Terça-feira, 4 de outubro de 2022 - 08h15
Para
os taoístas, cada ser humano é tão importante quanto o universo: ambos vieram
de um milagre e evoluem com o tempo. Nesse sentido, o bem mais precioso de um
país é seu capital humano. Os economistas situam o chamado bônus demográfico em
categoria quase mágica em suas avaliações. O BN é aquele momento único da
história de uma nação em que jovens e adultos produtivos formam o contingente
capaz de fazer o país crescer e vencer a pobreza. Não aproveitar o BN significa
perder a melhor ocasião possível para sair do atraso.
Cabe,
assim, perguntar se o Brasil faz a lição de casa, aproveitando o BN. Estamos quase
no fim dele, mas ainda há tempo de corrigir os erros de meio milênio, dentre
eles o descuido com a Amazônia, e levar o país à riqueza. Para isso,
entretanto, é preciso educar os jovens para o desenvolvimento deles não só como
capital humano, mas também como cidadãos.
A juventude
amazônica deveria estar vibrando de energia e conhecimento, mas a julgar pela
estatística de que o crime, a droga, o alcoolismo e a repressão violenta
liquidam elevado número de jovens, a aposta no BN está sendo perdida. A morte
de adolescentes da Amazônia é 34,3% maior que a média nacional. Se o país
desperdiça o BN, infelizmente a Amazônia desperdiça muito mais esse melhor
momento de uma nação. Ainda há tempo para aproveitá-lo, mas é preciso agir logo.
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Mais equilíbrio
Para
o segundo turno, embora com o governador Marcos Rocha (União Brasil) no pódio
no primeiro turno, já não tem como negar mais equilíbrio na disputa com senador
Marcos Rogerio (PL) para a próxima etapa. Em primeiro lugar porque Rogério vem
numa crescente com o apoio do eleitorado do interior, majoritário em Rondônia.
Em segundo lugar porque deverá herdar grande fatia dos votos de Leo Mores
(Podemos) e contar com boa parte da base de apoio do candidato Daniel Pereira (Solidariedade).
Não bastasse ele é do partido do presidente. Virão dias sofridos por aí para
Marcos Rocha que acreditava em vitória em turno único.
Os macacos velhos
Com
um eleitorado majoritariamente jovem em Rondônia, os chamados “macacos velhos”
da política estão levando a pior. Amir Lando (MDB) e José Guedes (PSDB) nem conseguiram
concorrer, alvos de cama de gato em seus partidos. O ex-prefeito e ex-deputado
federal Carlinhos Camurça (PSDB) foi fiasco nas urnas. Garçom danou-se. O ex-senador
Ernandes Amorim (Ariquemes) acabou desistindo e seu clã desapareceu de vez do
cenário político no Vale do Jamari. O clã político dos Muletas em Jaru não
conseguiu reeleger Cassia a estadual e Dorinha do Amauri a federal foi uma
tristeza nas urnas. O clã Follador desandou.
Grandes vexames
Muitos
vexames protagonizados no pleito de 2022. Um deles foi do vice-governador Zé Jordam,
com apenas 2.800 votos a deputado estadual, na região da Zona da Mata. Aliás, a
Zona da Mata fracassou nas urnas: foram relegados nas urnas Jaqueline Cassol,
Expedito Junior, Expedito Neto e Luís Claudio, sem contar Ivo Cassol que foi
obrigado a desistir. Grande polo de lideranças políticas nas décadas passadas a
região polarizada por Rolim de Moura sofreu enorme queda na sua representatividade
tanto nas esferas estaduais e federais. A região precisa se unir para voltar a
ser protagonista nos pleitos futuros.
A representatividade
A
mulherada teve reduzida sua representatividade na Câmara dos Deputados por Rondônia
para a próxima legislatura. Foram eleitas apenas Silvia Cristina (PL-Ji-Paraná)
e Cristiane Lopes (União Brasil-Porto Velho). Na legislatura anterior eleita em
2018 eram Jaqueline Cassol (PP-Cacoal), Mariana Carvalho (Progressistas-Porto Velho)
e Silvia Cristina (PL). Na Assembleia Legislativa, por outro lado, a representação
feminina foi ampliada para cinco representantes: Ieda Chaves (União Brasil- Porto
Velho), Lebrinha (União Brasil-São Miguel), Rosangela Donadon (União
Brasil-Vilhena), Claudia de Jesus (PT-Ji-Paraná) e Dra. Tassia Souza (PSC).
Supercentrão
Vem
aí o supercentrão, formado pela fusão do PP de Ivo Cassol com o União Brasil do
governador Marcos Rocha em Rondônia e na esfera federal juntando lideranças do
porte de Ciro Nogueira e ACM Neto. Neste balaio de gatos também estará o ex-ministro
da justiça de Jair Bolsonaro, Sergio Moro, eleito ao Senado pelo Paraná. Com
uma grande bancada em condições de chantagear o presidente eleito, seja Bolsonaro
ou Lula – o centrão já se articula para colocar o próximo presidente de joelhos,
como já fez desde os tempos de Fernando Henrique (PSDB), Lula (PT), Dilma (PT),
Temer (MDB) e atualmente com o mito Bolsonaro.
Via Direta
*** Mesmo elegendo a esposa Ieda Chaves
a deputado estadual, o prefeito Hildon Chaves (PSDB) sofreu muito o impacto do resultado
nas urnas no último domingo. Ele e Marcos Rocha acreditavam em vitória em turno
único. Além disto, a sua aliada, Mariana perdeu a cadeira ao Senado *** Tudo isto pode prejudicar
os planos de Hildon Chaves para 2022 cujo projeto é disputar o governo de Rondônia,
ainda mais se Marcos Rocha cair diante de Marcos Rogério no segundo turno na peleja ao Palácio Rio Madeira *** Muitas críticas nas mídias sociais a
eleição de Lebrão a federal e Lebrinha a estadual. Eles foram flagrados e
filmados recebendo propinas e mesmo assim disputaram os cargos eletivos.
Péssimo para a imagem de Rondônia *** Já Glaucioni propineira –também
filmada - se deu mal.
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