Terça-feira, 7 de janeiro de 2025 - 15h01
REFORMA
A reforma
administrativa feita pelo prefeito eleito, Léo Moraes, reflete a forma pela
qual pretende administrar a capital pelos próximos quatro anos, de forma ágil,
austera e enxuta. Cada prefeito eleito escolhe a estrutura administrativa ideal
para colocar em prática as propostas que o eleitor aprovou nas urnas.
LOROTA
É uma bobagem a
reação dos setores da direita e da esquerda contra a estrutura burocrática que
o prefeito optou. O que interessa em última análise são as políticas públicas
que vão ser implementadas. Estas sim devem ser avaliadas quando colocadas em
prática. Não importa o meio, se dentro da legalidade, mas é fundamental que o
resultado seja aquele que atenda à maioria da população. A crítica contra a
reforma é lorota de quem não tem o que fazer.
CONTRADIÇÃO
Não há nenhuma
incompatibilidade em reunir na mesma estrutura a pasta ambiental e a agrícola.
Contradição é quem enxerga ambas de forma divergente. Não há antagonismo porque
é justificável compatibilizar o desenvolvimento agrícola com o equilíbrio
ambiental. Aliás, as políticas das duas pastas devem e têm que estar em
compatibilidade uma com a outra para que nossa produção não sofra restrições
internacionais em sua comercialização e, além disso, possa garantir a
preservação das riquezas naturais. Quem percebe aí antagonismo é no mínimo
contraditório. Para não taxar de burro.
ATIVO
Desde a posse, Léo
Moraes tem imprimido uma gestão com presença ativa nas secretarias com mais
gargalos a serem resolvidos, a exemplo da saúde e alagações. A energia com que
o prefeito tem agido nesses primeiros dias de governo denota a preocupação em
fazer uma gestão longe do gabinete e mais perto do cidadão.
DIFERENÇAS
É um desafio hercúleo
para Leo atuar politicamente e ativamente dessa forma por quatro anos, principalmente
ao suceder um antecessor que manipulou as mídias de forma competente e que
catapultou uma administração cosmética a boa aprovação. Mas se depender da sua
disposição os problemas de fundo serão enfrentados com coragem e determinação,
mesmo que neste início não apareçam tanto quanto asfalto. As diferenças entre o
prefeito que saiu e o que entrou não estão apenas na forma, mas também no
entendimento dos resultados. Embora ambos sejam parecidos no manejo das mídias
sociais.
EVIDÊNCIAS
Quem começa o ano
novo com força política anabolizada pelas eleições municipais é o atual
presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Cruz. Elegeu quatro vereadores em
Porto Velho e repetiu o mesmo desempenho em vários municípios. Marcelo Cruz é
aquele político que muitos setores torciam o nariz e esperavam que se
esborrachasse na condução da Assembleia Legislativa, mas conclui o mandato
presidencial com muitos elogios dos pares e vários feitos legislativos a
comemorar, entre eles, ao barrar o aumento da alíquota dos impostos que o
governador tentou impor por meio de lei. As evidências indicam que Cruz pode
almejar voos mais altos.
PERFIL
Marcelo Cruz não é um
santo em política, também não é aquele belzebu que falavam por aí. Na condução
da Assembleia Legislativa se revelou um operoso administrador e nos dois anos
na presidência não jogou a instituição no lodaçal que anos atrás frequentava.
Tem um perfil de conciliação que caracterizou como a principal marca de sua
gestão no Poder Legislativo Estadual. Além da austeridade.
PRTB
Em contato com a
coluna, Marcelo Cruz informou que vai preparar o partido (PRTB) para disputar o
Governo de Rondônia, Senado, Deputado Federal e Estadual. Para tanto, mantém
contatos com várias lideranças municipalistas visando as filiações. O prefeito
Fúria, do PSD Cacoal, é uma das lideranças contatadas para ingressar na legenda
e ser o candidato a governador. O próprio Cruz não descarta a disputa
senatorial, embora outros prefeitos e ex-prefeitos estão sendo convidados, a
exemplo de Hildon Chaves.
REPUBLICANOS
Depois de anos
presidindo o MDB o deputado federal Lúcio Mosquini deverá se desfilar do
partido para ingressar no Republicanos, após conversa reservada com Marcos
Pereira que dirige nacionalmente a legenda. Não será surpresa que o Republicanos
seja a legenda que mais cresça nos próximos meses. O ex-senador Valdir Raupp é
mais uma personalidade convidada para ingressar.
VIVO
Quem contava com o
fim eleitoral do senador Confúcio Moura (MDB) nas eleições de 2026 pode tirar o
cavalinho da chuva. O senador está vivíssimo e tem se movimentado nos
bastidores como uma alternativa ao governo estadual. Há aqueles engajados no
extremismo que apostam todas as fichas no eventual naufrágio do emedebista.
Como é um político com maior expertise eleitoral em atividade no estado,
apostar contra quem conhece as curvas dos rios e as urnas é navegar contra a
correnteza e um risco enorme de perder as fichas. Olho vivo, Moura quer suceder
a Marcos Rocha.
DESGASTE
Com os problemas
judiciais alcançando os colaboradores mais próximos e de intimidade familiar,
Marcos Rocha começa 2025 com a pior avaliação dos cinco anos de governo. O
desgaste governamental é evidente e tende a aumentar caso novas operações
policiais ocorram contra o governo, mas o problema maior para uma eventual
candidatura ao Senado está por vir, caso ele não assuma uma direção partidária
para ancorar seu pleito. Quem não é “dono” de um partido, não é dono do próprio
destino eleitoral.
RODOVIÁRIA
No final do ano virou
uma guerra de liminares a inauguração da rodoviária de Porto Velho, obra mais
vistosa da administração passada. Esta coluna teve acesso aos relatórios
preliminares e das terceirizações, como é muita informação para ser
interpretada, o tema ficará para a próxima coluna.
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