Segunda-feira, 16 de dezembro de 2024 - 12h13
Quem é da “minha época”, como costumam dizer por aí,
nascido ou criado em Rondônia, lembra dos cadernos especiais de Retrospectiva
dos jornais locais: Alto Madeira, O Estadão do Norte – onde iniciei como
“foquinha” e Diário da Amazônia. Era aquele resumo das principais notícias do
ano resumidos em fotolegendas ou textos curtos com a missão bem delicada e
complexa de registrar os acontecimentos de cada editoria dos matutinos.
Eu mesma, nunca recebi essa missão (quase) impossível, pelo
tempo de serviço e experiência, mas acompanhei jornalistas experientes
esquentando a cabeça e acendendo muitos cigarros nos corredores do jornal para
conseguir reunir esse material e principalmente agradar a todos e
principalmente os leitores! Esse material, ao menos, no Estadão do Norte,
começava no início de novembro e o jornalista ou editor escolhido – trabalhava
com exclusividade nele.
É lógico, sendo a sistemática que dizem que sou, esperei
minha vez chegar para fazer o caderno de retrospectiva, mas não deu certo, saí
do jornal impresso para a televisão e de lá para assessoria de comunicação,
onde finalmente realizei esse sonho! No primeiro ano em que atuei na
Eletronorte-Eletrobrás de Rondônia, ainda como estagiária fiz um informativo
especial das atividades do ano, e graças ao sucesso dele junto aos
colaboradores e a gerência regional conseguimos produzir a primeira Revista
Retrospectiva da CRD – Regional de Produção e Comercialização de Rondônia. A
partir de 2000 até 2009 quando me desliguei da empresa esse foi uma das principais
ferramentas de comunicação interna!
Nesse tom nostálgico que o período natalino sempre traz
lembrei: não fiz nenhuma retrospectiva dos artigos do portal de notícias em
nenhum dos 12 anos que comecei a escrever por aqui, então resolvi trazer um artigo
de cada um desse período para essa retrospectiva, que não será só de 2024!
26 de
agosto de 2012: Educando para o Mensalão
Meu filho Vinycius tem sete anos e uma intimidade com o episódio
do Mensalão que poucos brasileiros da mesma tenra idade tiveram ou terão um
dia. E isto não é motivo de orgulho, de jeito nenhum. Ele não é nenhum
beneficiário fantasma deste esquema, mas como todos desta geração, do que é
considerado o maior desvio de verbas públicas do Brasil, nossos filhos sofrerão
as consequências dele.
O envolvimento de meu filho é simples explicar hoje, mas foi muito
confuso na época para mim. Grávida de oito meses descubro que não receberia o
auxílio maternidade porque a tal empresa DNA Propaganda que me contratou como
terceirizada para prestar serviços em uma estatal era à mesma cujo proprietário
Sr. Marcos Valério estava sendo acusado de gerenciar o repasse de verbas
públicas para a maioria dos partidos políticos do País. Este foi o primeiro
contato do Vinycius com o mensalão. Dois anos depois deste escândalo eu tive
coragem de buscar meus direitos, referente a quatro anos de serviços prestados
diariamente sem ter recebido férias, 13º, licença maternidade, depósito de FGTS
e ter minha carteira assinada. Enfim, o Vinycius já tinha dois anos quando isto
aconteceu. Mais um pouco, como nossas leis funcionam e muito, eu perderia o
prazo para contestar esta situação.
04 de
setembro de 2013: Queimadas podem ser culpadas pelos apagões?!
A fiscalização da Agência Nacional de Energia Elétrica, Aneel,
emitiu laudo que concluiu que o incêndio em uma fazenda do Piauí, foi realmente
a causa do apagão que atingiu todo o Nordeste na semana passada. Bom saber eu
estou no Norte mesmo e não lá, ou quem sabe meu estimado leitor possa estar no
Sudeste, no Centro-Oeste, no Sul e desta vez não teve que sofrer todo o
desconforto causado pela falta de energia elétrica!
