Segunda-feira, 26 de setembro de 2022 - 08h20
Os
discursos dos candidatos sobre a Amazônia pouco podem ser levados em conta. Os anúncios
de sabonetes correspondem mais ao conteúdo real do produto que as peças de
marketing eleitoral. No entanto, cabe verificar as atitudes dos candidatos,
localizáveis nos buscadores, e compará-las com sua propaganda.
Avaliação
por alto das propostas mostra uma agenda centrista: nem defendem liberdade
total, que favorece criminosos bem estruturados e autofinanciados, nem a ação
absolutista do Estado, definindo até a cor dos uniformes dos empregados.
Não
há tais exageros nas propostas gerais, embora em petit comité eles falem aos
convertidos e fiéis o que melhor lhes põe sangue nos olhos para a luta, mesmo
sendo absurdos impossíveis, como fechar o STF ou devolver a terra aos índios. O
que mais ocorre é a promessa de colocar o Estado a serviço das empresas e
promover parcerias público-privadas.
A
primeira é difícil, porque o Estado tem deveres que não interessam às empresas.
Nas PPPs, os parceiros têm interesses divergentes. As ações mais custosas
esbarram em restrições orçamentárias: o empresário pode arriscar, pois o ônus
será seu, mas o Estado só pode dar tacadas certas. A tese centrista do Estado
indutor esbarra na privatização da indução, com a qual a corrupção avança e o
Estado paga os prejuízos. Não é estranho, assim, haver tantas brigas com o Tribunal
de Contas da União.
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Eleições diretas
Neste
domingo, dia 2 de outubro, vamos para a décima eleição direta a governador m Rondônia.
Até 1985 os governadores eram indicados pelo Palácio do Planalto e o último do
Território foi Jorge Teixeira de Oliveira (que seguiu ainda no estado) e que
deixou o cargo para o deputado estadual Ângelo Angelim que cumpriu um mandato
tampão até a primeira eleição pelo voto direto ao governo de Rondônia em 1986.
Já era os tempos da Nova República. Anos de explosão migratória em Rondônia com
a criação do estado em meados de 1980 com grande respaldo do governo militar.
Os governadores
A primeira eleição direta ao então Palácio Presidente
Varjas teve como protagonista o emedebista Jeronimo Santana, um migrante goiano
com domicilio eleitoral em Porto Velho. em 1986. Já, em 1990 foi eleito Oswaldo
Pìana Filho, nascido em Rondônia, com base em Porto Velho. No terceiro pleito,
em 1994 com Valdir Raupp, um migrante catarinense com reduto em Rolim de Moura,
a quarta eleição com José Bianco, oriundo do Paraná com reduto em Ji-Paraná em
1998 a quinta eleição em 2002 e a sexta em 2006, com o catarinense Ivo Cassol
reeleito (Rolim de Moura), a sétima 2010 e a oitava em 2014 com o goiano Confúcio
Moura (Ariquemes) reeleito, a nona com o atual governador, o carioca Marcos Rocha
(Porto Velho) eleito em 2018.
Eleições ao Senado
Os
pleitos ao Senado começaram antes da eleição direta ao governo do estado em
1982. Na primeira eleição foram eleitos os três candidatos apoiados pelo governador
Jorge Teixeira, o então presidente João Figueiredo e o ministro Mário David Andreazza.
Naquele pleito foram emplacados senadores Odacir Soares (Porto Velho),
Claudionor Roriz (Ji-Paraná) e Reynaldo Galvão Modesto. (Ouro Preto do Oeste).
Neste primeiro pleito o PDS fez barba, cabelo e bigode, elegendo também a
maioria a Câmara dos Deputados (5 x3) e a Assembleia Legislativa (15 a 9).
Também garantiu os mais votados ao Senado (Odacir) e José Bianco a Assembleia Legislativa.
Só escapou o deputado federal mais votado, com Mucio Athayde, do PMDB.
Caindo do cavalo
Assim
como nas eleições ao governo estadual, com grandes reviravoltas também nas
eleições ao senado ao longo dos anos, grandes favoritos caíram do cavalo. Os
casos mais conhecidos foram de Jeronimo Santana em 1982, Chiquilito Erse (em
1986), Chagas Neto (90) e o caso mais expressivo foi o do senador Amir Lando, um
dos artífices da cassação do presidente Collor de Melo, que perdeu o mandato
para Ernandes Amorim no pleito de 1994, sendo o mais votado na época José
Bianco, recordista de votos a Assembleia Legislativa ao Senado nos anos 80. As
surpresas também aconteceriam nos anos seguintes com a petista Fátima Cleide,
eleita na onda Lula.
Os senadores
Interessante
destacar que grande número de governadores eleitos foram senadores, antes ou
depois de assumirem o Palácio Presidente Vargas, então sede do governo
estadual. Casos de José Bianco (antes). Valdir Raupp e Ivo Cassol (depois), Confúcio
Moura posteriormente ao seu mandato de governador. Nesta eleição 2022 temos
mais um senador concorrente, que é Marcos Rogério (PL-Ji-Paraná). Dos
vice-governadores que assumiram o cargo de governador ou não, nenhum emplacou
como candidato ao governo do estado, mesmo sendo bem votados a Câmara dos Deputados.
A maioria se aposentou das lides políticas.
Via Direta
*** Na semana passada uma operação da
segurança pública prendeu quase 40 foras da lei, a maioria foragidos do sistema
penal na capital rondoniense envolvidos em crimes das facções criminosas que
aterrorizam os complexos habitacionais Orgulho do Madeira e Morar Melhor *** É tanto foragido,
tantos mandados de prisão emitidos pela justiça que seria necessário um ginásio
de esportes inteiro para abrigar os criminosos que perambulam pelas ruas de
Porto Velho *** As gráficas trabalharam
a todo pano em setembro para atender os pedidos de impressos de santinhos e
cartazes dos políticos em Porto Velho. O setor está duplicando o faturamento neste
ano *** As clinicas populares ganham espaço na capital com a cobrança de
consultas médicas mais em conta. Tanto nos bairros como na área central os
estabelecimentos do gênero estão proliferando.
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