Segunda-feira, 31 de outubro de 2022 - 08h25
Uma
das causas do atraso e da piora nos níveis de pobreza, a polarização eleitoral
– não ideológica, pois os dois lados são variações liberais – desune o país,
dissipa energias e não resolve o grave problema da péssima imagem do Brasil no
exterior. Espera-se que um choque de juízo alcance todos os governantes eleitos
entre 2 e 30 de outubro e cada líder consagrado nas urnas assuma o papel de
comandante da nação ou de seu Estado. Conciliar o País é o desafio do
presidente eleito nos próximos quatro anos.
Não
se deixando manipular por seitas fanáticas nem bolhas rancorosas, espelhando-se
na jurada Constituição, precisarão governar para todos, sobretudo os
brasileiros que mais sofrem e em 2023 ficarão sem os auxílios emergenciais que
impediram a economia de desabar durante os impactos da epidemia.
Claro
reflexo da desunião brasileira é o descompasso entre a União e os estados nos preparativos
para a conferência do clima da ONU (a COP27), a se realizar no Egito de 6 a 18
de novembro. Depois das eleições, mas ainda nos atuais governos federal e
estaduais, o Brasil chegará lá dividido em três.
Haverá
um stand do governo federal com os ministérios exibindo maravilhas, outro de
ongs mostrando outro lado e os estados amazônicos focando em sustentabilidade e
mecanismos para assegurá-la. A desunião precisa ser superada, mas vale prestar
atenção a cada um para extrair seu melhor, desde que a síntese seja uma
bioeconomia resolutiva e vencedora.
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Eleições 2022
Luís
Inácio Lula da Silva (PT) vencendo o presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) num
resultado apertado, o governador de Rondônia Marcos Rocha reeleito com uma boa
margem de votos contra o adversário Marcos Rogério e o delegado Flori eleito
prefeito de Vilhena com larga vantagem sobre Rosani Donadon. Foi o que rolou
domingo quando os rondonienses foram as urnas. Novamente as pesquisas falharam,
que apontavam uma vitória mais confortável do candidato petista ao Planalto,
uma vantagem de Marcos Rogério ao CPA em Rondônia e sondagens contraditórias na
eleição suplementar a prefeito em Vilhena.
Em Rondônia
Para
derrotar o adversário Marcos Rogério, favorito no segundo turno e a frente nas
pesquisas era necessário o governador Marcos Rocha ampliar a vantagem na
capital e reduzir ou até virar resultados no interior. E foi isto que aconteceu.
Rocha aumentou a vantagem em Porto Velho e obteve resultados positivos na região
de Ji-Paraná (na casa de Marcos Rogério) e no Cone Sul rondoniense polarizada
por Vilhena, casa do desafeto Bagatolli. Uma bela vitória, uma reviravolta
sensacional, um grande resultado das forças de coalizão palacianas. De virada.
As alianças
Mesmo
com desempenhos ruins nos debates – menos no último onde encarou o loquaz
Rogério de frente - com o estado tendo a saúde deficiente e a segurança
padecendo, o governador Marcos Rocha garantiu a reeleição. Fruto das alianças
no segundo turno, onde somou os apoios de Leo Moraes, do clã Cassol, acertando
o marketing e sobretudo utilizando a formula que reelegeu os ex-governadores
Ivo Cassol e Confúcio Moura: a economia vicejando, com pagamento em dia dos
servidores, dos fornecedores, PIB rondoniense em alta, etc. Com isto, mais um
governador reeleito. Não se muda time que está vencendo.
Tudo conspirando
Pense
numa estrela brilhando desde 2018 quando virou o jogo contra Maurão e Expedito.
O ex-governador Ivo Cassol, favorito para a eleição acabou impedido de
concorrer. O ex-governador Confúcio Moura constatou que o mar não estava para
peixe e desistiu. Num cenário com os ex-governadores na peleja Rocha teria dificuldades
até de galgar o segundo turno. Sem Cassol e Confúcio nas paradas, tudo
conspirou favoravelmente para uma vitória de Rocha. Mas ela aconteceu também na
competência das articulações para o segundo turno, numa política de alianças bem-sucedida
nas urnas.
Via Direta
*** Passadas as eleições as atenções se
voltam para a escolha do novo presidente da Assembleia Legislativa de Rondônia
e do novo coordenador da bancada federal na Câmara dos Deputados *** As movimentações
neste sentido já começaram pelos bastidores e logo em seguida, a partir do início
do ano, a classe política vai se voltar para as eleições municipais de 2024 *** Novos empreendimentos já operando em
Porto Velho. Desde lojas de varejo ao lançamento de condomínios de apartamentos verticais e horizontais ***
Quem faz turismo na zona ribeirinha reclama dos enormes barrancos a serem
escalados para tomar embarcações. Imaginem os pobres agricultores que tem que
se espichar no dia a dia para transportar seus produtos para vender na cidade ***
Muitos petistas prestigiando a posse do novo prefeito em busca de alguma boquinha
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