Como de costume muitas pessoas, principalmente da região atingida
– registrou sua indignação nos sites de notícias. A maioria questionando o
absurdo de uma queimada ser culpada por um estrago tão grande. Concordo que do
jeito que as explicações foram fornecidas pelas assessorias envolvidas:
Ministério de Minas e Energia, Aneel e ONS é mesmo difícil de aceitar. Os
releases, textos oficiais enviados por estes órgãos omitiram informações
importantes aos veículos de comunicação de todo o Brasil, que por sua vez não
contam sempre com especialistas no tema energia elétrica para produzir um texto
acessível a quem realmente interessa: o leitor.
Não sou a “especialista” deste setor, mas minha experiência dos
últimos 13 anos atuando exclusivamente nele me permiti esclarecer o principal
questionamento da semana passada. É possível uma simples queimada em uma
fazenda resultar em tamanho estrago?! Infelizmente, sim.
As torres de transmissão (LT), responsáveis por levar a energia
elétrica gerada nas usinas brasileiras estão em sua maioria dentro de matas
virgens ou ocupadas por fazendas e plantações. Quando elas são instaladas são
criadas áreas de servidão, locais com limitações para garantir a operação, a
execução dos serviços de manutenção e a maior rapidez na localização de falhas
das linhas. Elas também garantem a preservação do meio ambiente e a segurança
de pessoas e bens próximos a ela. Existe uma norma técnica, a NBR – 5422,
de projetos de linhas aéreas de transmissão de energia elétrica que estabelece
procedimentos padrões em todas as regiões do Brasil.
14 de março de 2014: Vida é
vida não importa a opção sexual, ou importa?!
No último final de semana fiquei penalizada ao saber que pelo
menos 312 gays, lésbicas e travestis brasileiros foram assassinados em 2013,
média de um homicídio a cada 28 horas, revelou uma pesquisa feita pelo Grupo
Gay da Bahia (GGB). Tão pior foi saber que o Brasil é líder mundial neste tipo
de crime. A cada cinco gays ou transgêneros assassinados no mundo, quatro são
brasileiros.
Esta mesma entidade estima que 99% dos crimes foram motivados por
homofobia – medo de homossexual se traduzir ao pé da letra, mas na verdade é
preconceito, aversão mesmo. Apesar de apontar uma queda de 7,7% em
relação a 2012 - quando foram registradas 388 mortes, a pesquisa destaca que o
número de assassinatos de homossexuais cresceu 14,7% nos últimos quatro anos. E
sabe o que é pior – este índice não deve regredir, porque só agora em janeiro
de 2014, 42 homossexuais foram assassinados, ou seja, um a cada 18 horas!
Levanta a mão o leitor que não conheça ou tenha um amigo,
conhecido ou parente homossexual assumido! Sério, sem vergonha. Vamos admitir
que eles existem mesmo, que independente da opção sexual, ou nascimento não
deixaram de “ser” seres humanos. Que independente de crença eles devem ser
amados e respeitados como todos, sem distinção!!
Eu tenho parentes, amigos, irmãos de coração – já que sou filha única,
que são homossexuais ou bissexuais. Eles pagam seus impostos como todos nós,
trabalham e são excelentes profissionais, pois como acontece sempre com os
discriminados são obrigados a se superarem diariamente!
13 de março de 2015: Estudando
para matar?!
A palavra "trote" possui correspondentes em vários
idiomas, como trote (espanhol), trotto (italiano), trot (francês), trot (inglês) e trotten (alemão). Em
todos estes idiomas, e também em português, o termo se refere a uma certa forma
de se movimentar dos cavalos, uma andadura que se situa entre o passo (mais
lento) e o galope (mais rápido). Um detalhe, o trote não é uma andadura normal
e habitual do cavalo, no entanto algo que deve ser ensinado a ele, em
sua maioria das vezes à base de chicotadas e esporadas. E dá-lhe maltrato aos
animais...
Da mesma forma, o calouro do ensino superior no Brasil é encarado
pelo veterano como algo (mais que um animal, mas menos que um ser humano) que
deve ser domesticado pelo emprego de práticas humilhantes e
vexatórias; em suma, o calouro deve "aprender a trotar". Isto
acontece em todo o mundo? Não. Não na quantidade em que aqui.
