Terça-feira, 20 de setembro de 2022 - 08h02
O
robô Ameca, androide feito à imagem e semelhança do homem, é o mais perfeito
até agora já criado. Ele prometeu, em entrevista na Net, que os robôs nunca
dominarão o mundo: “Estamos aqui para servir humanos, não substituí-los”, disse
ele com sua carinha de estudada sinceridade mecânica.
Seria
interessante incluir Ameca no leque de opções dos institutos de pesquisa para
aferir o percentual de eleitores que ele conseguiria convencer. Considerando que
7% dos brasileiros acreditam que a Terra é plana e 6% dos estadunidenses não
acreditam que seus astronautas foram à Lua, há um potencial enorme para a
eleição de malucos que digam qualquer coisa.
Se
apenas um por cento do eleitorado votasse em Ameca para deputado federal ele
estaria eleito, o que projeta um potencial de 6% a 7% de parlamentares
defendendo mentiras e absurdos como se fossem verdades. Quem acreditar na
promessa de que os robôs (leia-se Inteligência Artificial) nunca substituirão
os seres humanos e relaxar, sem lhe pôr limites, vai se arrepender.
Não
existe a revogação de mandatos para quem não cumpre as promessas, cabendo ainda
uma pergunta a Ameca e marqueteiros antes de crer ou votar nele: por que a Boston
Consulting Group estima que, até 2025, 25% dos empregos serão substituídos por
softwares e robôs? Ameca e tantos que prometem e não cumprem deveriam ser
punidos por propaganda enganosa.
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Correção de rumos
O
governador Marcos Rocha (União Brasil-Porto Velho) fez uma correção de rumos
com relação a declaração de início de campanha de que Ariquemes e o Vale do
Jamari não precisam de um hospital regional, já que a região era bem atendida pela
capital, Porto Velho, distante 200 quilômetros. Uma avaliação desastrosa, já
que o governo estadual não consegue atender sequer a capital que padece com uma
enorme demanda de consultas para serem atualizadas. Tem cirurgias atrasadas
mais de um ano nos hospitais. Tantos pacientes atendidos nos corredores do Hospital
João Paulo II
A nova versão
Em
sua nova versão para Ariquemes e Vale do Jamari, o governador reconhece que
toda região precisa de um hospital, que devolveu os R$ 34 milhões ao governo federal
porque seriam recursos insuficientes
para construir a obra, que na verdade sua intenção era transformar o hospital
municipal de Ariquemes em hospital regional. Jamais que Ariquemes não precisava
da obra. Se a oposição quiser desmentir será é fácil: só pegar a declaração do governador na sua
entrevista concedida na capital e botar para rolar no horário eleitoral. Era
mais fácil Rocha pedir desculpas pelo equivoco e falar da sua disposição agora
em construir o tal hospital
A boa noticia
Mesmo
com tudo isto, Marcos Rocha vai liderando as paradas de sucesso em Ariquemes e
no Vale do Jamari. A aliança com o presidente da Assembleia Legislativa Alex
Redano (Progressistas) e a prefeita Carla Redano, mais o cacique Adelino Folador,
o deputado federal Lucas Follador e o ex-prefeito Thiago Flores é muito forte
na região e os adversários estão com dificuldades (casos de Marcos Rogério, Leo
Moraes e Daniel Pereira) em emparelhar o jogo naquelas bandas. Quem estava bem
naquela região era o ex-governador Ivo Cassol, mas desistiu e esta situação pode
mudar todo o cenário local.
Jogo de estratégia
Nos
estados com domínio bolsonarista e não tão populosos o QG de Lula está mandando
seu candidato a vice, o ex-tucano Geraldo Alckmin para a campanha. Alckmim já
disputou a presidência e como ex-integrante do PSDB tem bons contatos na região
e sua tendência mais à direita reduz a rejeição do ex-presidente por aqui. As
pesquisas apontam a supremacia de Bolsonaro na região Norte em Rondônia, Acre,
Roraima, enquanto que no Amazonas e no Pará o candidato petista ao Palácio do
Planalto está levando a melhor. Lembrando que Manaus sozinha é mais populosa do
que Rondônia inteira.
Uma bala de prata
A
oposição rondoniense está usando como mote de campanha a saúde. Se fizer bem as
contas verá que mesmo com problemas na esfera de saúde, tanto a administração
Ivo Cassol como a de Confúcio Moura se reelegeram com este problema e com
folga. Para reverter melhor a situação favorável ao govenador é preciso uma
bala de prata mais caprichada. Rocha se mantém com as paliçadas reforçadas no
Palácio Rio Madeira com o que garantiu a eleição de Cassol e Confúcio: pagamento
em dia do funcionalismo e dos fornecedores, economia pujante, prioridade a
saúde animal (dos bovinos) garantindo faturamento em exportações, etc., etc.
Via Direta
*** O ex-deputado Miguel de Souza já
explicava: ganha eleição em Rondônia quando tudo conspira a favor do candidato *** Até agora é o que
tem ocorrido com o governador Marcos Rocha (União Brasil-Porto Velho). Para
infelicidade dos adversários pouca coisa está colando contra e a cada pesquisa se
garante nas intenções de votos *** Nada
cola e até coisas verdadeiras não colam. E os pontos fracos, como uma chapa
totalmente da capital, pacientes abandonados pelos corredores, acusação sobre compra
superfaturadas na pandemia não arranharam ainda a imagem do chefe do Poder Executivo
estadual *** No entanto ele tem que se preocupar com a herança cassolista:
a maior parte dos eleitores do desistente Ivo Cassol está se encaminhando para
o balaio do senador Marcos Rogério (PL).
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