Sexta-feira, 28 de outubro de 2022 - 09h47
Sem um fato novo capaz de modificar a
tendência de uma vitória petista neste domingo, como aquela facada desferida
contra o atual presidente em Juiz de Fora em 2018, será difícil reverter os
rumos que vem se mantendo nas últimas semanas, mesmo com uma baita britz do presidente
Bolsonaro nos estados mais populosos, como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas
Gerais. A grande vitória da direita brasileira nas eleições de 2 de outubro até
sinalizaram uma virada de Bolsonaro sobre Lula no pleito deste domingo e mesmo no
caso do atual mandatário derrotado, terá a seu favor fatias majoritárias da Câmara
dos Deputados e do Senado na próxima legislatura. O bolsonarismo, mesmo ante uma
eventual adversidade do resultado, vai sobreviver, como o ex-presidente Donald Trump
nos Estados Unidos - e com as garras afiadas para 2026. Mesmo derrotado, Jair
Messias terá pontas de lança importantes no Congresso como o ex-ministro da
Justiça Sérgio Moro e vários dos seus ex-ministros agora congressistas para
voduzar Lula e cia. Seguiremos com o País dividido seja qual for o resultado.
Eleições 2022
Cerca
de 1.200.000 eleitores estão habilitados para votar nas secções eleitorais
neste domingo em Rondônia para eleger o novo governador, num enfrentamento de
dois candidatos bolsonaristas, o governador Marcos Rocha (União Brasil) contra
o senador Marcos Rogério (PL). Rondônia elege governador por voto direto desde
1986, quando foi eleito o goiano Jeronimo Garcia de Santana (MDB). Em 90,
depois da tragédia que vitimou o favorito Olavo Pires, se saiu vencedor o
médico Oswaldo Piana Filho, nascido em Rondônia. Foi sucedido em 1994 por Valdir Raupp (Rolim
de Moura), um migrante catarinense.
Só dois reeleitos
Em
1998, com o Estado de Rondônia em crise, seria eleito o paranaense José Bianco
(Ji-Paraná), que assumiu o estado com quatro folhas salariais atrasadas. Em
2002 eclodiu o fenômeno Ivo Cassol (Rolim de Moura), que derrotou seu padrinho político
Bianco e ainda se reelegeu em 2006. Ivo seria sucedido pelo seu desafeto Confúcio
Moura (Ariquemes) numa peleja com seu vice João Cahula que assumiria o cargo no
pleito 2010. Também Confúcio seria reeleito em 2014 numa época com ventos mais favoráveis
para o estado. Tanto nos governos de Cassol como de Confúcio, Rondônia cresceu em
patamares dos tigres asiáticos.
Baita reviravolta
E
chegamos ao atual governador Marcos Rocha (hoje no União Brasil) eleito em 2018
num grande confronto em segundo turno com o favorito Expedito Junior (atualmente
PSD-Rolim de Moura). Já fruto do bolsonarismo, Rocha obteve uma virada
sensacional ao final do primeiro turno tirando da parada um dos nomes mais
fortes da época, o então presidente da Assembleia Legislativa Maurão de Carvalho
(MDB) prejudicado por uma cisão do partido. Naquele pleito tudo conspirou a
favor de Rocha e ele acabou eleito no segundo turno. No pleito deste domingo
ele busca a reeleição.
Cartas na manga
O
governador Marcos Rocha vai as urnas com prefeitos bem avaliados ao seu lado
para reverter a situação no interior: Claudia Redano (Ariquemes), Esaú Fonseca
(Ji-Paraná), Fúria (em Cacoal). Na capital, o prefeito Hildon Chaves e o
deputado federal mais votado Fernando Máximo, além da candidata mais votada ao Senado
em PVH Mariana Carvalho desenvolvem esforços para ampliar a diferença obtida no
primeiro turno. Já, Marcos Rogério (PL) acredita que ampliou a vantagem nas regiões
do Vale do Jamari, Central e Cone Sul. Além disto conta com o número 22 do
presidente e uma forte identidade com Jair Messias.
Último debate
No
último debate da temporada, realizado pela TV Rondônia, o governador Marcos
Rocha teve melhor desempenho comparando-se as performances anteriores em que
padeceu muito nas mãos de Marcos Rogério. A rigor não teve balas de pratas, mas
ambos tinham munição para chumbo trocado. A estratégia de Rogério foi se
mostrar mais bolsonarista que o adversário Marcos Rocha. E “mentiroso” para cá
e “mentiroso” para lá se perdeu muito tempo onde poderia se falar de propostas.
Não havendo “efeitos manadas” projeta-se vitória de Rocha na capital e de
Rogério no interior. O interior tem dois terços do eleitorado rondoniense e o
desafio de Rocha neste domingo será reduzir a diferença favorável a Rogério na
roça. É osso.
Via Direta
***
Com eleição suplementar para substituir o prefeito cassado Eduardo Japonês, o
município de Vilhena vai escolher neste domingo
entre os candidatos Rosani Donadon
(PSD) ou o Delegado Flori (Podemos) ***
Acredita-se numa peleja equilibrada já que ambos tiveram cerca de 12 mil votos
na recente eleição a Câmara dos Deputados *** A estiagem ainda prejudica os
ribeirinhos de dezenas de municípios do vizinho Amazonas. Em Rondônia a vazante
acabou e o Rio Madeira começa a subir encobrindo pedrais e areões com o início
das chuvas *** Eleições 2022: no rol dos
apoios a Marco Rocha neste segundo turno
agora está Leo Moraes que disputou o governo estadual no primeiro turno.
Reforço de peso buscando ampliar a vantagem na capital.
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