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Carlos Sperança

Pastagem acidentada + Bala de prata + Fórmula da reeleição + O clã Neiva


Pastagem acidentada + Bala de prata + Fórmula da reeleição + O clã Neiva - Gente de Opinião

Pastagem acidentada

Atividade com o duplo e precioso propósito de contribuir com a amenização do clima e melhorar a deplorável imagem que o Brasil ainda tem no exterior, a expansão das áreas com pastagens degradadas já foi um problema, mas agora, com a intervenção da ciência, marcha para o novo status de solução.

Problema que ocupa uma extensíssima área, cobrindo ao redor de dez por cento do território nacional – cerca de 80 milhões de hectares –, as pastagens degradadas mereceram um minucioso estudo feito pelo Observatório de Conhecimento e Inovação em Bioeconomia da Fundação Getúlio Vargas. Ele põe na mesa as cartas capazes de transformá-lo na melhor solução: aquela em que o esforço empregado não só resolve o problema como também resulta em ganhos compensadores.

De acordo com a pesquisa, recuperar todas as áreas de pastagem com degradação vai exigir um valor próximo de R$ 400 bilhões, também um número enorme, compatível com a extensão e a seriedade do problema. Um valor tão alto que equivale a todo o movimento estimado pelo conjunto das cooperativas agropecuárias brasileiras em 2022.

A ótima notícia que o estudo traz é que os ganhos resultantes da aplicação das tecnologias de recuperação de pastagens degradadas serão compensadores. Mais que consertar o carro depois da trombada, será como trocá-lo por um carro novo.

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Bala de prata

Se constata já na antevéspera da eleição ao segundo turno para o governo de Rondônia, que não ocorreu nenhuma “bala de prata”, aquela articulação certeira para abater o concorrente. É fato que tantas pesquisas fraudadas foram divulgadas, calunias foram assacadas pelos dois lados, planos cebolinhas foram lançados, mas nenhum fato capaz de alterar o quadro vigente. Em Rondônia como se sabe temos nos últimos dias de campanha o chamado “efeito manada”, podendo se voltar a favor ou contra o favorito na peleja 2022. Assim o próprio Rocha foi eleito no pleito passado e agora é ameaçado pelo mesmo fenômeno.

O efeito manada

O que pode acontecer num efeito manada na eleição em Rondônia? Sendo favorável ao governador Marcos Rocha, ele leva mais quatro anos de poleiro no Palácio Rio Madeira e terá muitos motivos para comemorar já que neste momento o confronto está osso. Havendo este efeito que arrasta multidões em favor de Marcos Rogério, será uma baita derrota do governador que aí está e que tem lutado bravamente nas ruas. Rocha tem uma administração eficiente, de resultados positivos na economia, mas com falhas na saúde e segurança que diga-se de passagem, até os antecessores que se reelegeram tiveram.

Formula da reeleição

O governador Marcos Rocha aplicou bem a formula da reeleição para este pleito usada pelos ex-governadores Ivo Cassol e Confúcio Moura. Pagamento rigorosamente em dia dos servidores, dos fornecedores e programas sociais e de infraestrutura bem-sucedidos o que levou a angariar o apoio do municipalismo em peso.  Teve o melhor crescimento do PIB dos estados e aliados bem avaliados. Não é pouco. Mas falhou na articulação política, perdendo os debates para oponente e na formação da sua chapa totalmente constituída por políticos da capital, sem prestigiar o interior com eleitorado majoritário.

A conspiração

Relatam-se fatos conspirando a favor Rogério. Querem ver? Com Ivo Cassol na parada ele sequer galgaria o segundo turno. Rogério nem queria ser candidato ao governo. Aspirava ser um ministro e levou um pé de Bolsonaro. Daí pugnou pela liderança do governo no Senado e levou outro pé. Na luta pelo União Brasil levou um pé dos bolsonaros e outro do governador Marcos Rocha. Era quase um sem teto, quando pintou o PL, de número 22, o número do presidente e aí mudou tudo. Para piorar as coisa o partido de Rocha, o União Brasil é 44, lançou Soraya a presidente descendo a lenha em Bolsonaro. E nos debates a coisa desandou.

O clã Neiva

Glória ao novo cacique do Cone Sul Ezequiel Neiva de Carvalho, até então o patinho feio entre os caciques dos clãs Donadons e Goebels. Senão vejamos, ele foi o deputado estadual mais votado que Rosangela Donadon e Luizinho Goebel na região. Seu candidato a federal, o filho Wiveslando deu uma peia nos candidatos Rosani (do clã Donadon) e Evandro Padovani (clã Goebel), fazendo com isto o clã Neiva de Carvalho, o mais representativo na região. Que sova na concorrência! Logo logo, ele  cria asas para conquistar a prefeitura de Vilhena também.

Via Direta

*** O rondoniense mais atento as articulações políticas acompanharam as movimentações dos ex-governadores Confúcio Moura e Valdir Raupp ao longo da campanha 2022 *** Confúcio cogitado para disputar o governo estadual e Raupp para uma cadeira ao Senado *** Políticos experientes, eles percorreram o estado e constataram que a onda bolsonarista era muito forte e decidiram ficar de fora do pleito. E aqueles que não pesquisaram e ficaram contra a onda bolsonarista se ferraram *** Alguns políticos chegaram a fingir que eram bolsonaristas nesta temporada para se dar bem *** Trocando de saco para mala: Com tantos militares e delegados eleitos em 2022 a Assembleia Legislativa e a Câmara dos Deputados, pode rolar até uma decantação positiva da representatividade política rondoniense nos próximos ano.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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