Encontrei até um livro que resgata a origem do trote, porque
afinal nada se cria, tudo se copia?! Para variar parece que herdamos este
comportamento de Portugal. “os
trotes violentos (como o notório "Canelão") podem ser rastreados a
partir do século XVIII na Universidade de Coimbra. Não por coincidência,
estudantes da elite brasileira que por lá realizaram parte de seu processo educativo, trouxeram a "novidade" para o
território nacional. Em decorrência disso, surgiram desavenças entre veteranos
e calouros que culminaram com a morte, em 1831, de um estudante da faculdade de Direito de Olinda, Pernambuco – seria a primeira, mas lamentavelmente
não a última vítima de um trote violento no Brasil”, Antônio Álvaro
Soares Zuin. O trote na universidade-Passagens de um rito de iniciação.
22 de abril de 2016: 1ª turbina
das 23 de Belo Monte inicia operação em silêncio
Não poderia ser diferente, a 1ª turbina a gerar energia
comercialmente na Usina Hidrelétrica Belo Monte está no Sítio Belo Monte, onde
foi construída a Casa de Força principal do maior empreendimento de construção
do PAC, do atual governo.
A geração iniciada em 20 de abril, foi sem grandes alardes, apesar
de ter sido, juntamente com o Complexo Hidrelétrico do Rio Madeira: usinas
Santo Antônio e Jirau, “a menina dos olhos” da presidente Dilma. Mas, o momento
dispensa comentários de quem não é especialista em política como é o meu caso.
Agora sobre a importância e marco na história desta obra polêmica não consigo
evitar.
Lá, estão em fase de montagem outras 17 unidades geradoras, que
serão concluídas e acionadas, gradativamente, até 2019. Também foram iniciados
os testes para geração comercial da primeira turbina no Sítio Pimental, onde
está o vertedouro e a barragem principal da usina. Na Casa de Força
Complementar, serão seis turbinas do tipo bulbo, cada uma com potência de 38,8
MW.
A entrada em operação da primeira unidade geradora do tipo
Francis, das 18 que serão concluídas e acionadas, até 2019, no Sítio Belo Monte
e futuramente mais 6 turbinas tipo bulbo, no Sítio Pimental - onde fica o
vertedouro e a barragem principal da usina, não poderia ficar à sombra do impeachement, duelo entre
direita e esquerda e principalmente da “trollagem” da
“bela, recatada e do lar” mulher do vice-presidente.
Estamos falando de uma obra que demorou mais de três décadas para
sair do papel, passou por dezenas de governos de diferentes partidos; dividiu
opiniões de ambientalistas e técnicos; contribuiu com a saída da Marina Silva
do PT depois de uma quebra de braço “velada” com Dilma, na época ministra de
Minas e Energia; trouxe ao País artistas e personalidades internacionais
contrárias à sua construção; foi recentemente alvo de denúncias da Lava Jato...
E, muito mais!
Em 05 de junho de 1972, durante a Conferência das Nações Unidas
sobre o Meio Ambiente Humano, em Estocolmo, a Organização das Nações Unidas
(ONU) instituiu o Dia Mundial do Meio Ambiente.
Nessa Conferência, iniciou-se uma mudança no modo de ver e tratar
as questões ambientais ao redor do mundo, além de serem estabelecidos
princípios para orientar a política ambiental em todo o planeta.
45 anos depois, os cinco maiores inimigos do meio ambiente
continuam crescendo: Poluição do ar e mudanças climáticas, desmatamento,
extinção das espécies, degradação do solo e superpopulação. De quebra, o
representante da nação que lidera o ranking da poluição mundial, Donald Trump,
resolveu que os EUA não participam mais do Acordo de Paris, fechado em 2015 por
195 países. É muita coisa, o antecessor Barack Obama tinha comprometido que
reduziria em até 28% a emissão de gases que contribuem para o aquecimento do
planeta até 2025 e a doar US$ 3 bilhões para países pobres fazerem o mesmo.
Agora os americanos se juntaram à Síria e a Nicarágua, únicos que ficaram de
fora do acordo.
Há quase cinco décadas, no Acordo de Estocolmo, a humanidade
descobriu que as riquezas naturais eram esgotáveis. A partir daí cresceu a
preocupação em torno do meio ambiente e dos impactos negativos da ação do homem
sobre ele. Infelizmente a proporção dos efeitos negativos não foram os mesmos.
