Terça-feira, 18 de outubro de 2022 - 11h43
ACIRRAMENTO
Pela última
pesquisa divulgada da Big Data sobre as eleições estaduais de Rondônia, Marcos
Rogério (PL) e Marcos Rocha (União Brasil) estão empatados e vão fazer a
disputa mais acirrada de todos os tempos. O resultado hoje é imprevisível e a
margem para crescer não é elástica. É possível que seja uma vitória definida
pelo detalhe e o número dos candidatos neste caso pode fazer a
diferença.
FILIAÇÃO
Quando surgiram as
primeiras notícias de que o presidente Jair Bolsonaro iria ingressar no União
Brasil, Marcos Rocha imediatamente se filiou ao partido na tentativa de manter
para si a primazia do mesmo número do presidente nas eleições estaduais. Na
época a filiação foi descrita pela mídia local como uma passada de perna do
governador contra o senador Marcos Rogério.
AVEXADO
A pressa de Rocha
em se filiar antes que Rogério terminou atropelando os seus planos iniciais,
visto que Bolsonaro desistiu do União Brasil e optou em assinar ficha filiação
no PL. Com o ingresso do presidente no partido de Valdemar da Costa Neto, o
Diretório Regional do PL caiu no colo do senador e por isso ele está na
iminência de vencer o governo de Rondônia ajudado pela onda de votação no
numeral 22, o mesmo de Bolsonaro.
PIRRO
Por ter sido
avexado, Rocha comemorou uma vitória de pirro ao impedir a filiação de Rogério
no União Brasil. Portanto, o slogan "22 aqui e 22 lá" tem tanto apelo
eleitoral que obriga o candidato do 44 (Rocha) a reivindicar o dia todo e todo
dia a paternidade do 22, de lá. Embora separar este número do cá não seja uma
tarefa do ponto de vista do marketing tão fácil.
MARKETING
Não passa de uma
peça emergencial de marketing de segundo turno a proposta do candidato Rocha de
reservar aos cem melhores alunos da rede pública estadual um intercâmbio com
universidades estrangeiras. A proposta não consta ainda no plano de governo nas
22 (número do opositor) páginas entregues à Justiça Eleitoral. A
nova proposta também não está nas dotações orçamentárias da Secretaria de
Educação para 2023, o que, em tese, revela que seja tão somente uma peça
publicitária. Embora interessante.
NEUTRALIDADE
Para complicar a
estratégia do governador Rocha, o União Brasil - presidido pelo deputado
federal pernambucano Luciano Bivar -, anunciou neutralidade neste segundo turno
e liberou os diretórios a apoiarem quem melhor convier. Os dirigentes se
dividem nacionalmente entre Lula e Bolsonaro. Em Rondônia, Rocha é Bolsonaro,
sem a mesma primazia das eleições 2018 quando ambos eram filiados ao PSC, com o
mesmo número 17 nas urnas. A estratégia anteriormente utilizada não se repete
nestas eleições e as tentativas feitas têm sido barradas pelo TRE a pedido do
Liberal Marcos Rogério, uma vez que Bolsonaro é candidato pelo mesmo partido
(PL) do senador.
CRÍTICAS
São infundadas as
críticas de Marcos Rocha por Marcos Rogério ingressar em juízo para impedir que
cole em sua campanha eleitoral a campanha nacional de Bolsonaro. Em 2018 Rocha
usou do mesmo expediente contra Rogério. Agora, em polvorosa, em razão de uma
eleição que julgava ser um passeio, critica o que ele mesmo fez.
EMPÁFIA
No primeiro turno
os partidários de Marcos Rocha se comportavam com empáfia, amparados em
pesquisas que apontavam o governador reeleito em primeiro turno. Abertas as
urnas, o susto foi enorme e a empáfia abriu espaço para uma postura de
desespero. Os empates indicados pelas pesquisas publicadas deram oxigênio para
o governador correr atrás do prejuízo, obrigando Rogério a descer do salto alto
que subiu antecipadamente. Quem errar menos leva o governo.
TCE
Enquanto a disputa
eleitoral segue seu fluxo normal, a vaga aberta no Tribunal de Contas do Estado
com a aposentadoria do conselheiro Benedito Alves se mantém mais distante dos
domínios do governador Marcos Rocha.
ESPECULAÇÃO
Na hipótese de
vitória do senador Marcos Rogério, a indicação do nome para a vaga no TCE cai
no colo por incapacidade política do governador Marcos Rocha em dialogar com a
Assembleia Legislativa um nome de consenso. Numa só tacada Rogério pode vencer
o governo e ganhar junto a indicação de um amigo à vaga do TCE. Nomes já
começam a ser especulados nas hostes do senador. Um assunto para próxima
coluna.
PROVIDÊNCIA
Em petição
encaminhada à Defensoria Pública do Estado, o professor universitário Vinícius
Miguel requereu pedido de providências do órgão contra o que considera uma
inconstitucionalidade editalícia no concurso público dos bombeiros de Rondônia
por exigir dos inscritos exames médicos laboratoriais de HIV e
Hepatites virais. Com as inscrições abertas, o advogado aciona o órgão contra
mais um preconceito que atenta contra a dignidade humana para que o Comando
Geral do Bombeiros se abstenha de exigir estes exames que, aliás, atentam
contra pessoas de grupos vulneráveis e que esperam das autoridades isonomia no
edital.
ADMOESTAÇÃO
Não é uma boa
tática eleitoral o governo escalar um membro do União Brasil para admoestar
Henrique Prata, presidente do Hospital do Câncer, em retaliação ao apoio que
tem manifestado à campanha do opositor Marcos Rogério. Não é mentira que
Prata faz uma pressão descomunal no governo para que o hospital receba a maior
fatia dos recursos destinados ao financiamento da saúde pública estadual. Mas a
forma da admoestação do governo é um tiro no pé porque o Hospital do Amor é
hoje uma referência para o rondoniense. Com um atendimento humanizado e bem
melhor que o disponibilizado pelo governo em suas unidades hospitalares. Uma
tática burra.
CONFISSÃO
Imaginem uma propaganda com a seguinte
frase proativa: “FAREI O QUE NENHUM GOVERNADOR FEZ: TIRAR A SAÚDE DE RONDÔNIA
DA UTI”. Qualquer pessoa mediana iria interpretar que é uma propaganda do
candidato de oposição ao governador já que promete fazer o que o atual não fez.
Mas, para surpresa deste cabeça chata, é um peça da campanha de reeleição do
próprio Marcos Rocha, veiculada nas suas redes sociais. Uma confissão de quem
nada fez pela saúde. Que, segundo ele, continua na UTI. Pense num marketing
político honesto a ser estudado no futuro.
ARTICULANDO
Numa eleição apertada é preciso que os
candidatos ampliem seus leques de apoios para tentar vencer o pleito com mais
facilidade. Marcos Rocha, por exemplo, fez contato com petistas, pedetista e
com lideranças individualmente por intermédio de articuladores. Já Marcos
Rogério se fechou em copa e acha que com isto convencerá o eleitor a optar por
ele. A área política das campanhas será um deferencial neste segundo
turno.
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