Segunda-feira, 10 de outubro de 2022 - 08h12
Torres Investigan
Há
muita coisa positiva quando se trata de avaliar a Amazônia. Seria grave erro de
avaliação supor que as más notícias sobre queimadas, devastação criminosa e
garimpo ilegal sejam negativas, pois ninguém em juízo perfeito mata o
mensageiro que traz más notícias. Esse crime não fará o tempo retroagir a tempo
de eliminar as causas dos malefícios. A ação necessária é corrigir o que for
possível enquanto há tempo.
Diante
de situações adversas, como a desmoralização mundial do Brasil por conta da
ação criminosa crescente na região, o melhor a fazer não é bater boca com
astros de Hollywood. Para eles, isto só rende um contrato a mais em grandes
produções cinematográficas. Nem brigar com estadistas estrangeiros, que ao ser
atacados ganham pontos junto ao público interno. Correto será mostrar a lei cumprida
e a repressão resolutiva aos crimes.
Nem
positiva nem negativa, a notícia de que ao redor de uma centena de agentes
gigantescos serão postados na floresta para piorar dramaticamente as condições
atmosféricas precisa ser avaliada com cuidado. Antes de sair gritando contra as
torres de 35 metros que a Unicamp e o Inpa estão instalando, é preciso saber
que o experimento AmazonFACE fará uma simulação em área micro do que poderá
acontecer na floresta em dez anos se as más práticas não forem logo estancadas.
Não é preciso matar o mensageiro. Vigiar atentamente os gigantes será mais
útil.
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Os desafios
Nas
eleições em Rondônia teremos um segundo turno muito acirrado. Cada candidato
tem seu desafio. O governador Marcos Rocha (União Brasil-Porto Velho) larga na
frente, mas precisa reverter sua situação do Vale do Jamari onde teve uma
derrota inesperada, mas explicada, por conta da sua declaração desastrada que a
região não precisava de hospital regional e era bem atendida por Porto Velho,
que não atende nem suas próprias necessidades. Teve chapa completa de Porto
Velho, ao invés de se reforçar na roça, o que afeta o bairrismo do eleitorado
majoritário do interior.
O bolsonarismo
A
eleição rondoniense mostrou claramente um bolsonarismo rachado, quase meio a
meio no primeiro turno. O candidato oposicionista Marcos Rogério (PL-Ji-Paraná)
também tem seus desafios. O primeiro é reverter a situação na capital, com seus
350 mil eleitores que proporcionou uma bela vitória ao govenador Marcos Rocha.
Precisa também evitar que Rocha amplie muito a vantagem na capital, que por
enquanto está em mais ou menos uns 30 mil eleitores e deve aumentar com uma participação
mais atuante do prefeito Hilton Chaves.
Uma tendência
Eu
ainda me pergunto qual segmento do bolsonarismo vai levar a melhor nesta
eleição em Rondônia. O bolsonarismo moderado praticado pelo coronel Marcos
Rocha, que se vacinou e foi bem sucedido na sua campanha contra o covid, ou o bolsonarismo raiz de fidelidade canina
desenvolvida pelo senador Marcos Rogério (PL) e o candidato vitorioso ao Senado Jaime Bagatolli. Com o
efeito manada que ocorreu no final do primeiro turno, descontando a vantagem do
atual governador em cima de Rogério, e elegendo Bagatolli ao Senado, acredito,
sem puxar a brasa para a sardinha de ninguém, que o bolsonarismo raiz pode
levar vantagem
Perspectivas
Sempre
digo que a política não é uma ciência exata e os antigos já diziam a muito
tempo que ela é como as nuvens, muda de formas e tamanho a todo momento. Mas
alguma coisa se constata nos primeiros movimentos da campanha do segundo turno:
Marcos Rocha deve ganhar na capital e até ampliar a vantagem sobre Marcos
Rogério. Mas o problema é que a capital tem aproximadamente 350 mil eleitores e
o interior do estado, onde Rogério esta alicerçado, quase 800 mil. Para ficar
competitivo contra o predador da BR, Rocha terá que largar muito bem na capital,
com pelo menos 60 por cento dos votos. Só uma boa diferença para compensar
perdas em algumas regiões, como o Vale do Jamari.
Balas de prata
Na
reta final do pleito do segundo turno, que vai acontecer no próximo dia 30, se
procura avidamente as balas de pratas –aquelas que derrubam do poleiro até
vampiros da Transilvânia - entre os oponentes na peleja pelo Palácio Rio
Madeira nos bastidores. Um lado vai explorar coisas consideradas maléficas do
outro. Temos uma curiosidade a respeito em
eleições rondonienses, nada cola contra o candidato em ascensão na reta final.
Nem coisa verdadeira! O histórico das vitórias de Ivo Cassol e Confúcio Moura
demonstraram isto.
Via Direta
*** O divisionismo político do Cone Sul
voltou a causar prejuízos ao polo regional de Vilhena na peleja a Câmara dos
Deputados. Tinha dois candidatos competitivos, Evandro Padovani, do clã Goebel,
e Rosani Donadon. do clã Donadon e ambos tubularam gloriosamente ***O garimpo ilegal
no Rio Madeira, na região de Manicoré, no Amazonas, volta a causar transtornos.
Dezenas de balsas instaladas num distrito e muitos garimpeiros rondonienses
chegando na região como formigas em doces. É coisa de louco *** Eleições 2022: A capital e municípios
vizinhos se mobilizam com unhas e dentes por Marcos Rocha, Ji-Paraná, Ariquemes
e Vilhena armadas até o talo por Marcos Rogério *** Duas pontes já
desabaram na BR 319, que liga Porto Velho a Manaus. E mais uma está ruindo. É
coisa de louco!
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