Domingo, 20 de outubro de 2024 - 07h45
“Nossas
florestas estão queimando, nossos rios estão secando, nossas comunidades estão
sofrendo”, lamentou em entrevista coletiva internacional o cacique Raoni
Metuktire, da etnia Kayapó, em setembro. Duas semanas depois, é o Sul que
lamenta a força dos ventos e das tempestades de água e pedras de granizo,
coincidindo com o assustador furacão Milton, que jamais havia ocorrido no Oeste
dos EUA nesta época do ano.
Não
ocorre a manipulação midiática do “sistema”, pondo a população em pânico para
reforçar o poder do Estado e enfraquecer a “liberdade” individual. Em geral, aqueles
que defendem liberdades são os mesmos que exigem mais repressão a quem
desafia... o sistema. Querem liberdade para si e contenção para os demais, em
clara contradição.
No
caso do clima, a realidade rompe as fantasias ideológicas das bolhas. Não
descerá ninguém dos céus para corrigir os desequilíbrios que levam a fenômenos
extremos repetidos a intervalos cada vez menores. Será preciso um esforço
geral, de união nacional, para corrigir os problemas infraestruturais e os
descuidos com o planejamento. As eleições, como já se viu no primeiro turno,
apenas confirmaram o poder absoluto do Centrão sobre o país. Essa força
política tem agido só para ganhar eleições e defender interesses individuais ou
de grupos, mas está na hora de começar a produzir soluções para as angústias
nacionais.
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Excelentes opções
A
poucos dias do segundo turno em Porto Velho, é importante dizer que a capital
tem duas grandes opções para votar e a alternativa que seja será a população a
grande beneficiada. Senão vejamos: ganhando Mariana teremos a sequência de boas
administrações do atual prefeito Hildon Chaves. Com Leo Moraes vitorioso,
teremos um prefeito voltado a eficiência. Ele foi o melhor vereador da sua legislatura,
foi igualmente o melhor deputado estadual e o melhor parlamentar federal nos
seus mandatos. Seja quem for o eleito, a capital estará muito bem servida.
Eleições 2024
Mas
o que seria impensável até poucas semanas está acontecendo. Como os ex-prefeitos
Roberto Sobrinho e Hildon Chaves, beneficiados por efeitos manadas, se elegeram
no passado, o candidato da oposição em Porto Velho neste segundo turno, Leo Moraes
(Podemos) ameaça seguir o mesmo caminho. O que se falava até o início do
outubro era que Mariana Carvalho (União Brasil) seria eleita em primeiro turno,
no segundo turno teria uma grande vantagem sobre oponente, mas o que se vê é o
representante da oposição emparelhar a peleja e entrar na reta final em curva
ascendente. Trocando em miúdos, o candidato em curva ascendente passa a ser
favorito agora.
Busca dos indecisos
Para
tentar reverter um fenomenal vexame político histórico em Porto Velho, os
governistas que sustentam a candidatura de Mariana Carvalho (União) concentram
suas expectativas nos votos dos indecisos, num percentual que chega a quase 30
por cento. Se de fato, o prefeito Hildon Chaves, o governador Marcos Rocha, o presidente
da Assembleia Legislativa Marcelo Cruz conseguirem a proeza de interromper a sequência
do efeito manada em favor de Leo e garantir está multidão de indecisos para
Mariana, eles viram o jogo. Mas nesta altura do campeonato é uma tarefa difícil.
Considerando eventos políticos semelhantes, esta onda Leo deve prevalecer.
Últimos debates
Com
um pacto de não agressão, celebrado de interesse mutuo, no debate do SBT o
confronto entre os candidatos Mariana Carvalho (União) e Leo Moraes (Podemos)
foi ameno. Já, o debate da SIC TV foi empolgante, no sábado à noite. A
meiguinha Mariana se transformou numa leoa feroz de garras afiadas. Ainda tem
um último embate, a se realizar na TV Rondônia, na próxima sexta-feira, considerado
decisivo para o destino dos candidatos. É do interesse de Leo Moraes agora catimbar
o jogo, levar na maciota as coisas. Nos bastidores ele recebe um bombardeio de
bordoadas dos chapas brancas. O tenso debate da SIC TV sinalizou acirramento
nos últimos dias de campanha.
Jogo de estratégia
Os
chapas brancas acertaram na estratégia do debate da SIC TV com uma Mariana mais
combativa. Foi seu melhor debate e enfrentou Leo em igualdade de condições,
algumas vezes surpreendendo o antagonista. No entanto, faltou uma bala de prata
para reverter a curva ascendente do adversário nesta reta final. Já se sabe
nesta altura do campeonato que Leo teria feito a ultrapassagem e o próprio
comportamento mais agressivo da candidata Mariana no debate televisivo foi um
indicio da desvantagem. A necessidade faz o sapo pular e com certeza Mariana
virá para o confronto da TV Rondônia armada até os dentes. Os alquimistas
chapas brancas devem estar preparando com esmero uma bala de prata para o
inimigo.
Os evangélicos
Nesta
virada em andamento (estou dando isso como favas contadas) de Leo Moraes,
temperada com um este baita efeito manada que os institutos de pesquisas não conseguiram
identificar- e que este colunista tem alertado há pelo menos duas semanas- os
evangélicos têm assumido um papel importante. Os políticos do segmento - que
são muitos – se posicionaram alinhados a candidatura governista, ficando contra
as suas bases. Contas serão ajustadas com os deputados estaduais e federais
evangélicos nas eleições de 2026. A cobrança já começou: Cristiane não
conseguiu eleger nem um parente a vereador, com votação precária.
Uma tendência
Porto
Velho apresenta a incrível tendência de viradas históricas, de efeitos manadas,
de grandes favoritos tombando. E de eleger ex-deputados federais a frente do
Paço Municipal. No pleito deste ano, começou como grande favorito Fernando
Máximo tombando frente as articulações dos adversários, não conseguiu registrar
candidatura. Por aqui, também o raio cai no mesmo lugar duas ou três vezes.
Numa disputa com Garçom a prefeitura de Porto Velho Mauro Nazif descontou no segundo
turno uma diferença de quase vinte pontos. Leo, neste momento, já descontou a
diferença com relação ao primeiro turno, quebrando a supremacia e o favoritismo
que era absoluto de Mariana.
Via Direta
*** Se tem eleição de entidade que
envolve a população em Porto Velho é a da OAB. No pleito deste ano teremos duas
chapas, uma da situação, com Márcio Nogueira, outra e oposição de Eurico
Montenegro Neto ***
Em eleição da OAB o pau atora, come solto. Os candidatos não são de aliviar e
quem ganha se projeta politicamente para conquistar cargos importantes na vida
pública rondoniense. O nome do vitorioso repercute em todo o estado *** Que tal um debate entre eles? Proporcionaria
boa audiência para as emissoras. Será que os candidatos concordam? *** Voltando
as eleições 2024: será que os prejudicados não perceberam ainda o brutal punhal
da traição em andamento?
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