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Carlos Sperança

Promessas vãs + Marcos Rocha vai liderando + Jogo de estratégia + Uma bala de prata


Promessas vãs + Marcos Rocha vai liderando + Jogo de estratégia + Uma bala de prata - Gente de Opinião

Promessas vãs

O robô Ameca, androide feito à imagem e semelhança do homem, é o mais perfeito até agora já criado. Ele prometeu, em entrevista na Net, que os robôs nunca dominarão o mundo: “Estamos aqui para servir humanos, não substituí-los”, disse ele com sua carinha de estudada sinceridade mecânica.

Seria interessante incluir Ameca no leque de opções dos institutos de pesquisa para aferir o percentual de eleitores que ele conseguiria convencer. Considerando que 7% dos brasileiros acreditam que a Terra é plana e 6% dos estadunidenses não acreditam que seus astronautas foram à Lua, há um potencial enorme para a eleição de malucos que digam qualquer coisa.

Se apenas um por cento do eleitorado votasse em Ameca para deputado federal ele estaria eleito, o que projeta um potencial de 6% a 7% de parlamentares defendendo mentiras e absurdos como se fossem verdades. Quem acreditar na promessa de que os robôs (leia-se Inteligência Artificial) nunca substituirão os seres humanos e relaxar, sem lhe pôr limites, vai se arrepender.

Não existe a revogação de mandatos para quem não cumpre as promessas, cabendo ainda uma pergunta a Ameca e marqueteiros antes de crer ou votar nele: por que a Boston Consulting Group estima que, até 2025, 25% dos empregos serão substituídos por softwares e robôs? Ameca e tantos que prometem e não cumprem deveriam ser punidos por propaganda enganosa.

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Correção de rumos

O governador Marcos Rocha (União Brasil-Porto Velho) fez uma correção de rumos com relação a declaração de início de campanha de que Ariquemes e o Vale do Jamari não precisam de um hospital regional, já que a região era bem atendida pela capital, Porto Velho, distante 200 quilômetros. Uma avaliação desastrosa, já que o governo estadual não consegue atender sequer a capital que padece com uma enorme demanda de consultas para serem atualizadas. Tem cirurgias atrasadas mais de um ano nos hospitais. Tantos pacientes atendidos nos corredores do Hospital João Paulo II

A nova versão

Em sua nova versão para Ariquemes e Vale do Jamari, o governador reconhece que toda região precisa de um hospital, que devolveu os R$ 34 milhões ao governo federal porque seriam   recursos insuficientes para construir a obra, que na verdade sua intenção era transformar o hospital municipal de Ariquemes em hospital regional. Jamais que Ariquemes não precisava da obra. Se a oposição quiser desmentir será é fácil:  só pegar a declaração do governador na sua entrevista concedida na capital e botar para rolar no horário eleitoral. Era mais fácil Rocha pedir desculpas pelo equivoco e falar da sua disposição agora em construir o tal hospital

A boa noticia

Mesmo com tudo isto, Marcos Rocha vai liderando as paradas de sucesso em Ariquemes e no Vale do Jamari. A aliança com o presidente da Assembleia Legislativa Alex Redano (Progressistas) e a prefeita Carla Redano, mais o cacique Adelino Folador, o deputado federal Lucas Follador e o ex-prefeito Thiago Flores é muito forte na região e os adversários estão com dificuldades (casos de Marcos Rogério, Leo Moraes e Daniel Pereira) em emparelhar o jogo naquelas bandas. Quem estava bem naquela região era o ex-governador Ivo Cassol, mas desistiu e esta situação pode mudar todo o cenário local.

Jogo de estratégia

Nos estados com domínio bolsonarista e não tão populosos o QG de Lula está mandando seu candidato a vice, o ex-tucano Geraldo Alckmin para a campanha. Alckmim já disputou a presidência e como ex-integrante do PSDB tem bons contatos na região e sua tendência mais à direita reduz a rejeição do ex-presidente por aqui. As pesquisas apontam a supremacia de Bolsonaro na região Norte em Rondônia, Acre, Roraima, enquanto que no Amazonas e no Pará o candidato petista ao Palácio do Planalto está levando a melhor. Lembrando que Manaus sozinha é mais populosa do que Rondônia inteira.

Uma bala de prata

A oposição rondoniense está usando como mote de campanha a saúde. Se fizer bem as contas verá que mesmo com problemas na esfera de saúde, tanto a administração Ivo Cassol como a de Confúcio Moura se reelegeram com este problema e com folga. Para reverter melhor a situação favorável ao govenador é preciso uma bala de prata mais caprichada. Rocha se mantém com as paliçadas reforçadas no Palácio Rio Madeira com o que garantiu a eleição de Cassol e Confúcio: pagamento em dia do funcionalismo e dos fornecedores, economia pujante, prioridade a saúde animal (dos bovinos) garantindo faturamento em exportações, etc., etc.

Via Direta

*** O ex-deputado Miguel de Souza já explicava: ganha eleição em Rondônia quando tudo conspira a favor do candidato *** Até agora é o que tem ocorrido com o governador Marcos Rocha (União Brasil-Porto Velho). Para infelicidade dos adversários pouca coisa está colando contra e a cada pesquisa se garante nas intenções de votos *** Nada cola e até coisas verdadeiras não colam. E os pontos fracos, como uma chapa totalmente da capital, pacientes abandonados pelos corredores, acusação sobre compra superfaturadas na pandemia não arranharam ainda a imagem do chefe do Poder Executivo estadual *** No entanto ele tem que se preocupar com a herança cassolista: a maior parte dos eleitores do desistente Ivo Cassol está se encaminhando para o balaio do senador Marcos Rogério (PL).

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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