Quinta-feira, 4 de março de 2021 - 10h36
Na varanda da casa modesta de um sítio, localizado nas
proximidades da usina hidrelétrica Santo Antônio, Iracy Oliveira dos Santos, de
73 anos, parece apenas mais uma aposentada que desfruta do merecido descanso de
uma vida inteira de trabalho, de dedicação familiar e religiosa - se
autodenomina uma serva de Deus. A amazonense de nascença, rondoniana de
vivência, tem sete filhos, 13 netos, seis bisnetos e uma história que se
mistura com a de Rondônia.
Iracy é a primeira fotógrafa oficial do governo estadual e
também uma das primeiras repórter-fotográficas da região, função daquele que
registra através de fotos e assuntos de interesse jornalísticos. A mulher de
fala suave, de sorriso tímido perde lugar para a fotógrafa Iracy quando recorda
dos anos de serviço público, que teve a oportunidade de acompanhar 11
governadores.
Da
portaria para fotografia
Conhecida como dona Iracy - a fotógrafa do governo trabalhava
em um hotel quando surgiu a oportunidade de ingressar no serviço público. Iniciou
na portaria do Palácio Getúlio Vargas, recepcionando servidores, autoridades,
visitantes ilustres e desconhecidos. Até que um dia que seria apenas como outro
qualquer de expediente transformaria sua vida. Coisas do destino, diria a
maioria, para ela, Deus direcionando seu futuro.
Na mesa da recepção viu um folheto de um curso por
correspondência em fotografia. Sempre tinha gostado de foto e resolveu se inscrever.
Fez o curso, enviou os exercícios por correspondência e viu chegar à residência
o “diploma”. Com a qualificação atestada teve coragem de pedir ao governador da
época a transferência para o laboratório de fotografia, localizado no subsolo
do prédio. Já tinha câmera e fazia algumas fotos, mas não sabia como revelar o
filme. Aprendeu rápido com auxílio dos colegas e a prática.
Gratidão
A jornada de esposa e profissional exigiu sacrifícios.
Estava sempre ausente nos finais de semana, porque era escalada para acompanhar
a comitiva do governador nas viagens ao interior. Não lamenta o período, ao
contrário recorda com gratidão! O ofício gratificante proporcionou a
estabilidade financeira que lhe permitiu manter a família com dignidade recentemente
realizar um sonho antigo: a compra de um pedaço de terra espaço para cuidar das
plantas que se tornaram seu novo hobby.
Isso não significa que ela esqueceu a fotografia. Suas
máquinas estão cuidadosamente guardadas e quando fica nostálgica pega uma delas
e vai ao centro de Porto Velho ou a alguns bairros. Nesses instantes esquece
tudo e todos ao seu redor e vai registrando com o olhar profissional prédios,
pessoas, ruas e a natureza. Quando passa a saudade retorna para casa, ao
aconchego familiar, aos trabalhos sociais da Segunda Igreja Batista e ao seu
pedaço amado de terra!
As mulheres que são como dona Iracy, a equipe do Gente de
Opinião deseja Feliz Dia Internacional da Mulher com esperança de dias melhores
para todos nós, no pós-pandemia!
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