Terça-feira, 26 de dezembro de 2023 - 08h11
Mesmo
neste país de tantos contrastes, seria ridículo alguém de esquerda falar em
implantar o “socialismo”, impraticável na atual etapa histórica do mundo, embora
a direita anuncie que o “comunismo”, impossível sem a extinção do Estado, já
existe. Seriamente, a única batalha ideológica real é travada pelos liberais
conservadores contra os liberais nos costumes.
Longe
da discussão estéril sobre o inexistente socialismo, na vida real, a economia,
há um contraste perverso entre as riquezas presentes em uma região e a situação
de pobreza dos povos que a habitam. A região do Coari (AM) é um exemplo. Tida
como a “Dubai brasileira” pela presença de petróleo e gás em seu subsolo, a
exploração desses recursos na área é praticada há quase meio século, mas falta
remédios na farmácia básica, a merenda escolar só dá para quinze dias, o
desemprego é alto e a insegurança reina.
Há
40 anos, quando se anunciava a exploração forte do petróleo no Brasil, o ouro
negro foi anunciado como o elo que uniria o Brasil ao Primeiro Mundo. Agora, às
vésperas de deslanchar a bioeconomia, é preciso criar mecanismos que evitem a
dolorosa reversão de expectativas da “Dubai brasileira”, cujo povo é mais pobre
que o de muitas cidades do grotão verde-amarelo.
Como
não há nenhum “socialismo” à vista, trata-se apenas de enfrentar as
perversidades e distorções que mantêm a pobreza mesmo onde carências extremas
sequer têm motivo para existir.
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Lula escalando
Ao
mesmo tempo em que o presidente Lula se preocupa com as últimas derrotas em
Rondônia, Acre e Amazonas para os conservadores, busca alianças na região para melhorar
seu poder de fogo na região nas eleições gerais de 2026. No Acre, com poucas
chances de conquistar o governo estadual, o PT está escalando o ex-governador
Jorge Viana para uma das duas vagas ao Senado. Tratando-se de Rondônia, onde o
PT se apequenou depois de tanto apanhar dos conservadores, a preferência recai
sobre o senador Confúcio Moura (MDB) para disputar o governo estadual.
As movimentações
Por
falar em disputas futuras, como a sucessão do governador Marcos Rocha em Rondônia
já se fala nos pretendentes: 1- O prefeito
Hildon Chaves (União Brasil) que acredita que tem 85 por cento da preferência
do eleitorado da capital 2-Senador Jaime Bagatolli (PL-Vilhena), ungido do
presidente Bolsonaro 3- Senador Confúcio Moura (MDB-Ariquemes), sendo escalado
para a disputa ao CPA pelo Planalto 4 –Ex-governador Ivo Cassol (Progressistas-Rolim
de Moura) detentor de grande aceitação
no interior. Todos já se movimentando em torno das eleições municipais de 2024
para reforçar suas paliçadas.
Porto Velho, 2024
Vejo
três nomes protagonizando a disputa pela prefeitura de Porto Velho no ano que
vem, sendo candidatos. 1- Ex-deputada federal Mariana Carvalho 2- Deputado
federal Fernando Máximo 3- Ex-deputado federal Leo Moraes. Mariana tendo o
desafio de melhorar seu desempeno no eleitorado evangélico, onde sofre alguma rejeição.
Fernando Máximo, na mesma medida, sofre forte rejeição das comunidades GLBT. 3-
Leo Moraes, como uma poderosa terceira via, já que é bem aceito em todas as
faixas de eleitorado e é muito referendado em quase todos os distritos.
Nossa polarização
Na
largada, Mariana vem com apoio do prefeito Hildon Chaves e do governador Marcos
Rocha, tornando-se, por conseguinte na favorita para a peleja. Mas nas primeiras
sondagens na capital, Fernando Máximo pontuava melhor e estava na dianteira,
formando uma polarização inicial. Para entrar no jogo, Leo Moraes vai ter que
quebrar está polarização. Por merecimento, já que é a deputada que mais ajudou
Porto Velho, campeã de destinação de recursos, o eleitor votaria em Mariana.
Por competência comprovada, já que foi o melhor vereador, melhor deputado estadual
e melhor federal nas suas gestões, Leo Moraes.
Terceiro mandato
Nas
minhas contas, se pudesse disputar um terceiro mandato, com certeza o atual
prefeito Hildon Chaves teria mais uma gestão à frente da prefeitura da capital e
o portovelhense votaria nele mais uma vez cm todo louvor. Mas não com tanta vantagem
que ele diz que tem, com 85 por cento de aprovação. Explico porque: em primeiro
lugar porque Porto Velho é uma cidade extremamente dividida e até inauguração
de WC público dá confusão. Segundo, porque ele tem uma certa rejeição do eleitorado
evangélico, e isto foi constatado no pleito de 2020, quando ele previa uma
grande vitória, mas acabou vencendo apertado a candidata dos evangélicos
Cristiane Lopes.
Via Direta
*** Com grande perda da sua população
urbana nos últimos anos, o interior (distritos) de Porto Velho, com mais de 80
mil habitantes será decisivo nas eleições municipais da capital em 2024 *** Não é à toa que a
esfera municipal, estrategicamente, está pavimentando e atendendo melhor as localidades
interioranas num trabalho reforçado pelo governador Marcos Rocha. A máquina vem
aí, é poderosa e decisiva ***
Tratando-se das eleições no interior do estado, inegavelmente a atual prefeita
Carla Redano, larga bem na reeleição em Ariquemes, assim como Adailton Fúria em
Cacoal *** Em Ji-Paraná a melhor largada é do ex-prefeito Jesualdo Pires,
na complicada Candeias do Jamari tem a dianteira o ex-deputado federal Lindomar
Garçom.
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