Guiana quer, é isso que quer a Colômbia, que quer o
Peru, a Venezuela. É simples: façam as contas e vamos ver quanto é que vocês
têm que colocar na mesa para a gente poder continuar preservando as nossas
florestas”.
ALÉM DA COPA - Segundo o presidente, não
basta enxergar a floresta e ver apenas a copa das árvores pelas imagens de
satélite, mas é preciso olhar para as 50 milhões de pessoas que vivem nos
países amazônicos, sendo 30 milhões apenas no Brasil. Se o povo não estiver na
linha de frente das preocupações, não vai ter o resultado que a gente espera.
"Pessoas que moram e precisam viver com dignidade, ter
emprego, ter educação, ter saúde. As pessoas querem viver bem. Então, temos que
cuidar da Amazônia como um todo, preservar nossas águas e ao mesmo tempo cuidar
do povo que mora lá".
Lula reafirmou o compromisso brasileiro de zerar o desmatamento
na Amazônia até 2030 e disse que contará com apoio dos prefeitos da região para
atingir a meta. Desmatamento zero na Amazônia não é obra de ficção, mas uma
perseguição a se fazer.
AGENDAS - Na conversa semanal com Marcos
Uchôa, que normalmente ocorre às terças, mas foi antecipada por causa de sua
viagem ao Paraguai para a posse do
presidente Santiago Peña, Lula contou de suas próximas agendas
internacionais.
Na próxima semana, ele participará do encontro dos Brics na
África do Sul e visitará outros países do continente. Na sequência, terá
Assembleia da ONU em Nova Iorque e encontro do G-20 na Índia.
Segundo ele, os Brics discutirão a questão climática à qual
todos no mundo estão sensíveis por ver suas consequências com eventos extremos
da natureza. "Se temos chance agora de parar e melhorar, retroceder e
recuperar a temperatura normal do planeta, vamos fazer".
O presidente falou que o encontro com os demais países servirá
também para discutir os problemas econômicos, as desigualdades sociais e a paz.
Segundo ele, os mais de dois trilhões de dólares gastos na guerra no ano
poderiam ser destinados para gerar emprego, plantar produtos agrícolas e matar
a fome de 700 milhões de pessoas no mundo. "O mundo não suporta guerra. É
uma coisa insensata, desumana. O Brasil tem que manter sua posição de não ter
contencioso com ninguém", disse.
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