Sexta-feira, 21 de outubro de 2022 - 08h30
O
desmatamento criminoso é um desastre, mas zerá-lo será ainda insuficiente quanto
aos objetivos maiores da questão amazônica: 1) clima bom para garantir a
sobrevivência da vida no mundo e 2) salvar o Brasil do atraso, da pobreza e da
má gestão em todas as áreas, da pública à privada. A ciência estuda, os
pesquisadores estão em febril atividade e já existem na sociedade, da academia
à economia, diversas opções sobre o que fazer com as áreas desmatadas quando há
boa gestão.
Já
se sabe que é falsa a noção de que a pecuária ocupa a área desmatada não usada
pela agricultura. Ainda mais é falsa é a suposição suicida de que para produzir
proteína animal para matar a fome do mundo é preciso pôr a floresta abaixo. Há
estudos segundo os quais a pecuária pode ter ganhos de 30% em produtividade sem
desmatar nada. Falta juízo e sobram crime e desperdício, o que nos leva outra
vez ao problema das deficiências de gestão, das propriedades aos palácios de Brasília.
Há
pouco, um novo item foi acrescentado ao debate sobre o que é preciso fazer além
de zerar o desmatamento. A economista Amanda Schutze defende
equalizar o uso de energia boa por parte da população, pois hoje há três “castas”
de pessoas na floresta: os conectados ao sistema interligado, os atendidos por
sistemas isolados e os sem acesso à eletricidade. Isso é injusto e faz mal à
floresta. Não pode haver castas em um Brasil decente.
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Blitz na capital
Acreditando
nas últimas pesquisas indicando um empate com o adversário oposicionista Marcos
Rogério (PL-Ji-Paraná) – dos mesmos institutos que sinalizavam vitória
governista com grande vantagem – o governador Marcos Rocha (União Brasil) faz
uma verdadeira blitz em Porto Velho nos últimos dias. Se as pesquisas estiverem
certas ele faz o jogo certo, pois se ele ampliar a diferença na capital se
mantém no poleiro para mais quatro anos. Tem cartas na manga para isto e uma
delas é o apoio do prefeito Hildon Chaves. O lado adversário vê a coisa
diferente: já teria ultrapassado o atual mandatário desde o início do segundo
turno.
Cartas de Rogério
Se
de um lado o governador Marcos Rocha aposta suas fichas em aumentar a diferença
na capital, onde obteve uma grande vitória em 2 de outubro, do seu lado Marcos
Rogerio desenvolve o jogo de estratégia nas regiões em que mais prosperou, como
as de Ariquemes (Vale do Jamari), Ji-Paraná (Região central) e Vilhena (Cone Sul
Rondoniense). Por coincidência estas regiões são as mais bolsonaristas do estado,
onde o presidente chegou a alcançar quase 70 por cento dos votos no primeiro
turno. Pelo interior ser majoritário em eleitorado, Rogério se vê em ascensão.
Na reta final
Na
reta final de campanha assistimos no horário eleitoral um verdadeiro campeonato
de quem é mais bolsonarista em Rondônia. Como tudo sinaliza que em nosso
estado, o Messias da direita, deve esmagar o petista Luís Inácio Lula da Silva
a razão de quase 70 por cento dos votos contra 30 por cento. Então, quem se
firmar mais bolsonarista, como Bagatolli fez ao Senado deverá levar a melhor. Teoricamente,
Rogério deve levar vantagem nesta competição bolsonarista pois mantem o mesmo número
do presidente para a urnas, 22. Além disto, fez como o esperto Bagatolli ao Senado,
gravando apoio do presidente, com 22 lá e cá.
Peleja presidencial
Se
os institutos estiverem certos nas suas projeções, teremos uma campana acirrada
nos últimos dias tanto para a disputa do Palácio Rio Madeira, sede do governo
estadual, como para a presidência da república. Com pacotes de bondades lá e
cá, o presidente Jair Bolsonaro se aproximou perigosamente de Luís Inácio Lula
da Silva que mantinha uma distância confortável nas intenções de votos nas
últimas semanas. A diferença foi corroendo e com novas benesses entrando em
vigor e impulsionado pela economia se revitalizando teremos um pleito no
próximo dia 30, quente e fervendo.
Falta de água
É incrível
a falta de agua nas torneiras em Porto Velho, uma cidade banhada pelo Rio Madeira,
um dos mais caudalosos rios da Amazonia. Por conta disto até a Universidade Federal
de Rondônia deixou de funcionar alguns dias. Se vê nos bairros muitos moradores
aprofundando os poços caseiros – a razão de quase R$ 200,00 o metro - para encontrar o precioso liquido nesta
estiagem. Quem não tem esta grana se socorre com os vizinhos ou em bicas de
famílias mais bafejadas pela sorte ou de estabelecimentos de ensino. Todo verão
é assim. A cidade não dispõe nem de 50 por cento da população de 550.000 habitantes
atendidas com abastecimento.
Via Direta
*** Na Rondônia terrivelmente
bolsonarista, com o atual presidente quase chegando a marca de 70 por cento de
intenções de votos na maioria dos municípios ele deve encaminhar mais uma vez
uma grande vitória no estado neste segundo turno *** O estado tem forte
influência dos madeireiros, sojicultores, fazendeiros, dos garimpeiros,
evangélicos e outros segmentos conservadores. *** Nem a capital, Porto Velho escapa de tanto bolsonarismo, pois em
distritos populosos como União Bandeirantes, Jacy-Paraná, Extrema, Nova Califórnia
o foco é no agronegócio *** E vem chumbo grosso nestes últimos dias de
campanha. Falo de escândalos mesmo ***
Em Rondônia é rotineiro apelações no final da campanha.
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