Quinta-feira, 17 de agosto de 2023 - 16h07
A
infraestrutura de transportes do país será incrementada com cerca de 300
projetos de rodovias e ferrovias incluídos no novo PAC. No total, estão previstos
no programa R$
280 bilhões para o setor, sendo R$ 79 bilhões em recursos do Orçamento Geral da União e R$ 201 bilhões em
investimentos privados, que incluem concessões existentes e novas. A
expectativa é de que somente as obras de rodovias e ferrovias gerem mais de 1
milhão de empregos até 2026.
“Fizemos
um esforço para abrir um espaço fiscal para investimento, e esse espaço está
sendo ocupado por uma seleção de obras. É isso o que significa a obra estar no
PAC: garantia de recursos para seguir adiante, com seu cronograma
físico-financeiro em dia”, explicou o ministro, nesta quarta-feira (16/8), em
coletiva de imprensa para detalhar os destaques regionais no setor de
Transportes incluídos no novo PAC.
Renan
Filho citou medidas do Governo Federal para a retomada dos investimentos, como
a Emenda Constitucional nº 126/2022, a EC do Bolsa Família, que aumentou o
orçamento previsto para o setor em 2023; a possibilidade de renegociação de
contratos de concessão junto ao Tribunal de Contas da União (TCU); o arcabouço
fiscal apresentado pelo Executivo ao Congresso Nacional; e a própria criação do
novo PAC, como forma de definir as prioridades para o setor.
DETALHAMENTO – Do total de R$ 280 bilhões previstos no novo PAC para o setor
de transportes, R$
185,8 bilhões são destinados a rodovias, incluindo investimento em obras
públicas, estudos e concessões, além da manutenção de toda a malha rodoviária
do país. Desse montante, R$
73 bilhões são recursos públicos e R$ 112,8 bilhões, investimentos privados. Do total de
empreendimentos, há 167 obras e 113 projetos para iniciar novas construções.
Já
as ferrovias, fundamentais para equilibrar a matriz de transportes e aumentar a
competitividade do país, somam R$ 94,2 bilhões em investimentos – R$ 6 bilhões em recursos
públicos e R$
88,2 bilhões em investimento privado.
“A
inclusão no PAC permitirá o desenvolvimento de novas obras, mas também a
retomada daquelas que estão paralisadas ou inacabadas, como é o caso da
duplicação da BR-101/BA na divisa de Sergipe até Feira de Santana (BA), ou como
a BR-230/PA, a Transamazônica. Obras que se arrastam por muitos anos pela falta
de recursos”, avaliou o ministro dos Transportes.
NAS REGIÕES – O planejamento do novo PAC para a região
Norte prevê R$
21,3 bilhões em investimentos públicos e privados. Entre os destaques, está a
construção da ponte internacional da Guajará-Mirim, na BR-425/RO, que
facilitará a ligação de Rondônia com a Bolívia. A estimativa é que sejam
aportados cerca de R$
300 ilhões no empreendimento.
No
Centro-Oeste, onde estão previstos R$ 46,3 bilhões, a construção da Ferrovia de Integração do
Centro-Oeste (Fico 1) aumentará a conectividade entre os estados, fomentando a
economia e o escoamento da produção agropecuária regional.
Ainda
no modal ferroviário, a inclusão do trecho entre Salgueiro e Suape no projeto
da Transnordestina impulsionará o desenvolvimento de Pernambuco. O total de
investimentos para o Nordeste é de R$ 49,1 bilhões. Entre os empreendimentos rodoviários,
destaque para a conclusão da duplicação da BR-101/SE, demanda histórica da
população de Sergipe.
O
maior volume de recursos está no Sudeste, R$ 96,1 bilhões, sendo a maior parte em investimentos de
concessões existentes e novos editais previstos, como a BR-381/MG, de Belo
Horizonte a Governador Valadares, com leilão marcado para 24 de novembro; e a
concessão da BR-040, no trecho que liga o Rio de Janeiro (RJ) a Juiz de Fora
(MG).
No
Sul, onde estão previstos R$
57,8 bilhões em recursos, destaque para a obra do contorno viário de Florianópolis,
na BR-101/SC, maior obra de infraestrutura rodoviária do país. O projeto é
executado com recursos privados e dará fluidez ao trânsito na região, uma vez
que desviará o tráfego de longa distância do eixo principal da rodovia.
O NOVO PAC – Lançado em 11 de agosto, o novo PAC veio
para incrementar investimento, garantir infraestrutura econômica, social e
urbana, melhorar a competitividade do país e gerar emprego e renda. No total,
são estimados investimentos públicos e privados da ordem de R$ 1,7 trilhão, com cerca
de 4 milhões de empregos gerados em todos os eixos do programa.
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