Sexta-feira, 14 de abril de 2023 - 09h22
No dia 20 de abril de
1999, dois estudantes do terceiro ano, da Columbine High School, de 17 e 18
anos, entraram na biblioteca da instituição, às 11h29 e protagonizaram um dos
maiores terrores vividos por uma comunidade. Eles torturavam psicologicamente
outros estudantes que estavam no local, os prenderam e atiraram em todos,
transmitindo a cena ao vivo. Apenas um dos estudantes que estava na biblioteca
foi liberado pelos criminosos e sobreviveu ao ataque. Em seguida, os dois atiradores
retornaram para a cafeteria da escola, onde beberam água, descansaram e
conversaram tranquilamente antes de voltar à biblioteca e matar 10 colegas, um
professor e ferir mais 23 pessoas. Cercados pela polícia, os assassinos se
suicidaram...
Perto de fazer 24
anos (no próximo dia 20/04) esse que foi o primeiro massacre em escolas do
mundo deixou um legado doentio entre centenas de jovens, alguns diagnosticados
com transtornos mentais, outros não, que em comum consideram esse ato vil um exemplo
a ser seguido e até superado!
Pais, filhos,
estudantes, professores de diversas nacionalidades estão assistindo perplexos
casos quase diários de atentados em escolas e agora também em creches. Todos temerosos
porque circula livremente nas redes sociais e aplicativos de mensagens, avisos
de que estão organizando um grande “evento comemorativo” do massacre de
Columbine!
Verdade ou mentira?! Fake News, ou mais uma tentativa de instalar o caos
entre a sociedade?! Fato, nos Estados Unidos ocorreram somente no primeiro
trimestre de 2023, assustadores 131 tiroteios em massa. De janeiro a março, 195 pessoas morreram nos
ataques americanos e outras 503 ficaram feridas. A maioria dos ataques em
escolas com sistemas de seguranças instalados, segurança armada e profissional
da educação treinada para proteger crianças, adolescentes e a própria vida...
E aqui no Brasil...
Por aqui, infelizmente, desde
27 de março deste ano quando um adolescente de 13 anos invadiu uma escola no
estado de São Paulo, matou uma professora e feriu cinco outras pessoas, fazendo
referência a um dos autores do massacre de Suzano (SP), em 2019, que usava uma
máscara com desenho de caveira, os ataques só têm aumentado.
Na cidade de Suzano, sete
pessoas, sendo cinco alunos e duas funcionárias da Escola Estadual Raul Brasil
foram vítimas de um adulto de 25 anos e um adolescente de 17 anos, ambos os
ex-alunos da instituição. A dita inspiração para o ataque covarde havia sido o
massacre de Columbine, idolatrado como meta por centenas adolescentes, jovens
adultos e cada vez mais crianças!
Os motivos injustificáveis
pela razão vão desde bullying – a
prática sistemática e repetitiva de atos de violência física e psicológica,
tais como intimidação, humilhação, xingamentos e agressão física, de uma pessoa
ou grupo contra um indivíduo.
Transtornos mentais, o uso
de medicação, ausência de estrutura familiar, falta ou excesso de amor paterno,
acobertamento de atos amorais físicos emocionais por responsáveis, uso
excessivo de jogos de videogames com violência explícita e principalmente uso
de armas... Infinitos motivos são apontados, no entanto, nenhum deles consegue convencer
especialistas do tema e a sociedade organizada.
Não julgueis para não seres julgados
Todas as vezes que essas
tragédias ocorrem famílias, vizinhos, colegas de trabalho apontam o dedo para os
outros dizendo que a ausência da educação antiga, que a falta de controle dos
pais no uso de aparelho celular e o contato cada vez mais cedo das crianças com
o mundo virtual é a causa! Todos esquecendo que quando apontamos o dedo
indicador para alguém temos mais quatro dedos voltados para nós mesmos!
Então, a culpa é dos diversos
segmentos da sociedade, principalmente à que deveria ser responsável pela
educação em sala de aula desses jovens, afinal pagamos impostos para isso! E as instituições em sua sábia defesa dizem
que a culpa é dos pais que a cada ano enviam crianças sem educação alguma para
escola, que são proibidos pelos pais de cobrar comportamentos sociais adequados
dos alunos e muitas vezes quando são agredidos fisicamente por eles, os pais
são coniventes com as atitudes dos filhos...
As autoridades constituídas sabem bem fazer o
jogo da culpabilidade: não é o Município que trata disso é o Estado, que passa
essa bola para União. O governo federal rapidamente em situações como essa irá
pegar a bola da vez e liberar fundos emergenciais – muitas vezes sem licitação
alguma para criação de programas que evitem novos atentados às escolas.
Apenas dois dias após, o
ataque a uma creche em Blumenau (SC), (05/abril) que deixou quatro crianças
mortas, o governo federal anunciou a liberação de R$ 150 milhões, através do
Ministério da Justiça para serem investidos nos órgãos de Segurança Pública dos
estados para atuar nas escolas públicas, com ações preventivas de
patrulhamento, além de monitoramento e investigação de possíveis crimes,
incluindo na internet.
