Quinta-feira, 10 de agosto de 2023 - 08h20
Não
é demais supor que o 22º Congresso Brasileiro do Agronegócio, promovido em boa
hora pela Associação Brasileira do Agronegócio em parceria com a bolsa de
valores B3, será um marco importante para o setor, marcando a linha divisória
entre o “antes e depois” da atividade.
O
“antes”, nesse caso, foi o obscuro período que vai da Assembleia Constituinte
até a deprimente polarização que fraturou o país no momento em que mais deveria
se unir e se preparar para resistir à pandemia, à crise e ao atraso crônico.
Basta
dizer que até 1964 o Brasil e a Coreia do Sul eram nações com o mesmo peso na
economia mundial e apesar da imensa expansão do agronegócio brasileiro a
comparação entre os dois países é hoje francamente favorável à nação asiática.
A renda média coreana é quatro vezes a do Brasil.
O “depois”,
assim, será o futuro em que não haja mais pescadores de águas turvas jogando o
agronegócio de ponta contra a agricultura familiar nem misturando no mesmo
balaio honestos produtores de alimentos com criminosos ambientais. O
agronegócio nacional assim recomposto, sem se deixar levar por mantras radicais
e oportunistas, tem caminho aberto para se somar ao conjunto da bioeconomia.
Essa é a política que interessa ao setor para se se tornar, assim, de uma vez
por todas, a mola mestra da arrancada brasileira para o pleno desenvolvimento.
..........................................................................................
Baita festa
O
ministro dos Transportes Renan Filho (MDB) compareceu na terça-feira em Itapuã
do Oeste para o anuncio de recursos de R$ 23 milhões destinados a projetos técnicos
para a duplicação da rodovia 364, num trecho de 500 quilômetros e os outros 500
quilômetros da rodovia restantes que passam por Rondônia, de Vilhena a Nova Califórnia,
que se danem. Mas a solenidade virou uma grande festa dos políticos, como se a
obra de R$ 8 bilhões já estivesse em andamento. Discursos e mais discursos,
mais a disputa das paternidades das obras. Até o governador Marcos Rocha, se
sentiu como pinto no lixo ao meio do Lulopetismo.
Ponte binacional
Já,
em Guajará Mirim, outra festa com a inauguração do porto local e o anuncio que
a ponte binacional, sobre o rio Mamoré, que divide o Brasil com a Bolívia, será
licitada ainda neste ano e o início da construção no ano que vem. E olhe
que a Bolívia ainda nem deu o “sim”
para concordar com o que foi planejado pelos brasileiros (como a localização da
ponte, por exemplo) e mesmo assim as lideranças políticas de Rondônia já davam
a ponte como favas contadas. Novamente a paternidade da ponte, que nem começou,
foi disputada diante do ministro dos Portos e Aeroportos Marcio França.
Na coordenação
Depois
de vários anos eleito e reeleito coordenador da bancada federal de Rondônia em Brasília,
o deputado federal Lucio Mosquini (MDB-RO) caiu do poleiro. O novo coordenador
da bancada federal é o deputado federal Mauricio Carvalho (União Brasil-RO),
que mais amadurecido com uma legislatura de vereador e outra com mandato de vice-prefeito,
já trabalha com afinco pelas causas rondonienses em Brasília. Ele já tem
emendas beneficiando Porto Velho e Guajará e trabalha também para as liberações
das emendas da mana Mariana Carvalho tida como forte candidata à sucessão de
Hildon Chaves.
Perdas e ganhos
Seja
com perdas e ganhos, a mobilização do senador Confúcio Moura, a grande
liderança governista de Lula em Rondônia, e do coordenador da bancada Mauricio Carvalho,
mostrando prestigio ao trazer dois ministros para cá, rendeu seus frutos para o
estado e muitas reivindicações foram atendidas. Mas enquanto os políticos se
confraternizavam em almoços e entrevistas coletivas em Itapuã e Guajará Mirim,
a Azul anunciava a suspensão dos voos diretos de Porto Velho a Cuiabá a partir
de outubro. O ministro Marcio Franca promete ações para reverter a situação,
com uma nova adequação da malha área amazônica. Será?
Piratas do Madeira
Com
enérgica atuação das forças de segurança de Manaus, os piratas que agiam nos
Rios Negro, Amazonas, Solimões estão buscando ares mais favoráveis. E o Rio
Madeira, que conta com tantos municípios do Amazonas e e Rondônia em seu curso, com tantas embarcações
lotadas de mercadorias apetitosas –de eletrônicos a fardos de açúcar, a carne e
pescado – está pagando o pato. Neste ano, os piratas do Madeira que em anos anteriores
se dedicavam mais ao roubo de combustíveis, agora alopraram de vez. Assaltam desde pequenos barcos ancorados no
Porto Cai N’Água em Porto Velho até embarcações maiores no percurso de viagens
para o vizinho estado. E coisa de louco!
Via Direta
*** A mobilização das forças políticas
de Rondônia para reverter a suspensão de voos para outros estados foi um fracasso.
Além de não conseguir restabelecer os voos perdidos, ainda PVH perderá a partir
de outubro os voos diretos para Cuiabá *** È mais uma pancada, pois no interior também
tivemos voos suspensos em Ji-Paraná, Cacoal e Vilhena *** Com o poder nas mãos, os políticos evangélicos “evangelizaram” o CPA
e a Assembleia Legislativa com deputados e governador orando juntos para provar
que estão unidos, mesmo brigando nos bastidores *** Com Bolsonaro já inelegível,
os governadores da Amazonia já se aproximaram de Lula. O bolsonarismo esta
enfraquecendo mesmo?
Sem perdãoHá pessoas que se dizem cristãs, mas abrem caminho ao inferno ao ofender os semelhantes, esquecendo que uma das principais lições do crist
Dá pena de ver a situação a Av, 7 de setembro no centro antigo de Porto Velho
O jogo da Amazônia Em todo o mundo se tornou obrigatória a pergunta “e agora, com a eleição de Trump nos EUA?” Mao Tsé-tung disse que se os chinese
É bem provável que ocorra uma regionalização de candidaturas ao Palácio Rio Madeira
DesbranqueandoA jornalista brasileira Eliane Brum, descendente de italianos e filha de pai argentino nascida em Ijuí, Noroeste gaúcho, certo dia dec
A classe política está querendo antecipar o processo eleitoral de 2026
Tartarugas humanasO desmatamento e a piora do clima causam prejuízos generalizados aos povos amazônicos. Os que mais assustam são as perdas na agri