Terça-feira, 29 de novembro de 2022 - 17h00
AMEAÇAS
O
arcebispo da diocese de Porto Velho, Dom Roque Paloschi, está sendo ameaçado
por defender os direitos indígenas e denunciar o avanço da degradação
ambiental, segundo matéria do site Uol. Dom Roque é presidente do Cimi
(Conselho indigenista missionário) e é uma voz altiva contra a violência às
comunidades originárias e dos biomas amazônicos. Desde que assumiu a
arquidiocese da capital rondoniense, em setembro passado, acompanhado de
lideranças dos povos Karipuna, esteve em várias embaixadas de países na capital
federal quando denunciou invasões nos territórios indígenas em Rondônia por
madeireiros e garimpeiros. As denúncias feitas lhe renderam ameaças, inclusive
durante celebrações nas suas missas.
SOBREVIVÊNCIA
Eles
(índios) têm o direito de usufruir dos seus territórios que, segundo Dom Roque,
estão sendo dizimados pela exploração ilegal inclusive em terras já demarcadas.
“Cada vez mais essa violência vai sendo retroalimentada pela ganância da
economia da morte”, de acordo com as declarações dadas ao site. Rondônia é um
estado que tem registrado aumento desenfreado na depredação ambiental e, na
medida que a cultura da soja avança, as matas são as principais vítimas,
principalmente em reservas e unidades de conservação. Para sua sobrevivência as
etnias dos povos originários rondonienses contam com o apoio de
ambientalistas e religiosos, visto que os órgãos estaduais de proteção fazem
vista grossa aos invasores.
ANTECEDENTES
Rondônia
possui em sua história antecedentes de violência contra religiosos quando
ceifaram na década de oitenta a vida do padre Ezequiel Ramin, em Cacoal.
Portanto, é preciso denunciar com veemência as ameaças sofridas por Dom Roque
para inibir que um novo religioso tombe em solo rondoniense em razão do
trabalho missionário. Trabalho esse que exige denunciar criminosos violentos
com as comunidades originárias e meio ambiente.
VIOLÊNCIA
A
guerra entre facções na capital tem preocupado a população com as festas de
final de ano. Alguns territórios de Porto Velho são disputados por esses grupos
criminosos de forma fratricida causando pânico na população que reside nas
fronteiras dos bairros conflagrados sem que os órgãos de segurança consigam
combater com eficiência essa guerra. Embora o governo tivesse trocado o
secretário de segurança dias antes das eleições, não há por parte da pasta uma
ação estratégica de combate às facções que tranquilize a população. Os números
da violência só aumentam. Salve-se quem puder.
CARBONO
O
Brasil estuda estabelecer requisitos internacionais para a certificação do
hidrogênio, considerado a fonte futura de combustível. Uma comissão foi criada
para definir quais os critérios serão adotados para que o insumo possa ser
reconhecido de baixo carbono, uma vez que é a fonte de energia limpa que o
mundo sinaliza em migrar para evitar os impactos climáticos com as atuais
fontes usadas em carros, empresas, aviões, entre outros. Fontes essas que
aumentam a temperatura do planeta por serem poluentes.
AMAZÔNIA
O
país já possui um vasto programa de produção de energia renovável e Rondônia,
com seu manancial ambiental, pode vir a se tornar um produtor de energia verde
a partir do hidrogênio. É um nicho a ser explorado com a possibilidade de boa
rentabilidade porque até 2050 o país se comprometeu na redução das emissões de
gases de efeito estufa. A exploração de energia de baixo carbono é considerada
um bom negócio para a região.
DESCARBONIZAÇÃO
O
hidrogênio ajuda na descarbonização de setores em que a redução de emissão de
gases de efeito estufa são mais intensos. Também é visto como a fonte
energética que vai minimizar os impactos no ecossistema, uma vez que as
energias fósseis são extremamente poluentes ao meio ambiente. Já existem
estudos em andamento para exploração em larga escala visto que é encontrado com
abundância na natureza. Ainda é uma fonte cara que necessita de altos
investimentos em tecnologia para que seja transportado.
DESAFIOS
É
preciso vencer os desafios para que a nova matriz seja explorada, mas o
hidrogênio será a fonte a ser incorporada na matriz como a mais limpa ao lado
da água, eólica e solar. Para o investidor rondoniense é uma alternativa
energética que está em sintonia com a sustentabilidade e vai ser a principal
discussão nos próximos quatro anos nos estados que compõem a Amazônia legal, a
exemplo de Rondônia.
BARULHO
Nos
meios políticos surgem versões de que nos próximos dias teremos algum barulho
nos primeiros raios de sol da aurora. A coluna tentou em vão descobrir para
antecipar onde esses raios vão dar luz nos meios políticos que andam à sombra
da legalidade, embora os sons nas ruas sejam fáceis de ouvir.
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