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Carlos Sperança

Amazônia em expansão + É a reta final + Dever de casa + Boa gestão de Marcos Rocha


Amazônia em expansão + É a reta final + Dever de casa + Boa gestão de Marcos Rocha - Gente de Opinião

Amazônia em expansão

O que era uma suposição com base na teoria do Big-Bang, do padre Georges Lemaître, a ideia de que o universo está em expansão é aceita pela grande maioria dos cientistas. Mais modesta e controversa, a ideia de que a Amazônia está encolhendo ainda carece de dados bem precisos.

A julgar pelo desmatamento criminoso, há dados anuais que configuram perda, comprovada por estudos respeitáveis e relatórios frequentes dos observatórios. Mas sem passar pano nas ações criminosas nem na prevaricação que autoriza a poluir e devastar, também há estudos apontando a viabilidade de práticas de regeneração que se forem apoiadas por boa gestão governamental e equivalentes ações empresariais tendem a reverter perdas, recuperando amplas áreas desflorestadas e preservando com sabedoria e ótimos ganhos a área ainda intacta. 

A ideia de que a floresta encolhe aceitou a proposta antipática de tirar o Mato Grosso da Amazônia Legal, mas é contrariada por um agente de peso: o pirarucu, gigantesco peixe amazônico de dois a três metros que chega a 200 quilos. Se a presença dele atestar águas amazônicas, a Amazônia Legal não só vai manter o MT como também incorporar São Paulo e Minas Gerais, já que o peixe foi encontrado no Rio Grande, entre as usinas de Marimbondo e Água Vermelha. Como tudo no universo em expansão, o fenômeno tem causas e terá consequências.

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É a reta final

A reta final desta campanha ao governo de Rondônia é marcada por uma guerra de marketing. O governador Marcos Rocha (PL-Porto Velho) exaltando seu pacote de bondades, as melhorias criadas para a segurança pública, seus esforços no combate ao Covid e um plano para a industrialização, visando a geração de emprego e renda. Já, o antagonista, Marcos Rogério (PL-Ji-Paraná) joga no campo do adversário explorando as deficiências da atual gestão em saúde, segurança púbica, falta de planejamento e de gestão do atual mandatário.

Contagem regressiva

Estamos já na contagem regressiva para o pleito do segundo turno no próximo dia 30 e se constavam os ventos favoráveis no interior a oposição. Os antagonistas têm alguns desafios para serem vencidos para se dar bem e Marcos Rogério otimista na superação dos seus obstáculos. Veja a situação: o governador Marcos Rocha precisa ampliar consideravelmente sua vantagem em Porto Velho para compensar as perdas que estão acontecendo no interior. Ao mesmo tempo, é crucial melhorar sua situação no Vale do Jamari, a região de Ariquemes, na região central polarizada por Ji-Paraná e no Cone Sul Rondoniense, onde Vilhena irradia influencia para a região.

Dever de casa

E justo dizer que os dois candidatos cumpriram bem o dever de casa no primeiro turno, cada um ganhando em seus principais redutos. Marcos Rocha garantiu a pole position com uma grande vitória na capital com quase 30 mil votos de diferença. Mas no segundo turno são outros quinhentos e o adversário já se aproxima do atual mandatário recebendo apoio de outros candidatos no segundo turno. Também se pode dizer que Marcos Rogério é o principal herdeiro dos votos do ex-governador Ivo Cassol, cotado como favorito até ser impugnado pela justiça eleitoral.

Boa gestão

A favor do governador pode-se dizer que apesar das deficiências nas esferas de saúde e segurança pública, Marcos Rocha desenvolve uma gestão eficiente, num todo. Pagamento em dia do funcionalismo e dos fornecedores, o que sempre fez a diferença na capital e no interior nas reeleições de Ivo Cassol e Confúcio Moura. Mesmo com a pandemia conseguiu um bom crescimento no PIB rondoniense, o melhor resultado no cenário nacional comparado com outros estados. Mas teve o azar do adversário ficar com o número 22, do presidente Bolsonaro e ao mesmo tempo, este adversário, ser proveniente do interior, que é bairrista para xuxu.

Deu ruim

O que está estaria dando ruim num projeto de reeleição promissor?  Ora, foi avisado mil vezes que precisava de um vice do interior, do mesmo jeito que Leo Moraes foi avisado que a união com Expedito era para se lascar despenhadeiro abaixo.   Ao mesmo tempo não tem sido feliz nos debates contra seu antagonista. O marketing é de boa qualidade, mas não consegue reverter equívocos graves cometidos na região de Ariquemes onde negou um hospital regional. A correção de rumos no setor de segurança é positiva, mas pode parecer eleitoreiro, ao final do mandato.

 

Via Direta

*** A cláusula de barreira, criada para reduzir o número de partidos no País, funcionou  bem na eleição 2022 e apenas 12 legendas terão acesso aos recursos do fundão eleitoral nos próximos pleitos *** Ano após ano tem aumentado o período de seca no estado de Rondônia, um fenômeno que tem ocorrido também em outros estados do Centro-Oeste, como aponta o monitor das secas, um instituto que opera nos levantamentos anuais das estiagens *** O governador Marcos Rocha ampliou seu pacote de bondades nesta reta final de campanha *** A última medida  benevolente foi incluir o café da manhã nos restaurantes  do programa Prato Fácil que vendem o bandeco a R$ 2,00 em algumas regiões da capital rondoniense *** Com tudo isto, já tem gente clamando também pela janta fácil...    

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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