Quarta-feira, 5 de outubro de 2022 - 08h10
Vivendo
na periferia violenta de uma cidade paradisíaca e atormentada por criminosos, a
diligente camareira Pilar também foi levada ao crime para pagar sequestradores.
Esse é o eixo do filme “Fortaleza Hotel”, de Armando Praça. Depois de trair
seus princípios, Pilar quer ir embora do Brasil porque, diz, o país não lhe faz
mais sentido, embora goste da música e da cultura.
É compreensível
que situações opressivas induzam as pessoas a abandonar a terra natal em busca
de uma vida melhor. No entanto, abandonar uma região paradisíaca e repleta de
potencial faz ainda menos sentido neste mundo conturbado e em crise. A rota
para longe do lar leva à discriminação em terra estrangeira, logo quando o
fascismo cresce no mundo explorando o medo dos locais de perder empregos para
os refugiados que chegam.
Quando
os nordestinos fugiram da seca atraídos pela perspectiva da borracha saíram
para um território inexplorado de seu próprio país. Hoje são reverenciados como
pioneiros, mas na Europa e EUA não há estátuas em homenagem a camareiras
brasileiras. Melhor que desacreditar no país é confiar em que o Brasil fará
sentido quando houver união para virar a chave da pobreza para a exploração
sustentável das riquezas nacionais.
A
polarização ainda dificulta a união, mas jamais será vencida se todos
desistirem do diálogo e de buscar um melhor sentido para viver e trabalhar
aqui. A ação de buscar já é um sentido.
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Menos avestruzes
Com
uma baita renovação e com melhores quadros espera-se que a próxima legislatura da
Assembleia Legislativa não seja formada por tantos deputados avestruzes mais
interessados em transformar a política em balcão de negócios do que fiscalizar
os atos do executivo. Pelo comportamento omisso muitos não se reelegeram, como
já era previsto e está nas mãos do Poder Legislativo renovado transformar a
imagem da casa de leis tão desgastada nas últimas legislaturas com muitos
parlamentares cassados pela malversação de recursos e recebimento de propinas.
E urge uma Comissão de Ética integra. A última era formada por verdadeiras
raposas.
Troca de padrinho
Quem
se deu mal na troca de padrinho político foi o deputado federal Leo Mores (Podemos)
que deixou de lado os laços com o ex-governador Ivo Cassol para abraçar o
ex-senador Expedito Junior (PSD) na sua campanha ao governo do estado. Uma
dobradinha que afundou de vez Leo Moraes, facilitando a vida da concorrência.
Não era tão difícil entender que Expedito era uma fria, até para os políticos
de inteligência mediana: o novo aliado já tinha levado um pé de Hildon Chaves e
sido escondido da sua campanha à reeleição. Igualmente Expedito levou um pé de Marcos
Rogério que percebeu a tempo que ele era uma âncora pesada em Porto Velho na
sua campanha.
Abraço dos afogados
Resgato
o ultimo release da campanha do governador Marcos Rocha (União Brasil) no primeiro
turno cujo texto dizia claramente que ele venceria o pleito em turno único. Uma
falácia propagada por ele e pelo prefeito Hildon Chaves e que parte da mídia chegou
a acreditar, mas a atitude dos governistas tinha como fundamento pesquisas
encomendadas de caráter duvidoso e por isto daqui para frente vão ser mais cautelosos
porque a situação se complicou. A diferença de pouco mais de um por cento de percentual
na vitória do primeiro turno será tirada por Marcos Rogério rapidamente. Rocha
e Hildon caminham rapidamente para aquilo que chamamos do abraço dos afogados.
Vem peia por aí.
Jogando pedras
Todo
mundo atirando pedras na Geni, digo nos institutos de pesquisas. Olha, alguma
coisa se justifica com o voto útil, eventualmente com um efeito manada. Mas não
tem explicação, a não ser pesquisa comprada a peso de ouro, o resultado de uma empresa
que atribuía 43 por cento de intenções de votos para Mariana Carvalho (Progressistas)
contra 7 por cento de Jayme Bagatoli (PL-Vilhena). Um outro instituto acenava com o
governador Marcos Rocha com larga diferença quanto ao segundo colocado Marcos
Rogério. Em casos assim, só missas encomendadas tão comuns em pleitos
rondonienses. Infelizmente o modus operandi dos governantes não muda através dos
tempos.
Maior estrutura
As
maiores estruturas de campanha a Assembleia Legislativa do estado eram de Ieda
Chaves (União Brasil –Porto Velho), esposa do milionário prefeito Hildon Chaves
e do presidente da Assembleia Legislativa Alex Redano (Progressistas-Ariquemes).
No entanto, ao final do escrutínio dos votos, emergiu das urnas como o mais
votado da temporada, o deputado Estadual Laerte Gomes (PSD-Ji-Paraná), fora de
cotação nas mídias sociais para ganhar o pódio. Habilidoso, Laerte é um
sobrevivente do PSD, numa eleição que afundou o ex-senador Expedito Junior e
seu filho, este considerado uma líderança promissora, Expedito Neto. Laerte vai
virar o novo cacique do PSD.
Via Direta
*** Muita gente ainda chorando as magoas
pelos resultados das eleições de 2 de outubro, principalmente os deputados estaduais
que não se reelegeram. Alguns foram pedras cantadas nesta coluna, casos de Jonhy
Paixão (Ji-Paraná) e Eyder Brasil (Porto Velho) que naufragaram *** Também estava na cara
que alguns suplentes que assumiram não teriam condições de se manter no poleiro,
como Ribamar Araújo. Mas o fracasso nas urnas de Folador (PL-Ariquemes) foi realmente
uma surpresa, assim como a do competente parlamentar Lazinho da Fetagro (PSB-Jaru)
*** Com Ariquemes tão dividida e com
tantos candidatos a deputado federal poderosos na região do Vale do Jamari a
eleição de Thiago Flores (MDB) foi uma conquista heroica *** Lamentável foi
o divisionismo do Cone Sul rachado em confronto de três clãs políticos na peleja
a Câmara dos Deputados. A região se danou.
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