Segunda-feira, 15 de julho de 2013 - 13h22
Por: Beto Ramos
O samba veio primeiro
depois, chegaram às injustiças.
A canoa não poderia navegar sem o rio.
O conflito traz a poesia.
Rima nenhuma poderia combinar com o samba que não cantas.
O samba veio das ruas, com cheiro de cachaça inebriado pelo perfume da liberdade.
O samba veio primeiro e não poderia rimar com insensatez.
O samba veio primeiro nos blocos de sujo, com a alma limpa.
O samba, de menino levado, cresceu.
Mas, traquino que é, estará sempre nas ruas incomodando quem se incomoda com a beleza do samba.
O samba veio primeiro sem dono e com rumo certo.
Agora querem impor preço ao perfume da liberdade.
E a liberdade, não poderia pertencer a quem acha que o samba é seu.
O samba veio primeiro cantando a mulher amada, rimando com a nossa cidade, navegando nas águas cristalinas dos rios de nossas vidas.
O samba veio primeiro na alma do mestre de bateria.
Percorre nossas veias com o frenético som dos instrumentos como as batidas do coração.
O samba é Pura Raça!
É Tsunami diante dos banzeiros das incoerências.
O samba é cheio de paz quando fica embaixo da sombra da Castanheira.
A luz daquele farol ilumina o caminho dos sambistas.
O samba veio primeiro, e renasce no rumo leste das nossas vidas.
O samba é Caiari!
O samba veio primeiro, o que veio depois foi à inconveniente mania de colocar pires nas mãos dos nossos grandes sambistas.
Quem não gosta de samba, bom sujeito não é.
É ruim da cabeça ou chegou bem atrasado no samba da nossa cidade.
O samba veio primeiro e alguns irão passar, pois canoa não navega sem o rio.
Tem fumaça branca se formando no céu cinzento da nossa cultura.
Diz a lenda
DIZ A LENDA DUZENTOS E CINQUENTA EM QUATRO I
Os pesadelos não podem ofuscar nossos sonhos. Diante da inconsequência de quem resume a vida dos outros na sua prisão de lamentos, o que nos resta a
DIZ A LENDA.O POETA, A POESIA E O MEDO.
Por: Beto Ramos Quando das viagens pelas barrancas do Madeira com o Poeta Mado, presenciamos e convivemos com muitos causos de vivos e visagens. Car
Por: Beto Ramos Acordamos cedo. Lavamos o rosto no giral ainda iluminado pela luz da lamparina. Precisávamos passar na fábrica de telha próxima a Ca
Por: Beto Ramos Eraste, hoje fomos elogiados calorosamente por um asinino. Interpelado e elegantemente chamado de beradeiro recalcado. Pupunhamente