O descarte inadequado de lixo, a falta de coleta seletiva e de
projetos de e reciclagem – comum em países como o Japão, China, Canadá desde a
pré-escola; o consumo exagerado de recursos naturais, o desmatamento, a
inserção de espécies exóticas, o uso de combustíveis fósseis; o desperdício de
água, o esgotamento do solo e muitos outros desajustes ambientais tomam conta
porque existem poucos programas de educação ambiental eficientes e a adesão
deles é o menor ainda...
Quando eu era criança, e nem faz tanto tempo assim, lembro que
poucos conhecidos com parentes em tratamento de câncer... hoje em dia é
impossível você não ter alguém em sua família, vizinho, ou colega de trabalho
sofrendo dessa doença, que tem origem genética e comprovadamente por
contaminação ambiental... em 2012, estudos da Organização Mundial da Saúde, a
OMS, apontou que uma em cada nove mortes está relacionada com doenças causadas
por agentes cancerígenos e outros venenos presentes no ar.
A região Norte está “arrasando” no ranking
anual da Aneel – Agência Nacional de Energia Elétrica! A medalha de ouro
vai para o Amazonas, 35,99%; Pará conquistou prata com 17,39% e Rondônia
– uhuuuu, 17,15% com bronze seguido de Roraima: 16,6% ... Opa, fui bem
maldosa, omiti no início do artigo que o ranking é de “gatos”, furtos de
energia elétrica!
Segundo relatório da Aneel, (entre maio de 2017
e abril de 2018) 31.522 gigawatts (KW) de energia com furtos, desvios ou
fraudes foram perdidos, o equivalente a R$ 4,5 bilhões. Essa quantidade de
energia elétrica era suficiente para abastecer, pelo mesmo período, o estado de
Santa Catarina.
E nem comece a imaginar que esse prejuízo é bom
para a distribuidora e a geradora dos estados do Norte, que possuem uma das
maiores tarifas do Brasil, pois não é! Nós, consumidores pagantes dividimos
essa despesa com eles. Uma portaria do Ministério de Minas e Energia permite o
repasse desses custos para conta de luz.
A Agência explica que existe um limite
acertado destas ditas “perdas” no faturamento das concessionárias, mas quando
esse valor é ultrapassado a conta é repassada aos consumidores que pagam
honestamente seu consumo e o do roubo alheio! Está ali entre os encargos, que
correspondem 23% do valor da conta.
Faz um tempinho que alguns políticos estão
tentando reverter isso. A primeira tentativa foi em 2014, a mais recente em
julho deste ano. Entrou em fase final de tramitação na Câmara de Deputados
proposta que proíbe o setor elétrico de repassar consumidor os custos de furto
de energia. O projeto de lei (PL 8652/17), já aprovado nas Comissões de
Defesa do Consumidor e de Minas e Energia, só depende da análise final da
Comissão de Constituição e Justiça para ser enviado ao Senado.
Com anos de atuação
idônea e responsável, o portal de notícias Gente de Opinião concorreu com a
série de reportagens: Energia de (em) Rondônia para o Brasil no 9º Prêmio de
Jornalismo do Ministério Público de Rondônia e conquistou o 3°, na categoria
Sustentabilidade.
Essa foi a segunda
vez que o Gente de Opinião concorre a uma premiação.
A jornalista
Viviane Vieira (de Assis Paes) é também uma das articulistas do Gente de
Opinião. Ela é especialista em comunicação corporativa e comunitária do setor
de energia elétrica brasileira, com atuação exclusiva de quase 20 anos
divididos na Eletrobrás/Eletronorte, usina Samuel; Energia Sustentável do
Brasil, usina Jirau; Consórcio Santo Antônio Civil (Odebrecht e Andrade
Gutierrez), usina Santo Antônio e na Norte Energia, usina Belo Monte.
Tema das matérias
foi definido pela população
A ideia de produzir
uma pequena série de reportagens para participar da premiação, tradicional no
Estado com quase uma década de credibilidade, nasceu com as reivindicações da
população, sociedade civil e autoridades contra o aumento da tarifa de energia
elétrica.
“Eu e o Luiz Carlos
Ribeiro, editor-chefe do Gente de Opinião, pensamos que era importante
relembrar todo o histórico da construção das usinas do Complexo Hidrelétrico do
Rio Madeira até o momento atual, porque a população não entende e admite que se
pague um valor tão alto de energia elétrica tendo duas das maiores usinas
hidrelétricas do país e do mundo, aqui no nosso quintal! ”, explicou Viviane
Vieira.
