Terça-feira, 14 de janeiro de 2025 - 15h01
EMENDAS
O ano começa com as
atenções voltadas ao Supremo Tribunal Federal que deverá pautar temas polêmicos
neste semestre e que vão refletir no Congresso Nacional, particularmente sobre
as emendas parlamentares com destinações sem a devida transparência e que vêm
sendo esquadrinhadas pelo ministro Flávio Dino. A determinação dele é que sejam
publicadas normas e orientações sobre as prestações de contas em trinta dias,
especialmente direcionadas ao terceiro setor.
TRANSPARÊNCIA
Há uma reação
desproporcional de setores do parlamento às decisões do ministro Dino, do STF,
em exigir que todas as emendas atendam ao princípio da transparência. É uma
questão que tem acendido a luz amarela no Congresso Nacional uma vez que os
órgãos de controle têm detectado o uso indevido de alguns recursos oriundos das
emendas, refletindo na atuação parlamentar. Aliás, desde que o Congresso criou
as emendas “secretas” que os problemas nas suas execuções se multiplicaram.
PLATAFORMAS
Outra pauta que deve
suscitar debates calorosos na Suprema Corte é sobre a possibilidade de
responsabilização das big techs por conteúdos de terceiros. O caso até o
momento tem três votos admitindo, de formas distintas, a possibilidade de
responsabilização das plataformas. Com a ascensão política de Elon Musk no
governo americano, o acirramento contra o STF tende a aumentar, visto que nossa
corte não tem recuado em razão dos ataques do magnata da internet.
REFÉM
A reação do crime
organizado na capital às ações policiais no âmbito do Orgulho do Madeira, após
a execução de um policial militar, significa a falência da Segurança Pública
estadual pela incapacidade de combater essas organizações com ações de
inteligência. Rondônia cada vez mais está ficando refém da criminalidade pela
incapacidade de fazer um bom combate utilizando os recursos tecnológicos e
humanos de forma mais eficiente. Um estado governado por coronéis que
teoricamente deveria ser exemplo de segurança em nível nacional.
DEPREDAÇÃO
Ao repetir a mesma
tática utilizadas no Rio de Janeiro em Rondônia, tocando fogo nos ônibus que
servem à população mais humilde, a criminalidade impõe o caos na cidade na
tentativa de intimidar as autoridades públicas. É preciso uma resposta dura
(mas dentro da lei) para que o crime organizado não avance sobre as
instituições e finque raízes mais fortes na sociedade. O Rio de Janeiro hoje é
uma cidade sitiada, Porto Velho não pode virar refém.
LOROTA
Embora esteja
inelegível e com novas pendências judiciais que devem também mantê-lo fora da
disputa de cargos públicos, há uma insistência de setores em colocar o
ex-governador na cena política como se em 2026, ano eleitoral, esteja apto para
concorrer. Não passa de lorota a recuperação da elegibilidade de Cassol em 2026
em razão do vasto passivo que aguarda pauta de julgamento.
TRE
Gera uma enorme
expectativa nos meios políticos a investigação judicial eleitoral que aguarda
pauta no Tribunal Regional Eleitoral sobre supostas fraudes de partidos
referentes às vagas de gênero. Dependendo da votação, poderá haver mudança
substancial na composição das Câmaras Municipais, especialmente na capital.
Como é uma justiça especializada e com procedimentos mais rápidos, a demora na
análise e julgamento cria uma expectativa. Além de muita especulação.
TRAGÉDIA
Pais de alunos da
escola estadual Murilo Braga, em Porto Velho, estão muito apreensivos com as
condições em que se encontram. A escola apresentou uma grande rachadura em sua
estrutura do piso superior e apesar do período das férias, a Seduc não tomou
nenhuma providência para corrigir o problema. Segundo o que os pais divulgaram
em rede social, a escola corre o risco de ruir e provocar um grave acidente,
inclusive com fatalidades. Seria oportuno, antes do início do ano letivo, uma
visita técnica à escola pelo Crea, Conselho Estadual de Educação, e, se for o
caso, do próprio Ministério Público. O que é inadmissível acontecer é deixar
crianças à exposição de uma tragédia anunciada. Com a palavra a Seduc.
