Quarta-feira, 26 de junho de 2024 - 08h15
Mais de um milhão de crianças e jovens desaparecem todos os anos em todo
o mundo, e cerca de 10% deles nunca são encontrados, segundo a Organização das
Nações Unidas (ONU).
Duzentas mil pessoas desaparecem por ano no Brasil.
Dessas, 40 mil são crianças e adolescentes. De janeiro de 2020 a junho de 2021, foram registrados pelo Disque 100,
exatos 301 casos de tráfico de pessoas. Destes, 50,1% são crianças e
adolescentes e outros 24,9% mulheres. A divulgação dos dados faz parte das
ações do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) do
governo federal.
Esse crime,
ainda desacreditado por muitos, possui até uma data específica para não ser
esquecido: 30 de julho - Dia Mundial de Combate ao Tráfico de Pessoas.
“O tráfico de
pessoas ocorre quando há ameaça, engano ou abuso em uma situação de
vulnerabilidade da vítima, com a finalidade de exploração em trabalho análogo
ao de escravo, servidão, exploração sexual, adoção ilegal ou remoção de
órgãos”, explicou a secretária nacional de proteção global do MMFDH, Mariana
Neris, no ano passado.
Em todo o
mundo, de acordo com o último Relatório Global sobre Tráfico de Pessoas do
Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), mulheres e meninas
continuam sendo as principais vítimas do tráfico de pessoas (65%). A finalidade
de exploração sexual, que envolve principalmente vítimas femininas (92%),
representa 50% dos casos.
Nada de Barbie ou Oppenheimer
A Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou no
ano passado, que o tráfico de pessoas movimenta anualmente 32 mil milhões de
dólares em todo o mundo, sendo que 85% desse valor provêm da exploração
sexual. A ONU também estima que este crime faça 2,5 milhões de vítimas por
ano em todo o mundo, sendo que uma em cada três vítimas é uma criança.
A partir daqui compartilho minha indignação,
reprimida sobre muitos assuntos nos últimos meses para evitar conflitos
desnecessários! Em setembro de 2023, o filme independente “Sound of Liberdad”,
O som da Liberdade. Ele conseguiu disputar espaço com filmes produzidos para
concorrer ao Oscar e festivais do cinema mundiais: Oppenheimer, Barbie, Indiana
Jones e até a esperada Missão Impossível – Acerto de Contas.
Os produtores, diretores, atores e principalmente a
crítica especializada poderia adivinhar era que um filmes cristão rebaixado pela
Disney apareceria junto a longas do ano, no topo das bilheterias!
Escrito
e dirigido por Alejandro
Monteverde (de Little
Boy e Bella), Som da Liberdade conta
a história real de Tim
Ballard, um ex-agente especial do Departamento de Segurança
Interna do governo americano (também conhecido como Homeland, que ganhou até uma série. Tim
larga o posto para "fazer
justiça com as próprias mãos" e tentar acabar com o
tráfico sexual de pessoas, depois que não conseguiu resgatar por meios
oficiais, uma menina de 12 anos, cujo irmão – 10 anos, foi libertado em uma
operação. O casal de irmãos mexicanos é levado para Honduras para uma fictícia
sessão de fotos, organizada por uma ex-miss, uma das principais aliciadoras
retratada no filme...
O filme seria distribuído por uma pela subsidiária
latino-americana da 20th
Century Fox, mas quando o estúdio foi adquirido pela Disney, à casa do Mickey Mouse decidiu engavetar o projeto. O filme que
estava pronto em 2018 ficou cinco anos escondido até que um de seus
produtores, Eduardo
Verástegui (que tem um papel no filme, por sinal)
conseguiu readquirir os direitos do longa e o ofereceu à Angel Studios, pequena distribuidora de produções
cristãs, como The Chosen, que o
aceitou.
Com
um orçamento modesto de US$14
milhões, o Som
da Liberdade, arrecadou nos primeiros meses de lançamento US$211,6 mi.
Segundo dados da Comscore, a produção vendeu 1 milhão de
ingressos no Brasil e bateu mais de R$ 17 milhões de bilheteria em 10 dias
— nos Estados Unidos, deixou os cinemas com US$ 200 milhões de faturamento.
Marketing estratégico
e irreal?!
Segundo dados da Comscore, empresa americana especializada em
análise de mídia, a produção vendeu 1 milhão de ingressos no Brasil e
bateu mais de R$ 17 milhões de bilheteria em 10 dias.
E, e nesse momento que começam as polêmicas envolvendo o
filme, além da contestação da dramatização exagerada no enredo, porque uma as
estratégias mais incríveis de marketing dele foi a distribuição de uma
determinada quantidade de ingressos gratuitos em todo o mundo!
Eu desacreditava essa
ação até meu filho me ligar em uma quarta-feira, dizendo que iria chegar só à
noite em casa porque iria assistir o Sound
of Liberdad. Explicou que um amigo tinha recebido um link que dava acesso
ao perfil de uma rede social dedicada a divulgação do projeto. Ele e mais três
amigos conseguiram adquirir os ingressos e um bônus de R$ 100,00 cada um, para
gastar com alimentação: pipoca, refrigerante, doces e outros alimentos
disponível na lanchonete do cinema do Porto Velho Shopping.
Por segurança e por ser mãe desconfiada e jornalista acessei
na hora o perfil do filme! Uma explicação forte divulgava a ação, que
reproduzo:
Os interessados podem adquirir ingressos
para outras pessoas e ajudar com o "primeiro
passo para divulgar o tráfico de crianças", tema de "Som
da Liberdade". Assim, quem aderir ao programa e comprar ingressos na
plataforma, pode "permitir
que outras pessoas assistam gratuitamente e se juntem a um movimento histórico
para promover histórias que amplificam a luz".
Além da contestação de que se
trate de uma história real, Som
da Liberdade é
apontado por muitas publicações como um veículo para teóricos da conspiração e
apoiadores da QAnon. uma teoria da conspiração de
extrema-direita que alega existir uma elite global, formada por adoradores de
Satanás, canibais e pedófilos, que sequestra crianças para beber seu sangue.
A participação do ator
Jim Caviezel, um cristão que participa ativamente de eventos da igreja pelo
mundo também gerou muitas especulações, afinal ele vive à margem dos eventos e
filmes de Hollywood depois da
repercussão do “Paixão de Cristo” e até de clássicos como o “Conde de Monte
Cristo”.
Esqueçam todas as
especulações, notícias e principalmente conflitos políticos e assistam ao Som
da Liberdade. Ele faz parte daquelas produções que você precisa “ver com os
próprios olhos”, e principalmente sentir o tema delicado, real e assustador do
qual ele trata. O tráfico humano, a escravidão sexual de adultos e crianças
acontece diariamente, toda hora, como divulgam no longa...
Valeu muito para mim!
https://www.gov.br/mdh/pt-br/assuntos/noticias/2021/julho/criancas-adolescentes-e-mulheres-sao-75-das-vitimas-do-trafico-de-pessoas-apontam-dados-do-disque-100
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