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Carlos Sperança

Vamos as urnas! + Só dois reeleitos + Baita reviravolta + Cartas na manga


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Vamos as urnas!

Neste domingo, 30 de outubro, os brasileiros vão as urnas, numa eleição que vem polarizada desde o primeiro turno entre o atual presidente Jair Messias Bolsonaro (PL-RJ) e seu opositor Luís Inácio Lula da Silva (PT-RJ). Enquanto no âmbito nacional as pesquisas apontam um claro favoritismo para o candidato da Frente Popular Brasil Esperança, Lula, em Rondônia seguramente o pódio será do atual presidente, que já deu mostras da sua força no primeiro turno em solo rondoniense com vitórias expressivas, com até mais de 70 por cento dos votos em alguns municípios, como em casos relatados no Cone Sul Rondoniense e Vale do Jamari

      Sem um fato novo capaz de modificar a tendência de uma vitória petista neste domingo, como aquela facada desferida contra o atual presidente em Juiz de Fora em 2018, será difícil reverter os rumos que vem se mantendo nas últimas semanas, mesmo com uma baita britz do presidente Bolsonaro nos estados mais populosos, como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. A grande vitória da direita brasileira nas eleições de 2 de outubro até sinalizaram uma virada de Bolsonaro sobre Lula no pleito deste domingo e mesmo no caso do atual mandatário derrotado, terá a seu favor fatias majoritárias da Câmara dos Deputados e do Senado na próxima legislatura. O bolsonarismo, mesmo ante uma eventual adversidade do resultado, vai sobreviver, como o ex-presidente Donald Trump nos Estados Unidos - e com as garras afiadas para 2026. Mesmo derrotado, Jair Messias terá pontas de lança importantes no Congresso como o ex-ministro da Justiça Sérgio Moro e vários dos seus ex-ministros agora congressistas para voduzar Lula e cia. Seguiremos com o País dividido seja qual for o resultado.

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Eleições 2022

Cerca de 1.200.000 eleitores estão habilitados para votar nas secções eleitorais neste domingo em Rondônia para eleger o novo governador, num enfrentamento de dois candidatos bolsonaristas, o governador Marcos Rocha (União Brasil) contra o senador Marcos Rogério (PL). Rondônia elege governador por voto direto desde 1986, quando foi eleito o goiano Jeronimo Garcia de Santana (MDB). Em 90, depois da tragédia que vitimou o favorito Olavo Pires, se saiu vencedor o médico Oswaldo Piana Filho, nascido em Rondônia.  Foi sucedido em 1994 por Valdir Raupp (Rolim de Moura), um migrante catarinense.

Só dois reeleitos

Em 1998, com o Estado de Rondônia em crise, seria eleito o paranaense José Bianco (Ji-Paraná), que assumiu o estado com quatro folhas salariais atrasadas. Em 2002 eclodiu o fenômeno Ivo Cassol (Rolim de Moura), que derrotou seu padrinho político Bianco e ainda se reelegeu em 2006. Ivo seria sucedido pelo seu desafeto Confúcio Moura (Ariquemes) numa peleja com seu vice João Cahula que assumiria o cargo no pleito 2010. Também Confúcio seria reeleito em 2014 numa época com ventos mais favoráveis para o estado. Tanto nos governos de Cassol como de Confúcio, Rondônia cresceu em patamares dos tigres asiáticos.

Baita reviravolta

E chegamos ao atual governador Marcos Rocha (hoje no União Brasil) eleito em 2018 num grande confronto em segundo turno com o favorito Expedito Junior (atualmente PSD-Rolim de Moura). Já fruto do bolsonarismo, Rocha obteve uma virada sensacional ao final do primeiro turno tirando da parada um dos nomes mais fortes da época, o então presidente da Assembleia Legislativa Maurão de Carvalho (MDB) prejudicado por uma cisão do partido. Naquele pleito tudo conspirou a favor de Rocha e ele acabou eleito no segundo turno. No pleito deste domingo ele busca a reeleição.

Cartas na manga

O governador Marcos Rocha vai as urnas com prefeitos bem avaliados ao seu lado para reverter a situação no interior: Claudia Redano (Ariquemes), Esaú Fonseca (Ji-Paraná), Fúria (em Cacoal). Na capital, o prefeito Hildon Chaves e o deputado federal mais votado Fernando Máximo, além da candidata mais votada ao Senado em PVH Mariana Carvalho desenvolvem esforços para ampliar a diferença obtida no primeiro turno. Já, Marcos Rogério (PL) acredita que ampliou a vantagem nas regiões do Vale do Jamari, Central e Cone Sul. Além disto conta com o número 22 do presidente e uma forte identidade com Jair Messias.

Último debate

No último debate da temporada, realizado pela TV Rondônia, o governador Marcos Rocha teve melhor desempenho comparando-se as performances anteriores em que padeceu muito nas mãos de Marcos Rogério. A rigor não teve balas de pratas, mas ambos tinham munição para chumbo trocado. A estratégia de Rogério foi se mostrar mais bolsonarista que o adversário Marcos Rocha. E “mentiroso” para cá e “mentiroso” para lá se perdeu muito tempo onde poderia se falar de propostas. Não havendo “efeitos manadas” projeta-se vitória de Rocha na capital e de Rogério no interior. O interior tem dois terços do eleitorado rondoniense e o desafio de Rocha neste domingo será reduzir a diferença favorável a Rogério na roça. É osso.

 

Via Direta

*** Com eleição suplementar para substituir o prefeito cassado Eduardo Japonês, o município de Vilhena vai escolher neste domingo   entre os candidatos Rosani Donadon (PSD) ou o Delegado Flori (Podemos) *** Acredita-se numa peleja equilibrada já que ambos tiveram cerca de 12 mil votos na recente eleição a Câmara dos Deputados *** A estiagem ainda prejudica os ribeirinhos de dezenas de municípios do vizinho Amazonas. Em Rondônia a vazante acabou e o Rio Madeira começa a subir encobrindo pedrais e areões com o início das chuvas *** Eleições 2022: no rol dos apoios a Marco Rocha neste segundo turno  agora está Leo Moraes que disputou o governo estadual no primeiro turno. Reforço de peso buscando ampliar a vantagem na capital.  

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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