Você pai, mãe ou responsável
legal por uma criança ou adolescente em idade escolar, matriculado na rede
pública de ensino ficou tranquilo com essa iniciativa?! Eu não!
Aparentemente, as
estratégias de evitar novos ataques nas escolas não incluem os colégios
particulares! Como se nunca tivesse ocorrido tragédia igual em nenhuma
instituição de ensino privado no Brasil! Infelizmente esses atos tão infames
quanto os ataques de terroristas acontecem, sim, nesses locais de privilegiados
economicamente. Em 2017, em Goiânia, o filho de 14 anos de dois policiais
militares usou a arma de trabalho da mãe em sala de aula de uma escola
particular matando dois colegas e ferindo outros quatro alunos! O motivo
apontado para isso foi à brincadeira de mau gosto dos colegas que o chamavam de
fedorento, por ele não usar perfume desodorante...
Não descartando a questão
social como causa desses ataques armados, os proprietários dos colégios pagam
impostos, iguais aos pais cujos filhos estudam nelas e essas ditas “patricinhas
e plaboys” também sofrem e praticam bullying, padecem doenças, sofrem também
violência física e verbal em casa, são induzidos a crimes e também autores de
atos de violência que repercutem e são comemorados na tal deepweb! Essa zona da internet que não pode ser detectada
facilmente pelos tradicionais motores de busca, garantindo a privacidade e anonimato para os seus navegantes. Formada
por um conjunto de sites, fóruns e comunidades que costumam debater temas de
caráter ilegal e imoral.
Tão terrível quando esse
espaço criado para o mal é ver em redes sociais oficiais os massacres que destroem
famílias inteiras serem reverenciados, no tal efeito contágio. Nos Estados
Unidos, aonde tudo começou, especialistas alertaram que a cada ataque em escola
divulgado com imagens e nomes dos autores, três a mais ocorreram em seguida.
Estamos vivenciando isso no Brasil. Essa semana perdi a conta de notícias sobre
ataques impedidos em escolas da capital, Porto Velho e em algum dos demais 51
municípios rondonienses. Idem em São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás, Santa
Catarina...
Não foi à toa que não mencionei em nenhum momento o nome dos autores desses assassinatos em creches, escolas e colégios. Jamais concordei com a divulgação de suas imagens, porque sempre foi óbvio que a intenção desesperada é chamar atenção da mídia, da sociedade dos próprios familiares para eles! Felizmente os veículos de comunicação brasileira assumiram o compromisso de não divulga-los também!
O maior medo dos pais de hoje
No ano passado assisti ao filme: Hora do Desespero, um suspense protagonizado pela atriz australiana, Naomi Watts que narra a aflição de uma mãe ao descobrir que a escola de seu filho é invadida por um grupo armado que toma os adolescentes como reféns. A cada vinte minutos você sofrerá com a incerteza do futuro do filho da protagonista que começa a duvidar se ele é uma das vítimas ou autor do ataque!
Cenas mostrando atitudes e comportamentos suspeitos, conversas que a mãe relembra que teve com o filho, enquanto luta para vencer dezenas de obstáculos para chegar à escola. Sem spolier direi apenas que o final é uma lição, um alerta, uma conversa mental que muitos de nós pais temos receio de ter com nossos filhos porque o resultado pode não ser o que esperamos!
Todos anseiam ser elogiados pela conduta e educação que conseguimos dar aos nossos herdeiros, levando indivíduos moralmente corretos que irão contribuir com o futuro do país, do mundo e não alguém que interrompeu a vida de um bebê inocente em uma creche, de um adolescente com sonhos para o futuro ou de um profissional com a carreira consolidada aguardando a sonhada e merecida aposentadoria...
Tenho fé que tenho feito minha parte, mas não consigo julgar esses pais dos autores dos atentados, que estão sofrendo juntamente com os pais das vítimas, que tiveram suas vidas encerradas porque uma criança, ou um adolescente acreditou que ao entrar em uma escola esfaqueando ou atirando aleatoriamente ou não, cumprindo um desafio surreal iria pertencer a um determinado grupo ou seita!
Quando eu tinha seis anos me agrediram com um soco na barriga em um colégio público em Goiânia, fui ameaçada e sofri inúmeros bullying em uma escola pública em Porto Velho, na primeira semana de aula, quando tinha nove anos, em nenhum momento apesar da raiva natural, pensei em revidar fisicamente. Eu não tinha exemplo ou influências alguma me direcionando para isso e não era da minha índole também! O que fiz foi me tornar diariamente a melhor versão de mim mesma – com incentivo de meus pais, e com o passar dos anos, estudando, trabalhando na profissão que eu escolhi ouvi de pessoas daqueles grupos frases como: “Você é uma inspiração! Quando a vejo na televisão ou leio uma matéria no jornal, mostro para minha filha e digo: ela estudou comigo! Sempre foi a melhor!”.
Vamos voltar a divulgar e mostrar bons exemplos diariamente para nossos filhos, não deixando espaço para que mentes ardilosas a ocupem! Eu acredito nisso, e você?!
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