Sexta-feira, 26 de março de 2021 - 12h14
23/05/2020: Nélio da Costa Nunes, chefe do serviço de investigação e capturas do 1º DP de Porto Velho.
07/06/2020: Dionísio Ferreira Lopes, auxiliar de necropsia,
na DP de Guajará-Mirim.
23/09/2020: Lucinéia Pereira da Silva, policial civil na DP
de Alvorada do Oeste.
14/01/2021: José Rodrigue Sicsu, policial civil do
Ex-Território Federal de Rondônia.
24/01/2021: Hélio Pereira dos Santos, policial civil, na DP
da Polícia de Ji-Paraná.
21/02/2021: Ruth Viana Lima, policial civil, na DP de
Ji-Paraná.
13/03/2021: Silvania Maria Bezerra Rodrigues, perita papilocopista, Porto Velho.
Estou nomeando apenas alguns das dezenas de agentes da polícia civil de Rondônia (os APCs), que faleceram em decorrência da Covid-19, contaminados durante o exercício da profissão.
Em maio do ano passado, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública elaborou o relatório: A Pandemia de Covid-19 e os Policiais Brasileiros. Confiram essa fonte: https://forumseguranca.org.br/wp-content/uploads/2018/05/policias-covid-19-v3.pdf
O objetivo da pesquisa que envolveu 1.540 policiais brasileiros foi de compreender qual a percepção destes profissionais sobre os impactos da crise em seu trabalho, bem-estar e modo de agir cotidianamente.
APC e filantropo
“O Nélio era uma pessoa alegre e muito bom com outras pessoas, independente de ser cidadão comum ou meliante”, compartilhou o APC Nilton, amigo e colega de trabalho de Nélio da Costa Nunes, primeiro policial civil do Estado a morrer em consequência da Covid-19.
Casado pai de três filhos, sendo duas mulheres e um homem, que morreu em um acidente de trânsito, Nélio tinha no netinho Artur de dois anos a alegria de sua vida! O APC Nélio era conhecido por sua generosidade ilimitada. Dificilmente você o encontraria com dinheiro na carteira, sempre estava auxiliando alguém. E não estamos falando apenas de colegas de profissão. Servidor referência no 1º DP de Porto Velho, até membros da população eram beneficiados.
“Teve uma vez que estávamos indo lanchar e dois funcionários de uma empresa terceirizada da usina Santo Antônio nos pediu um auxílio porque eram recém-chegados a cidade e estavam em situação precária. O Nélio não pensou duas vezes, os levou para fazer compra em um supermercado. A conta chegou a dois mil reais. Eles ficaram de pagar quando recebessem. Um ano depois, o gerente dessa empresa o procura no DP e diz que foi para devolver o dinheiro. Nélio ficou foi assustado, nem lembrava que tinha feito esse empréstimo”, relembrou Nilton sorrindo!
E é com sorriso que Nélio será sempre lembrado, nos mais de 17 anos que esteve na chefia de investigação.
Coronafestas x mortes
Desde março do ano passado, quando o governador Marcos Rocha (sem partido) aprovou o decreto de calamidade pública, que proibiu eventos públicos ou privados com mais de cinco pessoas em todo o Estado, os servidores da segurança pública da tríade: polícia Militar, Civil e Corpo de Bombeiros foram obrigados a acrescentar uma atividade a mais nas que já desenvolviam rotineiramente: a fiscalização em estabelecimentos comerciais no período noturno: bares, restaurantes e casas de shows.
Vale lembrar que em abril de 2020, uma festa clandestina realizada em uma residência de classe média alta da capital foi responsável pelo contágio de 15 pessoas. Foi comprovado que um dos participantes havia testado positivo para a Covid-19 e não cumpriu o isolamento indicado.
Familiares dos policiais vítimas do coronavírus são unânimes em afirmar, as operações de fiscalização noturnas realizadas com representantes da segurança pública, da saúde e vigilância epidemiológica facilitaram a propagação do vírus.
“Eu só gostaria que cada cidadão fosse mais consciente, evitando realizar festas e aglomerações. Nós assistimos apavorados nossos maridos, filhos, esposas se expondo diariamente sem necessidade a essa nova variante mortal do coronavírus. É uma questão de respeito à vida do seu semelhante. Antes de serem servidores públicos, os policiais são pessoas comuns como todos os outros”, desabafou a esposa de uma das vítimas do Covid-19.
“Aos nossos heróis do presente
Do passado com suas histórias
Engrandecem a nossa gente
Exalta-nos com suas glórias”
(Trecho do Hino da Polícia Civil do Estado de Rondônia)
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