Domingo, 10 de março de 2024 - 08h25
Desde tenra idade, crianças são formatadas pela cultura na qual nascem, doutrinadas sobre a existência de um Deus poderoso, bondoso, justo, implacável e mitológico, a quem passam dever cega obediência, sem serem ensinadas a refletir, a questionar, e desenvolver conceituação própria para o pleno exercício do livre arbítrio. Adquirem então o hábito de clamar em insistentes preces, colocando em dúvida a onisciência do inexistente Todo-Poderoso.
Enquanto os perversos, egoístas e criminosos exploram e matam milhares impunemente, se propalando escolhidos de Deus, crédulos e ingênuos olham para o firmamento à espera de milagres e salvação, ante a inércia dessa imaginária figura, injusta, cruel, insensível, mesquinha, cega, muda e surda. Poderosa apenas no âmbito das crendices absurdas, mesmo na idade adulta, as mentes aprisionadas na ignorância e no medo, privadas da razão e do discernimento, não conseguem distinguir entre realidade e utopia, verdades e mentiras, realismo e surrealismo.
Sem a figura hipotética chamada de Deus, a convivência no mundo seria mais pacífica. A história registra que desde as cruzadas em 1095, muitas guerras foram travadas em nome da fé, mas que por outras motivações e causas, como, por exemplo, ambição por poder, ideologia, dinheiro, território e identidade, protagonizando a instigação da violência, intolerância e do conflito responsável pelo massacre de milhares de inocentes no planeta, numa indignação emocional e moral vergonhosa, na qual seus promotores, geralmente idosos psicopatas, esclerosados e covardes, mobilizam, desde o conforto de seus gabinetes, milhares de jovens para a morte por acreditarem inocentemente na nobreza de narrativas mentirosas e propósitos espúrios. São privados da vida em rios de sangue e sofrimento quem que um mísero anjo dos milhares que acreditaram existir, apareça para aliviar a dor e a agonia.
Assim seguirá seu curso o infindável ciclo de inconsciência e angustiante letargia, passado de uma geração a outra, dificultando a ascensão da consciência humana.
Até quando existiremos nessa
realidade de confusão mental ridícula,
insana e patológica,
na qual o homem continuará prisioneiro do medo gerado pelas próprias ilações fantasmagóricas,
acreditando em mentiras, ensinadas como verdades, causadoras de mal irreparável à saúde mental e ao
desenvolvimento intelectual?
Quanto tempo mais as Sociedades avançadas precisaram esperar para suprimir legalmente o ranço
religioso de
culturas arcaicas e surrealistas?
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