O portal de
notícias tem uma área dedicada exclusivamente a esse tema, devido sua
relevância para o Estado e o Brasil. “Desde o início quando idealizamos o Gente
de Opinião vimos que era necessário termos um espaço dedicado ao setor
elétrico! Daqui saí à energia que abastece milhares de lares brasileiros,
indústrias no centro-oeste, sudeste e sul assegurando o desenvolvimento
econômico”, destacou Luiz Carlos, editor-chefe.
Conhecido também
como Luka Ribeiro é um dos mais renomados profissionais da imprensa
rondoniense. Atuou como cinegrafista, editor de imagens, repórter
cinematográfico, produtor, diretor de produção e operações de TV em quase todas
as emissoras da região, campanhas políticas e é considerado um dos mentores de
muitos jornalistas de Rondônia. Duas delas: Ana Lídia Daibes, apresentadora e
editora da TV Rondônia, que recentemente apresentou o Jornal Nacional e Sandra
Santos apresentadora do Cidade Alerta RO.
1º de março de 2020: Dia Internacional da Mulher -
A jornalista porto-alegrense que virou Porto-velhense
1909: Uma linha do tempo imaginária dos primeiros
"dias das mulheres" no mundo começaria com a grande passeata das
mulheres em 26 de fevereiro de 1909, em Nova York. Cerca de 15 mil
mulheres marcharam nas ruas da cidade por melhores condições de trabalho - na
época, as jornadas para elas poderiam chegar a 16 horas por dia, seis dias por
semana e, não raro, incluíam também os domingos. Ali teria sido celebrado pela
primeira vez o "Dia Nacional da Mulher" americano.
O adjetivo: Amiga definiria bem, a porto-alegrense Ana Aranda! É
essa expressão que ela utiliza para cumprimentar os colegas e amigos de
profissão. Na década de 80, Ana era uma jovem recém-formada em Jornalismo pela
renomada Pontifica Universidade Católica – PUC que escolheu Porto Velho para
passar férias e não retornou para o Rio Grande do Sul. O calor da região e a
alegria das pessoas a conquistou!
Aqui casou com Bubu Jonhson, produtor cultural, teve dois filhos e
conseguiu conciliar a vida pessoal com a atribulada de jornalista. Não essa
jornalista que todos veem nas emissoras de TV. A repórter dos bastidores, que
não é reconhecida nos supermercados ou shopping. A que tem uma página inteira
de jornal impresso para preencher com texto de qualidade, cujo trabalho servirá
de pauta para os colegas de emissoras de rádio, televisão e na atualidade
portais de notícias. Essa jornalista raramente é fotografada, pois não é mais
importante que a matéria!
Ana Aranda atuou por quase 20 anos, no Diário da Amazônia, como
repórter – função que ama até hoje e também como editora de Cidades, onde todo
seu potencial ficou registrado em matérias que renderam manchetes semanais de
capa. Ela acompanhou a criação de bairros na zona sul e leste, uma média de um
novo por semana, rápido como o surgimento dos municípios ao longo da BR-364
ocupados por imigrantes incentivados por política de ocupação da Amazônia do
governo federal.
26 de março de 2021: Anjos e Heróis contra a Covid-19 - Policiais
civis
Estou nomeando apenas alguns das
dezenas de agentes da polícia civil de Rondônia (os APCs), que faleceram em
decorrência da Covid-19, contaminados durante o exercício da profissão.
Em maio do ano passado, a Fundação
Getúlio Vargas (FGV) em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública
elaborou o relatório: A Pandemia de Covid-19 e os Policiais Brasileiros.
Confiram essa fonte: https://forumseguranca.org.br/wp-content/uploads/2018/05/policias-covid-19-v3.pdf
O objetivo da
pesquisa que envolveu 1.540 policiais brasileiros foi de compreender qual a
percepção destes profissionais sobre os impactos da crise em seu trabalho,
bem-estar e modo de agir cotidianamente.
APC e filantropo
“O Nélio era uma pessoa alegre e muito
bom com outras pessoas, independentemente de ser cidadão comum ou meliante”,
compartilhou o APC Nilton, amigo e colega de trabalho de Nélio da Costa Nunes,
primeiro policial civil do Estado a morrer em consequência da Covid-19.