RETORNO
Há um movimento
político nos bastidores com o intuito de levar de volta à titularidade da
Secretaria de Estado da Educação a Saumy Vivecananda Lacerda. O ex-secretário
deixou o cargo em 2022 para se aventurar numa candidatura a deputado estadual
fracassada e não retornou às funções após a reeleição de Marcos Rocha. Mas
deixou uma boa relação com parlamentares e prefeitos que professam posições
ideológicas mais à direita, a mesma que o ex-secretário faz questão de
registrar em suas mídias sociais.
PIX
O governo federal
mexeu num vespeiro ao decidir monitorar as movimentações do PIX acima de cinco
mil reais para pessoas físicas e quinze nas jurídicas. É verdade quando o
governo diz que não há taxação direta nas transações feitas entre as contas,
mas escamoteia ao dizer que o objetivo em última análise é repassar dados à
Receita Federal para que ela cobre o imposto sobre estes recursos transitados
nas contas. É correto combater a sonegação, mas o governo, com a decisão sobre
o Pix, vai atingir os mais pobres que vivem da informalidade, ou ao menos terá
todas as condições para isso. Infelizmente só o andar de baixo paga imposto,
uma vez que a taxação sobre as grandes fortunas não avança.
DÍVIDAS
Léo Moraes herdou um
município com 717 milhões em dívidas, sendo que deste montante, 270 foram
contraídas pela administração passada. Embora conste no caixa 270 milhões
decorrentes de recursos vinculados a empréstimos, a atual gestão terá que
melhorar a receita própria para quitar dívidas contraídas anteriormente em
obras que já foram executadas.
ORÇAMENTO
Portanto, bem
diferente do que se falou por aí, o cofre da capital precisará de uma política
de contenção de gastos perdulários e racionalização dos recursos existentes. Os
débitos herdados são enormes e exigirão muita capacidade para melhorar. A
capacidade própria é baixíssima e para investimentos a salvação são os recursos
vinculados, transferências de recursos constitucionais da União do Estado,
emendas e congêneres. Porto Velho somente arrecada vinte e cinco por cento da
receita total para cobrir todos os gastos. O orçamento de 2024 foi de
2.640.866.379,00 e, para 2025, 2.860.197.934,00. Significa dizer que vai ser um
ano de muita dificuldade orçamentária na gestão, mas também de muito trabalho para
manter um equilíbrio nas finanças e investimentos. Nada desesperador, mas a
tulha da prefeitura da capital não está cheia como propagaram.
EQUIPE
Quem passou a
integrar a equipe de comunicação da prefeitura da capital é o experiente
jornalista Valbran Junior. É um reforço de quem conhece o setor e que transita
no meio anos seguidos. Junior comandou o setor no início da administração
passada e saiu por razões políticas. Durante a campanha municipal se
engajou voluntariamente na campanha Leo Moraes atendendo um pedido deste cabeça
chata. Um reforço bem utilizado que pode ajudar na comunicação do
prefeito.
Não há nenhuma incompatibilidade em reunir na mesma estrutura a pasta ambiental e a agrícola
REFORMAA reforma administrativa feita pelo prefeito eleito, Léo Moraes, reflete a forma pela qual pretende administrar a capital pelos próximos quat
Léo Moraes vai enxugar a máquina administrativa de Porto Velho
REFORMAO prefeito eleitor, Léo Moraes, vai enxugar a máquina administrativa da capital fundindo secretarias afins para economizar recursos públicos
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DEMISSÃOA exoneração do Secretário de Juventude, Esporte e Lazer, Júnior Lopes, não alterou a situação de custodiado. Desde a prisão ele foi levado
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EQUIPEO prefeito eleito Léo Moraes ainda não fechou os nomes da equipe de secretários que vão ajudá-lo na administração de Porto Velho. Uma fonte ju