Segunda-feira, 22 de novembro de 2010 - 20h06
Carlinhos Maracanã e A Fina Flor do Samba |
Então, fechei os olhos e vi em minha viagem de muitas cores um imenso Quilombo onde a liberdade nascia do sorriso negro da nossa felicidade.
Ali estávamos abençoados pelas mãos da escrava Anastácia.
Minha viagem foi longa.
Vi o brilho nos olhos de Zumbi ao lado Martin Luther King.
Tia Ciata que foi Lyakekerê, também sorria como se estivesse no terreiro de João Alabá.
Vi o Babá em pé atrás do Oscar “só sucesso”.
O neguinho Orlando parecia estar no Estácio.
Gostaria de não mais abrir os olhos.
A felicidade é um vento forte que balança as árvores do Mocambo, Triângulo e onde existir um grito de liberdade de todas as almas.
Passando como um raio, vi nesta minha viagem cheia de cores, Jessé Owens e Ademar Ferreira da Silva.
O reverendo Antônio Olimpio Sant’Ana também veio abençoar o nosso lindo Quilombo no meio do nosso centro histórico.
Em pé na porta dos nossos sonhos estava o Bubu ao lado do Dada.
E vi os capoeiras lado a lado com muitos sambistas.
Olha o Cartola junto com Jamelão.
Então, vi uma mulher branca com alma de negra sorrindo.
O Lorde também passou na esquina dos nossos sonhos culturais.
Bem perto de mim ouvi aquela voz inconfundível.
Carlinhos Maracanã.
Incorporando todos os negros da história, o Maracanã simplesmente cantou.
Um sorriso negro para dona Cristina.
Cristina Esposa Carlinhos Maracanã |
Até Machado de Assis esteve sentado na Praça Getúlio Vargas.
Nos acordes que encantaram os Deuses negros que ficam em nossas almas,
Pixinguinha sorriu para o Maracanã.
Mas, o show era seu meu amigo.
Como uma Fênix, você ressurgiu com João Nogueira, Paulinho da Viola e o sorriso de dona Cristina.
O nosso lindo Quilombo é bem mais feliz quando todos sorriem.
Deixe o seu canto ecoar pelo ar.
O homem pode sonhar quando sua alma é de menino.
E o sonho de menino é crescer e ganhar o mundo.
Todos os negros, de todos os tempos, de todas as horas, estão no seu sorriso.
Cante e encante.
Perdoe-me se algumas vezes tentei te preservar dentro da nossa história.
Mas, como dizia minha avó, somos aves de arribada.
O nosso ninho é o mundo.
E o nosso mundo é um copo de cerveja, um bom papo, com os amigos, pela madrugada da nossa alegria.
Jamais poderíamos ser a maioria silenciosa.
Gostaria tanto de ter uma Chica da Silva entre nós.
A rainha do imaginário popular seria com certeza um tipo de mecenas na proteção dos artistas de todas as cores.
Em minha viagem cheia de cores precisei abrir os olhos.
Para o deleite de minhas retinas, vi o doce beijo do Carlinhos Maracanã em sua amiga e companheira Cristina.
O samba é amor. |
Então, nos encontraremos no Café Com Arte, batendo um papo cabeça de negro, cheio de reza forte para espantar as mandingas de quem não gosta de samba e bom sujeito com certeza não é.
Com a mão no queixo, Martinho da Vila dizia esse é o cara.
E Cruz e Souza concordava com o Martinho.
A maior embriaguez da vida de um homem é a sua felicidade e a dos amigos que tanto querem o seu bem.
Isso é o despertar da liberdade de todos nós.
Diz a lenda!
Fonte: Beto Ramos - betoramospvh@hotmail.com
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