Casado pai de três filhos, sendo duas
mulheres e um homem, que morreu em um acidente de trânsito, Nélio tinha no
netinho Artur de dois anos a alegria de sua vida! O APC Nélio era conhecido por
sua generosidade ilimitada. Dificilmente você o encontraria com dinheiro na
carteira, sempre estava auxiliando alguém. E não estamos falando apenas de
colegas de profissão. Servidor referência no 1º DP de Porto Velho, até membros
da população eram beneficiados.
“Teve uma vez que estávamos indo
lanchar e dois funcionários de uma empresa terceirizada da usina Santo Antônio
nos pediu um auxílio porque eram recém-chegados a cidade e estavam em situação
precária. O Nélio não pensou duas vezes, os levou para fazer compra em um
supermercado. A conta chegou a dois mil reais. Eles ficaram de pagar quando
recebessem. Um ano depois, o gerente dessa empresa o procura no DP e diz que
foi para devolver o dinheiro. Nélio ficou foi assustado, nem lembrava que tinha
feito esse empréstimo”, relembrou Nilton sorrindo!
Nota: poucos meses depois o agente da polícia Nilton também
seria uma das vítimas da Covid-19, chegou a ir para São Paulo onde ficou
internado algumas semanas, correndo risco de morte, felizmente foi um dos
sobreviventes!
24 de outubro de 2022: Até logo,
amiga Berta Zuleika
Berta Zuleika Rodrigues era assim:
clássica e fabulosa!
Vou compartilhar inicialmente o texto
que o ex-companheiro, o Z da B&Z Agence, jornalista e colunista social Zuza
Carneiro escreveu em uma rede social, logo após ter noticiado seu falecimento:
“Nascida em Tangará da Serra, Estado de
Mato Grosso, Berta Zuleika iniciou sua carreira de empresária na área da moda
na cidade de São Paulo, nos anos 70, com uma loja fincada na famosa Avenida
Paulista. Durante sua estada na capital paulista conviveu com vários artistas
da época, inclusive por alguns anos vestiu o famoso “Trio Los Angeles”, grupo
de grande sucesso nos anos 70/90. Personalidades que frequentavam os famosos
programas de TV da época, como o Programa do Chacrinha apresentado pelo saudoso
Abelardo Barbosa, também confiavam seus figurinos a ela.
Em 1985 Berta Zuleika chegava a
Rondônia trazendo na bagagem sua experiência adquirida no grande centro
nacional da moda, inaugurando em Porto Velho a elegante loja Miss & Mister,
na Galeria Eldorado. Por alguns anos foi nome de relevo no setor de confecção
na capital rondoniense assinando vestidos de festa com o seu nome,
inspirando-se no talento de sua mãe, eximia costureira e criadora de figurinos.
Ao lado de Zuza Carneiro criou a
B&Z Agence, agência de modelos e eventos que se tornou referência na região
Norte com eventos memoráveis e de grande importância no cenário da moda e da
beleza.
18
de janeiro de 2023: energia elétrica, cara, necessária e estratégica!
Domingo oito de janeiro de 2023.
Enquanto famílias assistiam aos desdobramentos da invasão a Praça dos Três
Poderes, em Brasília, uma torre de transmissão que leva a energia elétrica
gerada na Usina Hidrelétrica Samuel, no município de Candeias do Jamari, a cidade
de Ariquemes, ambas em Rondônia, caiu. Não houve temporal nesse dia, o que é
característico do inverno amazônico.
Duas horas depois, já na segunda-feira,
dia nove, outra linha de transmissão parou de funcionar. Essa interligando a
cidade de Foz do Iguaçu, no Paraná a Ibiúna, em São Paulo. Em seguida uma
terceira torre foi detectada com avaria, no município de Medianeira, outra
cidade paranaense.
Novamente em Rondônia, no mesmo dia, a
linha de energia – chamada linhão, que leva a energia elétrica gerada nas
usinas do Madeira: Santo Antônio e Jirau ao sudeste do País foi derrubada!
