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Carlos Sperança

Em alguns municípios do interior o bicho pega, com oposição feroz ao poder dominante


Em alguns municípios do interior o bicho pega, com oposição feroz ao poder dominante - Gente de Opinião

O chão fala

Em meio a tantas notícias negativas sobre destruição ambiental e abusos do crime organizado, a Amazônia também vive ações positivas que merecem destaque, sem prejuízo da atenção que se deve dar à prevenção e resolução dos aspectos negativos. O que não se pode é tapar o sol com a peneira ignorando os problemas nem desprezar as boas atividades em andamento, que merecem, via divulgação, ter efeito multiplicador.

Excelente iniciativa, a expansão física e técnica do Museu de Solos da Amazônia, em Itacoatiara (AM), chama a atenção para a necessidade de ligar os assuntos humanos ao chão que todos pisam. Para o poeta Carlos Drummond de Andrade, de tanto ser pisado o solo se humaniza, mas nem sempre isso é bom, já que práticas humanas derivadas da ignorância sobre a realidade, necessidades e importância dos solos tem ao longo do tempo esgotado suas melhores capacidades produtivas.

A questão que mais intriga os “analfabetos” em assuntos da terra é se as pedras crescem. A resposta é sim, quando a erosão e a degradação dos solos fazem aparecer pontas de pedras e depois seus corpos volumosos por conta de práticas agrícolas incorretas que logo vão penalizar os próprios agricultores, causando-lhes prejuízos com a improdutividade dos solos decorrente do uso inadequado. O solo também fala: seu estudo diz muito não só a respeito do que ele é, mas também como é tratado pelos homens.

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As indefinições

Enquanto em outras capitais os candidatos a prefeito já estão definidos e se preparando para as convenções municipais de julho, em Porto Velho o cenário nublado segue prevalecendo. Afinal, o ex-deputado federal Leo Moraes (Podemos) será mesmo candidato ao Prédio do Relógio, ou será cooptado pelo governo estadual para apoiar Mariana, considerada o nome de ponteira e com as máquinas da prefeitura e do governo estadual na mão? Dos 12 nomes até agora apresentados, quantos realmente serão candidatos? Acredita-se que a metade colocou o nome para buscar uma vice honrosa.

Cabos eleitorais

Também se pergunta como vão se comportar cabos eleitorais importantes da peleja em Porto Velho. Nomes da estatura dos deputados federais Fernando Máximo (União Brasil) e Cristiane Lopes (União Brasil), o primeiro era considerado favorito na capital que ficou de fora da atual jornada e a segunda uma protagonista do último pleito no embate com o atual prefeito Hildon Chaves (PSDB). Nomes que podem influenciar em muito a situação por enquanto privilegiada da candidata Mariana Carvalho, atual líder nas pesquisas mais recentes.

Oposição feroz

Em alguns municípios do interior o bicho pega, com oposição feroz ao poder dominante. É o caso de Ariquemes, onde a prefeita Carla Redano vai à reeleição com apoio do ex-prefeito e atual deputado federal Thiago Flores e as bênçãos do seu marido, o deputado Alex Redano, ex-presidente da Assembleia Legislativa e liderança consolidada no Vale do Jamari. Lá a oposição é feroz e o vereador Fera não alivia sobre as mazelas municipais. E agora tem Amorim com sua língua ferina. Previsões de chuvas e trovoadas em Ariquemes, terceiro colégio eleitoral mais importante do estado, conhecida também como Confucionópolis.

Batata assando

Com todas as previsões meteorológicas apontando para uma seca histórica, a batata de Rondônia já está assando. O nível dos principais rios rondonienses já está descendo rapidamente, seja em Porto Velho ou no interior do estado. Rondônia que já sofreu as consequências de uma baita estiagem em 2023 está ameaçada por uma nova seca projetada como devastadora. Alguns prefeitos do interior, como é o caso de Espigão do Oeste, que foi abastecido com caminhões pipas no ano passado, já estão de barbas de molho, de olho na situação dos rios e igarapés da Região do Café e Zona da Mata.

A desistência

Ainda inelegível, o ex-prefeito de Vilhena Melki Donadon desistiu da candidatura à sucessão do prefeito Flori Cordeiro e anunciou como candidata sua mana Raquel Donadon. Donadon rejeitou aos apelos de aliados para entrar na disputa sub-judice em vista de experiências amargas de outras lideranças que acabaram se escafedendo. Já houve tempo em que Melki elegia até um poste em Vilhena, seja a prefeitura, Assembleia Legislativa ou a Câmara dos Deputados. Mas acredita-se que os tempos mudaram já que seus ungidos não têm sido bem-sucedidos nas últimas disputas eleitorais (ao Palácio os Parecis) naquele importante município.

Via Direta

*** Até agora os senadores Marcos Rogério e Jaime Bagatolli, as lideranças mais expressivas do PL em Rondônia não apresentaram seu candidato à prefeitura na capital *** Ou eles não têm cartas na manga ou esperam uma definição dos irmãos Bolsonaros, e neste caso o partido seria atrelado a postulação de Mariana Carvalho (UB) *** Não será fácil para Rogério e Bagatoli entrar no mesmo palanque dos adversários. Apoiando Mariana estariam na aliança liderada pelo “inimigo”, o governador Marcos Rocha *** De qualquer forma, o deputado Christosomo está de prontidão para assumir a candidatura da sigla, mesmo sob rejeição explicita do próprio partido

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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