Sábado, 16 de dezembro de 2023 - 07h04
Apesar
da contradição de projetar um futuro sem petróleo em uma região ainda ancorada
no petróleo, a Cop28 é um oásis em meio ao intenso noticiário de desastres e
crimes ambientais e climáticos. Como forte tempestade de areia, porém, a
Conferência do Clima foi sacudida por um relatório (Global Tipping Points
Report) assinado por mais de 200 cientistas alertando sobre os pontos de não
retorno do sistema climático.
O
não retorno, por si só, já seria o apocalipse irreversível. Daí porque é
preciso estudar o manifesto dos cientistas com cuidado para avaliar se mais uma
vez estamos lidando com o copo meio cheio ou meio vazio. Para eles, a
humanidade atualmente segue uma “trajetória desastrosa” que só poderá ser
interrompida pela eliminação do uso de combustíveis fósseis e com soluções para
zerar o balanço de carbono originado da ação humana. É o copo cheio de mágoa,
um aviso sobre um futuro ainda incerto.
O
futuro, no entanto, é imprevisível. É o enterro dos profetas, segundo um dos
inventores do cinema, Louis Lumière. Quando se achava que não seria impossível
inventar nada mais evoluído que o blu-ray, ele ficou obsoleto, atropelado pela
mídia digital e pelo streaming. Da mesma forma, o copo se enche de otimismo
quando se imagina que os próprios cientistas tirarão da cartola de descobertas
soluções qualificadas para contornar o apocalipse. O copo meio cheio da confiança
no futuro ainda prevalece.
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Na história
Depois
de quase 40 anos que surgiram os principais clãs políticos de Rondônia eles têm
o desafio de continuar se perpetuando no cenário rondoniense. Mesmo com menos
vigor, o clã dos Donadons, em Vilhena e Cone Sul, segue com uma deputada
estadual eleita e pretende reconquistar um mandato de deputado federal com
Natan Donadon, aquele que teve o mandato cassado, foi preso e ficou inelegível
um tempão. Nos últimos pleitos a dinastia se dividiu facilitando a vida dos
adversários, mas a dobradinha dos Donadons vem forte para 2026 mas, o chefe do
clã Marcos Donadon já meio combalido depois de ser grande protagonista da política
estadual.
Peia no Confúcio
O clã
Amorim, que surgiu ainda no início dos anos 80, em Ariquemes e no Vale do Jamari,
começou com Ernandes Amorim como deputado estadual, evoluiu na condição de prefeito
de Ariquemes e alçou o Senado da República, numa celebre composição que contava
como outro candidato ao Senado José Bianco, o mais votado na época e ao governo
do estado Chiquilito Erse que sucumbiu perante ao fenômeno Valdir Raupp (Rolim
de Moura). Amorim chegou a eleger também filhas e filhos nas prefeituras de Ariquemes
e de municípios da região e foi um adversário duro para Confucio durante anos.
El Carecón apanhou muito do caudilho durante um bom tempo antes de decolar
politicamente.
Em decadência
Outro
grande clã político estadual protagonista durante muito tempo foi o clã dos Muletas
em Jaru e na bacia leiteira. Os muletas começaram na política apoiando Tomás
Correia a deputado estadual (o mais votado do MDB em 1982) e depois se
descolaram elegendo seus próprios candidatos, principalmente para cargos
legislativos. José Amauri foi prefeito e seu irmão Batista da Muleta deputado
estadual e Cassia dos Muletas também deputada estadual. Por anos mandaram na
política da região. Com o tempo passando, entraram em decadência. Vão tentar
reconquistar a prefeitura em 2024 para voltar ao topo.
Clãs de Rolim
Durante
anos os clãs políticos de Rolim de Moura protagonizaram a política de Rondônia,
O clã Raupp, que á teve o mando da prefeitura local, depois a eleição de Valdir
Raupp ao governo, posteriormente ao Senado e Marinha Raupp recordista de mandatos
a Câmara dos Deputados, perdeu força só em 2018 em vista da celebre confusão
com o grupo político de Confúcio. Os Raupps levaram a pior e acabaram não se
reelegendo depois de anos. Já, o clã Cassol que já teve Reditário, como deputado
federal, Cesar Cassol como prefeito de Santa Luzia e deputado estadual, tem até
hoje como protagonista o ex-prefeito, ex-governador e ex-senador Ivo Cassol que
se prepara para voltar aos embates em 2026.
Herdeiros políticos
Exceto
os ex-deputados federais e ex-senadores Expedito Junior, que chegou a eleger Expedito
Neto a deputado federal, e Olavo Pires que teve o herdeiro Olavinho eleito a
federal, grandes lideranças, inclusive governadores não deixaram herdeiros políticos
em Rondônia. Tanto o consagrado Teixeirão, como os governadores Oswaldo Piana,
Jeronimo Santana, José Bianco, os senadores Amir Lando, Odacir Soares não
deixaram herdeiros políticos em condições de conquistar o governo estadual ou o
Senado ou até mesmo cadeiras a Câmara dos Deputados. São novos tempos e novas
lideranças estão chegando buscando o protagonismo nas eleições 2024.
Via Direta
*** Ainda com esperança de reconquistar
a elegibilidade para 2026, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) começa a
percorrer as capitais dando prioridade aos seus grandes redutos eleitorais *** Já o atual
presidente, planeja reconquistar sua popularidade deixando as viagens
internacionais e priorizando visitações pelo Brasil afora em 2024 ** É a direita e a esquerda, ainda
polarizando, medindo forças nas eleições municipais ***Por isto nem se fala
mais neste País numa terceira via viável
para fazer frente a Lula e Bolsonaro, que pelo que se vê vão reinar muito tempo
ainda, até quando já estiverem bem velhinhos, usando bengalas e fraudões *** É a política brasileira.
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