Quinta-feira, 20 de outubro de 2022 - 11h11
Reinventar o Brasil
Em
apreciado artigo na revista portuguesa Veredas,
o professor Berthold Zilly, da Universidade Livre de Berlim, atribuiu ao livro Os Sertões, de Euclides da Cunha, a
“reinvenção do Brasil”. Há pouco, em magnífica entrevista a O Estado de S.
Paulo, o empresário Denis Minev, da rede Bemol, disse esperar que a Amazônia “seja
o lugar onde o Brasil se reinvente, onde possamos voltar a pensar grande”.
Jogado
atualmente em posição de “pária” no contexto internacional, com doenças em
expansão, pobreza aumentando, carestia infernizando, obras paradas, verbas
cortadas e reformas truncadas, o Brasil perde precioso tempo com brigas entre
seitas sem perceber que ao seu redor o mundo vive uma séria crise e o ano de
2023 promete muitas dificuldades.
Nos
debates, nota-se mais a intenção de cada candidato de se vangloriar de feitos
reais ou fictícios e ofender ou ironizar o outro que propor soluções para os
desafios que virão. Se os políticos pensassem menos no próprio umbigo e mais no
país aceitariam uma sugestão de Minev: planejar o desenvolvimento de cérebros, “pois
nenhum país se desenvolveu sem eles”.
São
esses talentos que faltam para descobrir as chaves para a riqueza da Amazônia,
que por ora perde (ou deixa de ganhar) dinheiro por falta de conhecimento sobre
como aproveitar melhor a floresta com menos perdas.
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Eleições 2022
Com
dois grandes institutos apontando empate em 45 por cento de intenções de votos
entre o governador Marcos Rocha (União Brasil-Porto Velho) e Marcos Rogério
(PL-Ji-Paraná) o rondoniense vai as urnas neste dia 30 para desempatar a
peleja, lembrando aos caras-pálidas rondonienses que as empresas de pesquisas
jogam mais limpo na última pesquisa que diga-se de passagem deverá sair na
próxima semana. Recordo que nas pesquisas do primeiro turno os resultados
apontavam uma vitória expressiva do governador e sua turma já falava em vitória
em turno único - e nas urnas a coisa ficou quase no empate.
Guerra no marketing
A
qualidade do marketing do governador Marcos Rocha (União Brasil-Porto Velho)
melhorou muito nos últimos dias com novas propostas –inclusive a do Corujão da
Saúde - para acelerar as cirurgias eletivas atrasadas – e conseguiu finalmente utilizar
as imagens do presidente Jair Bolsonaro a seu favor. Mas ainda falta uma “bala
de prata” para reverter uma tendência acentuada no interior pró-Marcos Rogério,
seu adversário que também é beneficiado pelo número 22 do presidente. Teremos
uma reta final emocionante, torcida brasileira. Não dá para vacilar.
Rodovia alternativa
A
duplicação da BR 364 com pedágio até as lideranças governistas não aceitam e já
estão colocando a boca no trombone. Imagine um caminhão que transporte grãos
pagar R$ 700,00 numa viagem de Vilhena a Porto Velho, nos postos de
pedagiamento? Um automóvel de passeio pagar a tarifa de quase R$ 400,00 neste
mesmo trajeto? A proposta da construção de uma rodovia alternativa, paralela à
BR 364, ligando o Cone Sul Rondoniense a região de Nova Mamoré, passando pelo Vale
do Jamari, iniciada pelo ex-governador Ivo Cassol e defendida pelo candidato
Marcos Rogério ligando Rondônia de ponta a ponta e descongestionando a BR 364
se apresenta como algo mais exequível.
Boa estreia
Em
substituição ao deputado estadual Jair Montes (Avante-Porto Velho), afastado na
recontagem de votos pela justiça eleitoral o suplente Wilians Pimentel
(MDB-Porto Velho) estreou no Poder Legislativo estadual já marcando território
como um parlamentar oposicionista. Ser oposição na Assembleia Legislativa é raro,
pois lá predominam os parlamentares avestruzes, omissos na fiscalização dos
atos do executivo. Por este motivo uma cambada deles não se reelegeu no recente
pleito sendo que alguns já projetando disputas as prefeituras municipais em
2024.
Eleição suplementar
O
Clã Donadon que tem perdido seguidas eleições a prefeitura de Vilhena busca a reabilitação
com a candidatura da ex-prefeita Rosani (PSD), derrotada também na disputa de
uma cadeira a Câmara dos Deputados no recente pleito de 2 de outubro. Agora vai
enfrentar na eleição suplementar o delegado Flori (Podemos) também com as asas
avariadas pela derrota a Câmara Federal. Tiveram a votação quase equivalente,
com Rosani superando o adversário por poucos votos. É uma revanche em Vilhena
marcada para o dia 30 de outubro, mesmo dia do segundo turno ao governo.
Via Direta
*** Impressiona a estiagem no Rio
Solimões e afluentes no Estado do Amazonas. Uma das maiores já vistas na região
amazônica lembrando a tragédia da seca de 2014 *** Gente, confiram
como aumentou o preço da banana nos supermercados da capital rondoniense nos
últimos dias. Já não é possível usar a expressão, “barato como preço da
banana”. É coisa de louco *** Começaram as
chuvas e já se vê ruas alagadas em algumas regiões da cidade de Porto Velho.
Ainda existe muito para se fazer no combate as alagações com drenagem e macrodrenagem
nas regiões mais baixas da cidade *** Já estamos encerrando o ano de 2022 e
não se vê nem a conclusão dos projetos técnicos da nova rodoviária de Porto Velho
*** Muda governador, muda prefeito e a
coisa continua no mesmo.
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