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Beto Ramos

Diz a lenda – Linha divisória


 Diz a lenda – Linha divisória - Gente de Opinião

                           

Por: Beto Ramos

Eu te amo Porto Velho...

Meu Dengo.

Porto, velho porto recordações...

Na moldura a ferrovia...

O instrumento a poesia.

Da Candelária eu vi o trem passar.

Você precisa ver para saber como é que andava o trem na Madeira Mamoré.

Cuidado que nas esquinas do tempo tem a nossa história.

Sou caboclo, beiradeiro, filho deste chão
Porto Velho é meu orgulho
Minha paixão... 

Assim como o Asfaltão...

Olha menino eu sou moleque atrevido sou pior que bandido

Eu me criei no areal...

No Eldorado uma estrela brilha
Em meio à natureza, imortal:
Porto Velho, cidade e município,
Orgulho da Amazônia ocidental...

Eu te amo Porto Velho...

E tenho orgulho da minha canela tuíra.

Por ti Porto Velho do meu coração, eu jamais poderia virar as costas pra nossa história.

Como diz o amo lá do Tracoá...

Vamos colocar numa mesa tudo quanto é tipo de peixe... Se o caboco não conhecer pelo menos três, volta pro rabo da fila.

Eu te amo Porto Velho.

E choro por ti quando te vejo dilapidada por oportunistas de plantão.

Tu não deverias ser amante de ninguém...

Deverias sim ser o amor primeiro e derradeiro de muita gente que diz te carregar no coração, mas que adora ver o teu nome no chão.

Porto Velho cresceu do Madeira pra lá...

E não de lá pra cá.

Tem meia dúzia por aí que merecia ser convidado para uma conversa a umbigo de boi.

Mas eu te amo Porto Velho...

E se alguns, ainda imaginam que existe a LINHA DIVISÓRIA, vão ser atropelados pelo trem da história da cultura beradera.

Diz a lenda

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