Sexta-feira, 23 de setembro de 2022 - 08h06
A
imagem do Brasil no exterior piora a cada dia. Quando se acreditava que não
poderia piorar ainda mais, depois das anunciadas providências para reduzir
queimadas e desmatamento, uma enxurrada de novas más notícias sobre o país circula
pelo mundo. A estratégia correta dos diplomatas, de privilegiar a informação
profissional qualificada, é anulada pela gritaria contra a imprensa, como se
agredir o mensageiro dissolvesse por magia o conteúdo incômodo da mensagem.
Por
um efeito corporativista que a diplomacia conhece mas os reativos ignoram,
agredir mensageiros gera solidariedade na categoria e aumenta o fluxo de más
notícias. O Efeito Dom Phillips comprovou isso com
sobras. Diante dos prejuízos que o Brasil sofre – perde investimentos
e clientes, assusta turistas e atrai antipatias –, como conter a catarata de
más notícias?
Primeiro,
privilegiando a atitude correta da diplomacia de compreender o papel da
informação profissional, sem confrontar o mensageiro com resultados opostos ao pretendido.
Segundo, respondendo com informações precisas e fundamentadas, sem a crença maluca
de que ofender alguém vai atrair simpatia. Terceiro, quem grita insultos perde
o tempo em que poderia destacar, por exemplo, pesquisas científicas com itens
da biodiversidade amazônica com potencial para combater o câncer. Daria mais
resultados que palavrões raivosos.
................................................................................................
O favoritismo
Será
que os favoritos para as eleições 2022 em Rondônia vão ratificar esta condição
nas urnas? Nem sempre isto acontece e grandes favoritos tombaram ao longo dos
pleitos já realizados na terrinha. Nesta temporada os favoritos para galgarem o
segundo turno são o governador Marcos Rocha (União Brasil) e o senador Marcos
Rogério (Ji-Paraná). Nos últimos dias Daniel Pereira, da Frente Democrática e
Leo Moraes do Podemos mostraram alguma reação, mas para reverter esta situação,
só com um efeito manada bem caprichado. Tem novas pesquisas na semana medindo a
popularidade dos candidatos.
Frente animada
A
recente visita do ex-governador de São Paulo e vice na chapa de Lula, Geraldo
Alckmin animou a militância da Frente Democrática Brasil Esperança em Rondônia.
Alckmin é bico doce e cativou, além do empresariado, também os petistas e os comunistas
que integram a composição que tem como postulante ao governo de Rondônia o
ex-governador Daniel Pereira. Alckmin manteve bons contatos na região buscando
melhorar a aceitação de Lula em Rondônia, estado onde predominam as lideranças
do agronegócio favoráveis ao mandato e projeto de reeleição do atual presidente
Jair Messias Bolsonaro.
Apoio direto
Em
desvantagem contra os demais candidatos bolsonaristas no estado na peleja ao Senado,
o empresário Jayme Bagatolli que financiou a primeira campanha do atual presidente
em Rondônia obteve uma graça do mito. Jair Messias gravou para o horário eleitoral
pedindo votos para ele. Se a estratégia der certo os outros postulantes do
segmento, casos de Mariana Carvalho (Porto Velho) e Jaqueline Cassol
(Progressistas -Rolim de Moura) podem contabilizar prejuízos na campanha. As
próximas pesquisas podem auscultar se o prestigio obtido de Bagatolli valeu
alguma cosia.
Corrida de recuperação
Depois
de alguns percalços na campanha que foram vencidos com vitorias nas instâncias
da justiça para garantir o registro da sua candidatura, espaço no horário eleitoral,
recursos do fundo eleitoral e sua elegibilidade, o senador Acir Gurgacz
(PDT-RO) faz uma corrida de recuperação. O comando de campanha prioriza neste
momento duas regiões com eleitorados expressivos, que são Porto Velho, o maior
colégio eleitoral do estado e o Vale do Jamari onde recebeu adesões importantes
nos últimos dias. Manter a supremacia na região de Ji-Paraná foi um ponto de
partida para seu projeto de reeleição se expandir para a região do Café e Zona
da Mata.
A força de Suruí
Se
depender de prestigio internacional, o cacique Almir Suruí (PDT-Cacoal), candidato
a Câmara dos Deputados, deverá ser um dos mais votados em Rondônia nas eleições
2022. Ele tem gravações de apoio desde o Rei Charles III da Inglaterra, ao ex-presidente
dos Estados Unidos, Bill Clinton, coisa de empalidecer o apoio que Bagatolli
obteve com a gravação de apoio de uma única personalidade de expressão, qual
seja a do presidente Jair Bolsonaro. Suruí é um ativista da causa indígena e do
meio ambiente em todo o planeta e muito respeitado no âmbito da militância de
esquerda nos grandes centros.
Via Direta
*** Mesmo com expressiva oferta de
empregos em Porto Velho muitos jovens estão optando por trabalhar nos estados
do sul do País ou se transferir para os Estados Unidos, Portugal e Espanha *** A questão de
falta de segurança deve influenciar muito as opções dos jovens rondonienses já
que as facções criminosas tomaram conta das periferias nos polos regionais *** Mesmo sob fogo cerrado dos adversários,
o governador Marcos Rocha vai mantendo a pole-position na peleja da reeleição
beneficiado pela roda da economia que
funciona bem e a pratica um bolsonarismo
moderado, sem o fanatismo dos Bagatollis, Eyders, Jonhys e Crisóstomos da vida ***
Em alta, a candidata a Assembleia Legislativa Ieda Chaves, taxada de
“patricinha da terceira idade” pelos adversários, está levando bordoadas na
reta final.
Sem perdãoHá pessoas que se dizem cristãs, mas abrem caminho ao inferno ao ofender os semelhantes, esquecendo que uma das principais lições do crist
Dá pena de ver a situação a Av, 7 de setembro no centro antigo de Porto Velho
O jogo da Amazônia Em todo o mundo se tornou obrigatória a pergunta “e agora, com a eleição de Trump nos EUA?” Mao Tsé-tung disse que se os chinese
É bem provável que ocorra uma regionalização de candidaturas ao Palácio Rio Madeira
DesbranqueandoA jornalista brasileira Eliane Brum, descendente de italianos e filha de pai argentino nascida em Ijuí, Noroeste gaúcho, certo dia dec
A classe política está querendo antecipar o processo eleitoral de 2026
Tartarugas humanasO desmatamento e a piora do clima causam prejuízos generalizados aos povos amazônicos. Os que mais assustam são as perdas na agri