Terça-feira, 22 de outubro de 2024 - 08h08
Enquanto
os EUA demonstram na prática o desastre da polarização “nós contra eles”, com
tiroteios, fake news e estímulo a guerras desmoralizando o país e o
enfraquecendo perante o mundo, a China, mesmo sofrendo com as crises da época,
cresce continuamente e celebra parcerias por todo o mundo, de tal forma que os
governos nacionais precisam ampliar acordos com o país oriental para se manter
equilibrados na confusa situação mundial.
O
ex-presidente Jair Bolsonaro atacava a China de promover uma “guerra biológica”,
e por pressão do agro teve que frear a língua. Há pouco, depois de raivosos
ataques à China, o presidente argentino Javier Milei recuou, envergonhado,
aceitando se submeter aos ditames da China para não asfixiar o próprio povo.
O
Brasil voltou a ter ótimas relações com a China, mas não pode se comportar com
ela como o embaixador Juracy Magalhães ao dizer: “O que é bom para os Estados
Unidos é bom para o Brasil”. Só será bom se atender aos interesses dos dois
países sem prejudicar terceiros, nunca por submissão automática.
A presença
da China na Amazônia é favorável, mas vale notar que o empresariado chinês é o
mais capitalista do mundo, sem valorizar regulamentações e controles. Nesse
caso, há riscos de dependência e monopolização de segmentos do mercado, segundo
o professor Jorge Lasmar, da PUC-MG. Cuidados e controles farão bem a todos.
Quem descuidou está pagando por isso
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Custo de vida
O
custo de vida deu um salto em Porto Velho nos últimos dias. Além do preço da
gasolina que subiu devido a questão do transporte terrestre em razão da crise
hídrica nos rios, hortifrutigranjeiros estão mais caros nos supermercados, da cenoura
a banana, do tomate a batatinha. A maior parte das frutas e legumes são
procedentes do Ceasa de São Paulo. Mas o portovelhense também consome melancia
de Goiás, banana de Minas Gerais e Bahia, moranguinhos catarinenses, ovos
mato-grossenses. O cinturão verde de Porto Velho não produz o suficiente para atender
as demandas da população de 515 habitantes.
Terras caídas
O fenômeno
das terras caídas no período da vazante dos rios amazônicos causa graves prejuízos
aos municípios amazonenses e paraenses nesta temporada. O maior desabamento de
barrancos ocorreu em Manacapuru, município situado na região metropolitana de
Manaus. Porto Velho já assistiu muitas tragédias desta natureza. Lembro de uma
delas ocorrida as margens do Rio Madeira na região do Belmont, com várias
carretas desabando Rio Madeira abaixo com algumas casas e barracões juntos. Na
zona ribeirinha de Calama é comum este fenômeno causado pela infiltração das
águas nos barrancos.
Punhal da traição
O deputado federal Coronel Chrisostomo e seu
grupo político (PL) anunciaram rompimento com a candidatura de Mariana Carvalho
(União Brasil. Foi uma atitude isolada, já que o vice da candidata governista
pastor Valteir segue como aliado de Mariana Carvalho, Chrisostomo, na verdade, nunca
foi Mariana, e recordo que na eleição anterior, que Mari disputou uma cadeira ao
Senado, o parlamentar hostilizou a candidata. Por conseguinte, é um traíra a menos para
incomodar o comando de campanha.
Eleições 2024
A
poucos dias do segundo turno na capital, os dois candidatos aceleram o passo
visando o pódio nas eleições municiais no próximo domingo, dia 27. As pesquisas que indicavam um equilíbrio devem
retratar um outro momento, agora favorável a oposição. A mobilização é grande
dos dois lados e Mariana ostenta maior estrutura com suas formiguinhas nos
principais cruzamentos. Por sua vez Leo Moraes é reforçado agora pelo corpo a corpo
do deputado federal Fernando Máximo O parlamentar também foi decisivo na conquista
de numa virada dos evangélicos a favor do candidato oposicionista. A campanha
está fervendo.
Favoritos tombando
O
histórico de eleições quando existe efeito manada em movimento em Rondônia,
como é o caso deste segundo turno na capital, é dos favoritos tombarem diante
de reviravoltas. Grandes viradas já ocorreram, as mais lembradas são as dos
prefeitos eleitos e reeleitos Roberto Sobrinho e Hildon Chaves. No entanto,
Carlinhos Camurça também virou em cima do então líder das pesquisas na época
Everton Leoni e Mauro Nazif, mesmo indo para o segundo turno com uma diferença
de quase 20 pontos, derrubou Lindomar Garçom. Se Mariana for derrotada neste domingo
será mais uma vítima dos efeitos manadas. Se vencer o adversário estará quebrando
um tabu contra os efeitos manadas e a tendência dos favoritos levar pau na
moleira nestas bandas.
Começou assim
A
jornada 2024 na busca do Paço Municipal em Porto Velho já começou derrubando
favoritos. Lembram? O grande favorito a eleição deste ano era o deputado
federal Fernando Máximo (União Brasil). Objeto de uma rasteira no seu próprio
partido, Máximo foi tirado fora da jogada. Acreditava-se que até tinha sido
cooptado pelos adversários, mas isto se viu depois que não era verdade. Acabou
aderindo ao candidato da oposição Leo Moraes (Podemos) nesta reta final com grande
empenho e dedicação para derrubar a postulante chapa branca Mariana Carvalho.
É coisa de louco!
Quando
afirmo que o governo estadual está rachado ao meio nestas eleições na capital
me taxam de linguarudo. Mas vejam, só: porque os governistas, que são donos do
União Brasil permitem Fernando Máximo comandar a campanha do adversário, na
oposição, Leo Moraes? Era só comunicar oficialmente ao rebelde que seria punido
com a perda do mandato por desobediência partidária. Quando afirmo que existe
efeito manada a favor de Leo Moraes, reclamam que estou inventando. Mas em política
não se chuta cachorro morto, tampouco se acende vela para defunto ruim. Leo está
sendo bombardeado com artilharia pesada, com fakes, pesquisas fajutas etc. Só
se faz isto quando o candidato está em vantagem.
Via Direta
***As facções criminosas estão de asas
crescidas em Porto Velho e Rondônia. Problemas à vista, porque se infiltraram
na política. Elas têm vereadores e lideranças, inclusive deputados a seu
serviço. ***
Eleições 2024: Mariana Carvalho vem com desvantagem com seu oponente Leo Moraes
no segundo turno com relação a sua taxa de rejeição. É bem maior do que o
índice do candidato oposicionista *** A
vantagem dos chapas brancas é uma aliança de 14 partidos para tentar virar uma
situação já desfavorável *** Muitos punhais da traição sendo empunhados
pelos traíras neste final de campanha***
Nada muito diferente de eleições anteriores, porque quando um candidato
desanda, a debandada é enorme.
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