Terça-feira, 11 de outubro de 2022 - 09h50
Emoções eleitorais
Nos estados que elegeram
governadores em primeiro turno as eleições perderam muito do apelo inicial, já que
além deles e do presidente o eleitor definiria o futuro do país elegendo
deputados federais e senadores. No virtual semipresidencialismo vigente, também
chamado “parlamentarismo branco”, as decisões passam obrigatoriamente pela
maioria formada no Congresso Nacional.
Houve tempo em que a maioria se
inclinava para onde o imperador Pedro II virasse ou, na República, para onde o
general-presidente apontasse, mas a Constituição de 1988 deu ao Congresso a
posição de coparticipante das ações de governo. Essa prática favorece as pautas
de união nacional e reduz as chances de aprovação de maldades impopulares.
Governante que pretenda aprovar
ações em benefício próprio, de seitas ou sócios terá que comprar votos no
Varejão, expondo-se ao crivo da oposição e da mídia. Só calando a imprensa e a
Justiça – com ditadura – seria possível passar atrocidades impopulares, pois os
parlamentares precisam enfrentar as bases e dar explicações após cada voto dado
no Congresso.
Assim, onde já não há mais emoções
para governador o mistério acabou. O presidente Jair Bolsonaro e suas ações
estão presentes na memória da população e o longo tempo em que esteve no
governo fez do ex-presidente Lula um livro aberto. A única emoção que resta é a
pergunta: vira ou não vira?
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Eleições 2022
Temos uma campanha acirrada neste
segundo turno, seja para o governo de Rondônia, com Marcos Rocha e Marcos
Rogério seja para a presidência da República com Lula e Bolsonaro. No estado,
com uma clara vantagem do presidente Bolsonaro a presidência, mas numa disputa
muito equilibrada para o Palácio Rio Madeira, sede do governo estadual, entre
os dois postulantes bolsonaristas. A composição das alianças já começou e pelo
que se sabe até agora Daniel Pereira que ficou de fora deve acompanhar Marcos
Rogério. Mas importantes lideranças do interior estão fechadas com o atual
govenador. Uma peleja imprevisível.
A representatividade
A recente eleição foi marcada pela
queda da representatividade de Porto Velho para a Assembleia Legislativa com
relação a outros pleitos passados quando já teve até um terço dos
representantes. Mesmo assim a capital comparece com a deputada estadual mais
votada, que foi Ieda Chaves (União Brasil), o deputado federal mais votado, no
caso o ex-secretário da saúde Fernando Máximo (União Brasil). A representação
da capital a Câmara dos Deputados foi mantida com quatro cadeiras, metade da
bancada. No Senado serão três representantes do interior, toda bancada. Resta
agora a capital lutar para manter o governador Marcos Rocha, com base em Porto
Velho.
A supremacia
A supremacia do interior
rondoniense, seja ao governo do estado, Assembleia Legislativa, Câmara dos Deputados
ou ao Senado, tem sido alicerçada através dos tempos por contar com mais de
dois terços do eleitorado desde o primeiro pleito geral travado em 1982.
Naquela eleição foi um senador da capital (Odacir) e dois do interior (Claudionor
Roriz-Ji-Paraná) e Galvão Modesto –Ouro Preto). Fazendo as contas sobre
eleições a govenador, também o interior tem levado a melhor com Valdir Raupp (Rolim
de Moura) José Bianco (Ji-Paraná), Ivo Cassol (Rolim de Moura, duas vezes), Confúcio
Moura (Ariquemes, duas vezes) além de Ângelo Angelim (Vilhena, nomeado). Da capital,
Jeronimo (86), Piana (90) e Marcos Rocha (2018).
As tentativas
Em mais uma tentativa de voltar a
ribalta importantes lideranças rondonienses do passado não passaram pelo teste
das urnas no pleito de 2 de outubro. A ex-Senadora Fatima Cleide, que disputou a
Câmara dos Deputados foi vítima da falta de colaboração dos seus companheiros
com votações pífias nos votos de legenda. O ex-presidente da Assembleia Legislativa
Hermínio Coelho sucumbiu perante a eleita Marcia Regina, de Ji-Paraná. Também o
ex-prefeito de Porto Velho Carlinhos Camurça (PSDB) não conseguiu votação
suficiente. No interior os ex-deputados estaduais Só na Bença (Pimenta Bueno) e
Ezequiel Junior (Machadinho) levaram pau.
Sem mistério
Ora, a necessidade faz o sapo
pular. Não existe nenhum mistério assombroso na demissão do secretário de Segurança
Hélio Pachá. Foi constatado durante a campanha da reeleição que era um quesito
dos mais reclamados da população. A bandidagem tomando conta as ruas, dos conjuntos
habitacionais, a mortandade existente nos confrontos entre as facções criminosas,
os assaltos, arrombamentos, exagerados roubos de fiação nas residência, parques
e avenidas, etc, etc. Melhorando a segurança, melhoram também as intenções de
votos, pelo menos na contabilidade dos druidas que trabalham no projeto de
reeleição do governador.
Via Direta
*** O governador Marcos Rocha anunciou o apoio de 30 dos 52 prefeitos
rondonienses ao seu projeto de reeleição *** É mais ou menos o mesmo número do primeiro turno, mas com alcaides importantes como Hildon Chaves (Porto
Velho), Esaú Fonseca (Ji-Paraná), Carla Redano (Ariquemes), ou seja nos principais
colégios eleitorais do estado *** Do
lado de Marcos Rogério já está consolidado o apoio do ex-governador Daniel Pereira
e possivelmente ex-governador Confúcio Moura que não se relaciona bem com o atual
governo *** E farejando barco furado o clã Goebel, desde Luizinho e aliados que praticavam fidelidade canina a Marcos
Rocha estão embarcando na nau oposicionista. É o amargo punhal da traição *** Os próximos dias vão mostrar quem está
recebendo mais apoio nesse estágio decisivo da campanha para o segundo turno.
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