Sexta-feira, 14 de outubro de 2022 - 10h10
GARIMPAGEM
No meio político estadual houve quem tenha criticado a operação policial de combate ao garimpo ilegal no leito do Rio Madeira mesmo sabendo que esta atividade da forma como explora o ouro é predatória e afeta o canal de navegação, além dos reflexos danosos a toda a fauna e flora ao longo do rio. É uma crítica equivocada uma vez que os prejuízos dessa atividade ao meio ambiente, à economia estadual e aos serviços públicos são incomensuráveis. Ademais, é proibido por lei e defender sua atividade naquela localidade é estimular ações criminosas. Nunca a garimpagem trouxe ao estado dividendos, ao contrário, todo o ouro apurado é vendido sem recolhimento dos impostos e, não raro, financia outras ações criminosas.
DESTRUIÇÃO
É também absolutamente acertada a decisão das forças policiais em destruir todas as balsas que foram apreendidas no leito do Madeira. São equipamentos enormes, pesados e construídos clandestinamente sem a vistoria do poder público e por estas razões não há sentido os órgãos de repressão guardá-los até o final do processo judicial. São balsas que paradas ficam imediatamente enferrujadas e são oriundas de atividades criminosas não justificando a integridade física que causaria mais prejuízos ao erário. Por fogo em tudo é a melhor atitude.
REGRAS
Quanto às críticas à ação policial, infelizmente, partem de quem deveria exigir o respeito às leis. O garimpo não pode ser uma atividade marginal e existem regras a serem cumpridas. Não aquelas regras criadas de formas inconstitucionais e derrubadas nas cortes superiores quando analisaram a tentativa estadual de liberar o garimpo de forma desordenada no Rio Madeira.
MEIO AMBIENTE
Há uma visão torta das nossas autoridades estaduais sobre a questão ambiental e, assim, fazem vistas grossas aos crimes ambientais contra reservas biológicas, indígenas, ecológicas, da fauna e extrativistas, áreas de proteção ambiental, entre outras. A leniência ao combate a tais crimes decorre também de uma cumplicidade política, visto que não raro são perpetrados também por agentes públicos.
BAIXARIAS
No segundo turno das eleições nacionais e estaduais o que está sendo mais destacado são as baixarias nas redes sociais e no WhatsApp, uma vez que as propostas para as áreas de saúde, educação, segurança, emprego, estradas, entre outras, ficam em segundo plano. A polarização nacional não tem afetado a estadual porque os dois candidatos ao governo são da base bolsonarista. O que não tem impedido as peças “publicitárias” com ataques mútuos.
DNA
A briga judicial travada entre os advogados de Marcos Rogério e Marcos Rocha pelo DNA de Bolsonaro tem sido o principal destaque do segundo turno porque os dois candidatos estão mais preocupados em mostrar ao eleitor este DNA do que apresentar a melhor proposta para governar Rondônia. Razão pela qual Rogério tem impedido judicialmente Rocha de usar nas peças de campanha a imagem de Jair Bolsonaro.
SUBSERVIENTE
Justiça seja dita, o coronel sempre devotou continência ao capitão em tudo e toda ideologia do presidente, especialmente na pandemia quando ele próprio (Rocha) chegou a ir às ruas para distribuir o kit covid: que consistia em cloroquina, ivermectina e azitromicina. Remédios que a comunidade científica afirma serem inúteis para o combate deste vírus, mas que Bolsonaro insiste até hoje em dizer o contrário. Impedir Marcos Rocha de servir a Bolsonaro é negar seu DNA. Ele chega a acreditar também que a terra é plana. Basta o presidente ordenar.
VEXAME
O novo senador não empossado Jaime Bagattoli ameaçou acionar a justiça contra o instituto de pesquisa Ipec por errar nos seus números divulgados três dias antes das eleições, colocando-o na quarta colocação para o Senado Federal. Jaime quer uma indenização por supostos danos nas eleições mesmo sendo o senador eleito. O suposto pedido do senador tem tudo para ser rejeitado por não haver no caso dano a ser reparado. O eleitor de Rondônia, pelo começo da carreira do senador, é que pode ter sido ludibriado. Vai ser o primeiro vexame.
FOTO
Pesquisa em Rondônia, nem alhures, tem resultado igual três dias antes de um pleito. Cada dia pesquisado é diferente do dia anterior. Não há aí nada de anormal a ser reparado, embora a diferença entre o percentual divulgado do candidato do PL e o apurado tenha sido totalmente diverso, para além das margens de erro. A pesquisa capta a realidade instantânea de quando os dados são colhidos e podem mudar no dia em que são divulgados. Nada de anormal, portanto, a disparidade entre o que foi divulgado e o resultado três dias depois com os votos apurados, mesmo existindo por aí pesquisas com indícios de fraudes.
VIOLÊNCIA
Ainda que movido pela realidade eleitoral a reação firme do governo contra as facções criminosas merece aplausos. A população quer ver um governo atuante e que possa dar uma segurança à população. As ações policiais dos últimos dias revelam que quando o estado age com firmeza a marginália sai perdendo. Quando se omite, o caos impera. As críticas da última coluna dão espaço nesta para os elogios. Já que a única ação eficiente que vinha sendo feita na área da segurança era a blitz contra quem dirige sob efeito álcool.
DEBATE
Os candidatos ao governo Marcos Rogério e Marcos Rocha terão encontro marcado nos dois principais debates televisionados em Porto Velho - SIC TV e TV Rondônia. No primeiro, dia 21, os dois vão debater na SIC TV. E ambos garantiram presença, apesar de que Rocha tem optado em não participar de todos. Não é segredo que o senador é muito mais eloquente do que o governador e no debate cara a cara esta capacidade pode fazer a diferença.
PREVISÃO
Um modelo matemática de autoria dos cientistas políticos da FGV, George Avelino e Guilherme Russo, que faz a previsão das probabilidades de vitória de presidente e governador indica que Lula tem 77% chances de vencer Bolsonaro e, em Rondônia, Rocha tem 66% de ganhar de Rogério. Os partidários de Bolsonaro e Rogério vão alegar que os institutos não acertam uma em Rondônia, mas serve para animar as torcidas uma vez que eleição e mineração o resultado é conhecido após a apuração. A quem interessar a Folha de São Paulo de hoje (sexta-feira) publica todo estudo.
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