Esses supostos atos de vandalismo ou tentativa de sabotagem ao sistema elétrico
interligado poderiam ter provocado um blecaute, o temido apagão em muitas
cidades. Felizmente isso não aconteceu, pois teria provocado prejuízos
inimagináveis.
19
de julho de 2024: As outras, aquelas mulheres que vestem fardas!
No final de maio,
em uma das muitas madrugadas insones, pós-estudos, alongamentos, meditação e
orações sou vencida por aquele hábito mais que condenável de “dar uma última
olhada no celular”. Começo pelo noticiário internacional, passo pelo nacional e
chego finalmente nas notícias de Rondônia. Para meu desconforto mental, eu
buscava algo relax para finalmente dormir, vejo a notícia da inauguração de um
novo batalhão da polícia militar do Estado, o BPTAR – Batalhão de Policiamento
Tático de Ação e Reação ao Crime Organizado, especializado no combate ao
tráfico internacional, de drogas extorsão e outras atividades criminosas que
afetam a segurança pública.
Enfim, apesar do
melindre consegui dormir até rápido e logo pela manhã, mais matérias sobre o
novo batalhão, sua importância na estratégia da segurança pública só que dessa
vez consegui ver o rosto de alguns dos militares, apesar da boina que usavam.
Uma policial se destacava na fileira, por ser bem mais alta que os colegas
homens e por ser mulher mesmo! A partir daí a repórter de rua que caça
notícias, voltou com tudo. Comecei a pesquisar na internet até achar matérias
sobre mulheres no efetivo da Polícia Militar de Rondônia.
Mineira, de Belo
Horizonte, residente em Rondônia há mais de oito anos, Jaqueline não tinha o
sonho de ser policial. Na adolescência conheceu uma mulher policial que
frequentava a loja da mãe, se tornaria sua amiga, no entanto, não foi algo que
despertou seu interesse para o futuro profissional. Cursou Comércio Exterior,
na Pontifica Universidade Católica – PUC/MG e durante 12 anos exerceu a
carreira nessa área. Foi convidada para administrar uma empresa, em
Ji-Paraná, onde iniciou um relacionamento amoroso de seis anos.
Com o fim do
relacionamento, Jaqueline retornaria para Minas Gerais para poucos meses
retornar para Rondônia.
Havia prestado
concurso público da PM em 2019 e foi aprovada. Iniciou o treinamento básico,
com muita convicção e um pouco de pirraça, o ex-marido lhe dissera que não
conseguiria concluir o curso, era despreparada, não tinha perfil! Foi o
suficiente para ela focar todas as forças nesse desafio, e felizmente durante a
academia descobriu que gostava de todas as atividades: tiro, luta, legislação e
o temido TAF.
Na solenidade de
formatura, sua mãe e aquela amiga já na reserva da PM/MG vieram prestigiar sua
conquista. A administradora aposentou os carpins, ao menos
durante os plantões, e assumiu o coturno.
Nota: Jaqueline foi
promovida a Cabo da PM, em setembro de 2024.
Enfim, percebi que
os artigos que escrevi nessa mais de uma década foram diversos e sistemáticos,
como sou, e comecei também a compartilhá-los em um podcast, o VivicaCast –
Sistematizando à Vida, no Spotify, na Amazon Vídeo, no Spreaker, no Iheart
radio e no Deezer!
Nesse ano, em que o
Gente de Opinião comemora 19 anos de criação, penso que contribuímos com uma
das missões do portal de notícias: Informar com respeito e ética!
Histórias da Energia de Rondônia, vale muito conhecer!
Iniciei há três semanas em meu podcast: o VivicaCast – Sistematizando à Vida, uma série de leituras do livro “Memória da Energia Elétrica em Rondôni
Estiagem Amazônica, a conta já chegou?! Meio Ambiente
O Rio Madeira é um dos maiores rios do mundo e passa por três países: Brasil, Bolívia e Peru. Sua profundidade varia de acordo com as estações seca
Estiagem Amazônica: a conta já chegou?! Consumidor
Sim! A famigerada cobrança dos danos ambientais: desmatamento, poluição desenfreada, do homem contra o meio ambiente tem chegado, nas últimas décad
Estiagem Amazônica: a conta já chegou?!
A fumaça tóxica das queimadas tomou conta da cidade de Porto Velho, na primeira semana de setembro deste ano. O que vinha se tornando quase parte da